✨ Capítulo 9✨

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Sarah Andrade

Sai de perto de Juliette cuspindo fogo, eu amava a Juliette, mas odiava que sempre que a gente discutia ela jogava na minha cara que deixou a vida tranquila dela por minha causa, era doloroso ouvir isso. Quando cheguei na sala encontrei Bianca andando de um lado pro outro, Carla limpando o rosto machucado de João, e alguns dos outros sentados ao redor.

— Sarah cadê Juliette? – Bianca perguntou quando me viu.

— Tá chateada no quarto, por sua culpa a gente brigou. – Acusei Bianca e ela levantou uma sobrancelha para mim.

— Sem mimimi Sarah, vá chamar ela, vamos entrar na prisão agora. – Bianca falou e eu gelei, Juliette brava não iria querer participar do plano, sem ela era muita loucura.

— Eu não vou subir atrás dela Bianca, vai você. – Falei e me sentei no sofá.

— Okay, então vamos sem ela, todos nós sabemos o que fazer. Mário já foi pra delegacia, vai jogar as roupas de preso no túnel. – Ela pegou a chave do carro e seguiu em direção da saída da casa.

— Bianca não vamos conseguir sem a  Juliette!

— A única que ia passar todo o tempo com Juliette era você, não se garante em fazer sua parte? – Bianca falou e eu engoli em seco.

Pegamos os carros e saímos em direção a cidade, todos pegamos uma rota diferente, mas que daria no mesmo lugar, junto comigo estava Bianca, João e Kerline, Flay e Gilberto foram por outro lado, elas não iriam entrar, Victoria, Thais e Mariana em outro carro, e no última estava João e Carla.

Olhamos para os lados e não tinha absolutamente ninguém, abrimos a tampa, colocamos as máscaras e pulamos dentro, logo Victoria puxou a tampa deixando tudo escuro. Ligamos lanternas e seguimos pelo túnel, meu coração está disparado, eu não podia mentir, eu estava com muito medo de tudo dar errado.

— Mesmo com as máscaras o odor aqui em baixo é horrível. – Bianca falou com a voz abafada pela máscara.

— Como vocês conseguiram fazer esse trajeto sem máscaras? Isso é horrível. – Ouvi a voz de Kerline.

— Acho que não deveríamos ter vindo sem a Juliette. – Gilberto se posicionou pela primeira vez.

— Gilberto é só fazer o que ela mandou, vai dá certo. – Bianca o encorajou.

— Bianca como eu começo uma rebelião? – Falei um pouco desesperada porque eu não tinha a mínima ideia.

— Ia me esquecendo, pegue isso. – Bianca falou e me entregou um saquinho com maconha dentro. — Você só precisa comprar alguma presa, elas vão estar no refeitório na hora que a gente entrar, procure uma que tenha cara de maconheira, ofereça a ela em troca dela começar uma rebelião. – Bianca falou e eu engoli em seco, parece que eu ia me meter com gente pesada nisso.

— Se der errado?

— Não vai Sarah, mesmo que a pessoa que você ofereça não fume, ela vai querer a erva pra vender. – Kerline falou e eu respirei fundo. Eu não imaginava que eu era tão mole assim.

Chegamos na parte do túnel que teríamos que ir se arrastando, foi um de cada vez, graças a Deus não demoramos a chegar, na entrada do túnel já estava todos os outros, devidamente vestidos com as ridículas roupas verdes que eu tanto odeio.

Tiramos nossas roupas e vestimos as de presidiários, os primeiros a sair do túnel foi eu, Kerline e Gilberto. Eu tentava não fazer contato visual com nenhum policial, Gilberto estava segurando no meu braço, e Kerline no outro, como se estivessem me levando de volta a ala das prisioneiras.

— Ei espere aí, agente Kardoso, o que faz aqui? – Um dos guardas nós parou e eu gelei, droga iríamos ser descoberta logo de primeira.

— Olá policial Edward, senti sua falta. – Kerline falou e o homem sorriu, ele deveria ter uns 35 anos.

— O que apronta?

— Preciso conversar com dois presos, foi a única forma que consegui. – Kerline mentiu.

— Não demore, as coisas aqui estão mais severas, eles não vão demorar a perceber que a prisão foi invadida. – Ele falou e Kerline o abraçou rapidamente.

— Obrigada! – Ela se despediu e seguimos, encontramos poucos guardas no caminho que fizemos, logo estávamos em frente a uma porta conhecida por mim. Kerline e Gilberto me deixaram lá, e seguiram para a missão deles.

As presas ainda não estavam no refeitório, eu me escondi em um pequeno quartinho escuro sem portas, e fiquei esperando elas passarem. Quando ouvi vozes, respirei fundo, as presas passaram sem me ver, quando a última abriu a porta do refeitório, eu a acompanhei e entrei em seguida, peguei a fila como todas elas para pegar minha comida.

Já com a bandeja em mãos, olhei para todos os lados, vi uma mulher mal encarada sozinha, ela parecia temida pelas outras, acho que acabei de encontrar minha companheira.

— Posso me sentar com você? – Falei e ela me fuzilou com um olhar.

— Não sua vadia, vaza daqui. – Ela respondeu, mas eu me fiz de desentendida, joguei minha bandeja em cima da mesa e me sentei de frente pra ela.

— Quero fazer negócios com você. – Falei e ela me olhou com os olhos franzido.

— Te dou minuto, apenas porque você é bonita. – Ela falou e eu limpei minha garganta.

— Quero que comece uma rebelião aqui no refeitório. – Falei e ela gargalhou alto, chamando atenção de outras presas.

— Você acha que eu sou o que gata? Isso pode aumentar em 2 anos minha pena, e eu posso ir parar na solitária.  – Ela falou baixo apenas para eu ouvir.

— Eu posso te pagar bem.

— Não quero dinheiro. – Ela falou me encarando, merda, se ela não fumar eu fui exatamente na pessoa errada.

— Não vou te dar dinheiro, tenho algo melhor. – Tirei o pacotinho do meu bolso e com a mão fechada levei até ela, sem da a mais ninguém a visão do que era.

Assim que ela olhou do que se tratava sorriu.

— Gostei Loirinha, foi bom fazer negócios com você. – Ela se levantou, caminhou até uma mesa e deu um soco na cara de uma mulher.

A mulher avançou em cima dela, eu peguei minha bandeja de comida e joguei em uma mulher que tava em pé na minha frente. Várias presas começaram a brigar, comidas voavam para todos os lados, ouvi o alarme do refeitório e me apressei em sair daquele lugar.

E agora? O que eu faço?

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Oi povo....
Volto quando vocês baterem uma meta!

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Beijos,sei que vocês são capazes✨🤍

A DELEGADA | SARIETTE (G!P) 2 TEMPORADAOnde histórias criam vida. Descubra agora