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Apertei a arma contra a cintura e respirei fundo enquanto andava até o portão. Havia alguns homens com ele quando o vi. O canalha abriu um sorriso quando me viu.
— Vim buscar minha filha, moleque.
— Uma pena que tenha dado viagem perdida. Ela não vai voltar. — cheguei mais perto.
— Não brinque comigo, garoto. Onde está seu pai? Acredito que ele lhe dará uma lição pela falta de respeito.
— Meu pai está lá dentro, senhor. — debochei. — Não preciso e nem levarei lição alguma. Fiz o que achei certo, é assim que as coisas funcionam desse lado da cidade.
— Você está com a minha filha e eu a quero. Agora! — disse irritado.
— Ela não está afim de ir e eu também não estou afim de deixá-la ir. Faça um bom retorno e tome cuidado nas estradas, ouvi dizer que estão perigosas. — dei uma piscadela.
— Está mesmo me ameaçando? Sabe onde está se metendo? — gritou. — Tudo isso por essa... Ela é exatamente como a mãe, uma vagabunda ingrata!
Não sei como mas quando percebi já estava apontando a arma contra a sua testa e seus homens com as armas apontadas para mim.
— Que lindo, ela realmente fez sua cabeça. Vamos ver quanto tempo irá durar, assim como a mãe dela, não demorará para fugir. — riu com sarcasmo.
— Eu não sei o que a mãe dela viu em um bosta como você, mas não sou igual a você e Josephine não é igual a mãe. — destravei a arma e seu olhar vacilou. — Se tentar se aproximar dela novamente, eu vou acabar com você da maneira mais dolorosa e torturante possível.
— Isso não vai ficar assim, moleque. E avise aquela vagabunda que o amiguinho dela não passará de hoje e que ela vai ser o motivo da morte dele. — rugiu.
— Boa sorte tentando encontrá-lo, meu pessoal já tirou ele do seu radar. — debochei e ele me olhou com raiva. — Minha piedade já está acabando, vou me virar e ir até a minha casa. Se eu me virar e vocês estiverem aqui ainda, vou matar um por um e dar para Sebastian jantar.
— Isso não terminou e você vai se arrepender por ter me desafiado.
Não precisei me virar para saber que já estavam indo embora, era possível ouvir as armas sendo guardadas e os passos de volta a rua.
— Eu quero essa casa muito bem vigiada, e coloquem uma equipe vigiando de perto o Langford, ele vai aprontar cedo ou tarde.
Meus homens assentiram e voltaram ao trabalho. Subi as escadas de volta ao meu quarto e me deparei com a porta trancada, boa garota.
— Baby? — chamei mas não houve resposta. Ela deve estar onde pedi para que se escondesse.
Encarei o corredor vazio e puxei uma das lâmpadas, que escondia minha chave reserva. Abri a porta com cuidado para não assusta-la e guardei a chave novamente no esconderijo.
Caminhei até onde expliquei há alguns minutos e o abri, encontrando Josephine deitada em um sono profundo. A peguei com cuidado e levei-a de volta para a cama.
— Hero...— ela suspirou.
— Estou aqui, baby. — acariciei seus longos fios loiros.
— O meu pai, ele...
— Shh. Está tudo bem, você está segura aqui. — afirmei, mesmo sabendo dos riscos. — Seu amigo também está bem, pedi para que alguns homens o levassem para um lugar seguro.
— Obrigada... — murmurou com os olhos fechados. — Obrigada por salvar ele e... por me salvar.
— Sempre as ordens, baby. Agora descansa.
Ela se aninhou em meu peito e fiquei alguns minutos ouvindo sua respiração acalmar. O quão louco o destino pode ser ao trazê-la direto para mim? Ainda não tenho essa resposta, mas sei não vou deixar que nada a machuque.
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Oi, pessoal. Como vocês estão? Estou voltando aos pouquinhos, então um capítulo curtinho da história desses dois que está longe de acabar. Não esqueçam de favoritar e comentar muito! Obrigada pelo carinho.
beijinhos 🤍
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Dangerous
FanfictionEla é uma garota simples, com sua vida nada agitada, uma típica garota comum. Todos pensam isso e essa é a intenção. Mas seu pai é um dos maiores traficantes de Seattle, dividindo o território apenas com os Fiennes-Tiffin. Ele é um cara quase comum...