✨ Capítulo 23✨

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Mariana Gonzalez

Victoria tava sentada em frente a um computador, eu tava deitada na cama olhando para ela e imaginando o quão eu era sortuda por ter essa mulher do meu lado. Victoria é a mulher mais incrível que já conheci, a gente se deu bem de primeira, uma dama para os outros e uma safada na cama, uma companheira inigualável.    

- Tá pensando em que meu amor? - Ela me olhou por cima do óculos de grau e eu sorri.    

- Só estava te observando.    

Ela me jogou um olhar safado e se concentrou no computador novamente. Eu continuei a observando, até que ela tirou o óculos e colocou em cima da mesa.    

- Mari não acha que Juliette pega muito pesado com Sarah as vezes?    

- Não sei como anda o relacionamento delas Ruivinha, mas elas sempre foram assim, se matando e se beijando.    

- As vezes fico com pena do meu  monstrinho, ela é apenas uma boba apaixonada, não que Juliette não seja apaixonada, mas ela é muito explosiva.    

- Victoria não é defendendo Juliette, mas Sarah parece que gosta de provocar ela as vezes.   

Victoria fez um curto silêncio, parecia repensar a situação.    

- Vou conversar com ela sobre isso depois.    

- Você não deveria se meter no relacionamento delas.    

Soltei uma longa respiração.    

- Amor elas brigam e transam e já tá tudo bem depois.    

- É exatamente esse o problema Mari, elas precisam parar de se matar e resolver tudo com sexo.    

Revirei meus olhos para ela com tédio, Victoria me olhou colocou uma mão na cintura e levantou uma sobrancelha.    

- E não revire os olhos para mim Mariana Gonzalez - Ela falou apontando um dedo em minha direção. - Você parece uma criança birrenta as vezes.    

- Venha aqui chegue Ruiva.    

Bati do meu lado na cama, Victoria andou até mim e se deitou do meu lado. Ela se aconchegou no meu peito e eu fiquei fazendo carinho em seu cabelo.    

- Victoria? - Ouvi uma voz e duas batidas na porta, logo conheci ser a voz de Carla.    

Victoria pulou da cama feito um flash, e abriu a porta, Carla assim que a viu caiu em seus braços, Vic a aconchegou e fechou a porta.   

- Tá tudo bem meu amor?    

Carla não falou nada, percebi que ela tava chorando.    

- Quer que eu saia? - Falei e Carla balançou a cabeça em negativo.    

Me levantei e fui até o frigobar, peguei uma garrafa com água e coloquei em um copo. Victoria trouxe Carla até nossa cama, ela parecia mais calma, entreguei o copo com água a ela que tomou apenas um gole.    

- Quer falar o que aconteceu Carla? - Victoria tirou alguns fios do seu cabelos que estavam colocados no rosto dela pelas lágrimas.    

- A alguns dias eu tava me sentindo estranha, tava tendo enjôos, estava sentindo meu corpo diferente...    

- A meu Deus Carla... - Victoria falou e eu fiquei com cara de paisagem.    

- E então foi no médico? - Falei preocupada, ela podia ter pegado uma virose.    

- Eu tô grávida Mariana. - Ela falou quase em um sussurro, senti apenas o copo deslizar de minha mão e se estilhaçar no chão.    

- Aí meu Deus! - Eu fiquei um pouco desesperada, só de imaginar uma criança, como diabo cuidava de uma criança? Meu desespero passou quando eu lembrei que não era a mãe da criança e Carla quem teria que se preocupar com isso. - Mas tá tudo bem não é? Você e Mário estão bem certo?   

- Eu não sei... - Carla falou e Victoria revezou o olhar de mim para Carla seguidas vezes. - Eu tô sentindo ele muito estranho e distante desde que estamos todos juntos novamente.    

- Como assim Carla? Ele não está apenas preocupado com tudo que estamos se metendo? - Victoria disse e segurou em sua mão.    

- Não. Eu conheço Mário, tem alguma coisa muito errada.    

Eu fiquei apenas calada, mas fazia alguns dias que eu tava com o pé da orelha coçando em relação a Mário e Gilberto, eles estavam muito ligados, e Juliette tava direto no pé de Gilberto por algum motivo desconhecido.    

Ouvi o bip do meu celular, olhei e era uma mensagem de Sarah me pedindo para ir encontrar com ela. Deixei Carla e Victoria no quarto e sai, encontrei ela sentada em um capô de um carro.    

- E aí monstrinho da meia noite. - Fiz um toque de mãos com Sarah e me sentei do lado dela no capô. - O que aconteceu com sua calça? Tá molhada.    

Percebi Sarah ficar um pouco vermelha, ela deu um sorriso safado e eu queria não ter imaginado com o que molhou aquela calça.    

- Tava tomando água e derramei sem querer.    

Eu não aguentei e comecei a rir da cara de pau, Sarah no fim acabou rindo também.    

- Vou acreditar em suas desculpas Sarah. Enfim, o que queria?   

- Preciso de sua ajuda hoje a noite.    

Fiz uma careta para ela, para que diabos Sarah queria me ajuda e logo a noite?    

- Mari para de pensar besteira, não é nada disso. - Ela me deu um pequeno soco no braço. - Eu e Juliette encontramos algo suspeito. - Ela falou mais baixo quase em sussurro.    

- Okay! Vamos sair que horas?    

- Vão para onde? Vou também! - Flay apareceu feito um fantasma nos assustando.    

- Caralho Flay, que susto da porra. - Sarah deu um empurrão em Flay que deu apenas uma risada gostosa. Eu não conseguia entender como Flay era tão barra pesada sendo que ela é apenas um bebê, o rosto e risada de anjo.    

- Desculpa bebê de Juliette. - Ela deu um aperto na bochecha de Sarah a provocando. - Mas eu realmente quero ir com vocês, sei que vão aprontar alguma coisa. Minha vida tá muito parada aqui nesse sítio, quero agitação.    

Sarah falou apenas para ela estar pelos arredores as 22:00, e não comentar sobre com ninguém.   

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A DELEGADA | SARIETTE (G!P) 2 TEMPORADAOnde histórias criam vida. Descubra agora