Just don't be late

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Josephine

— Senhorita Josephine, seu pai está te chamando. Vai se atrasar para a escola. — Bufei me cobrindo com o cobertor novamente. Ouvi passos e logo minha porta foi aberta.

— Sem celular por uma semana se não levantar agora. — a voz do meu querido pai tomou conta do quarto.

— Ok, já estou levantando. — Resmunguei e levantei indo direto para o banheiro. Ouvi a porta sendo fechada e imaginei que ele não estivesse mais ali. Tomei uma ducha rápida e fiz minha higiene matinal.

Fui até o closet e escolhi uma roupa básica, peguei meu celular e minha mochila e desci para a cozinha.

— Bom dia. — Sentei de frente para meu pai que lia seu jornal, como de costume. Peguei um pouco de suco.

— Bom dia querida. Como foi seu passeio escondido de ontem? — Engasguei com o suco. — Ah querida, como eu sei? eu sei de absolutamente tudo. Quero você longe desse garoto, e não vou falar novamente. — Bufei irritada e levantei pronta para sair dali. — Tenha uma boa aula, querida. — Disse por fim. Encontrei com Tom já me esperando no carro.

— Bom dia Tom. — Entrei no carro não esperando sua resposta e o mesmo deu partida.

— Não querendo ser chato, mas não confio naquele garoto. — ele disse calmo.

— Eu também não, por enquanto. — Dei de ombros. Ele suspirou.

— Apenas tome cuidado, tudo bem? — Disse olhando para trás pelo espelho. Assenti mordendo o lábio.

O resto do caminho fomos em silêncio e não demorou muito para que chegássemos na escola. Me despedi de Tom rapidamente e vi o garoto de cabelos escuros conversando com seus amigos na entrada.
Subi as escadas rapidamente passando por eles, mas vi perfeitamente quando ele me encarou, sorri levemente e fui para minha sala. Assim que virei no corredor, senti um par de mãos me segurarem e estava pronta para gritar quando vi seus olhos verdes me encarando.

— Bom dia, Hero. — Disse o encarando, ele sorriu e puta que pariu, que sorriso.

— Bom dia, Josephine. Teremos aula quando terminar o período, te encontro aqui. — Seus olhos eram totalmente hipnotizantes até que seu olhar parou na minha boca. — Não se atrase. — Assim que ele virou de costas, sai do transe o chamando.

— Não posso. Meu pai descobriu sobre ontem e não me quer mais perto de você. — Disse e dei de ombros.

— Achei que não ligasse para o que seu pai diz. — Disse.

— Eu também, até ele ameaçar me deixar sem celular por uma semana. — Bufei.

— Eu cuido disso, relaxa. Apenas não se atrase. — Virou as costas me deixando no corredor sorrindo sozinha. Voltei para meu caminho indo para a aula, mas meu pensamento estava no que aconteceria mais tarde.

O período passou mais rápido do que deveria, estava arrumando minhas coisas quando meu celular apitou com uma notificação.

Hero:  "Estou aqui. Se não aparecer em dois minutos, vou embora sem você."

Merda. Desci praticamente correndo e toda estabanada, e quando cheguei ao lugar combinado ele não estava lá.

"Onde você está?" Enviada.

Bem aqui. — Sussurrou atrás de mim. Levei a mão no peito pelo susto.

— Você é um idiota. — Bufei e sai andando para fora do campus. Encontrei Tom me esperando no mesmo lugar e acenei para o mesmo.

— Você esqueceu de dispensar ele? — Dei de ombros.

— Ele pode ir com a gente. — Disse mas Hero negou.

— Apenas nós dois. Vou te levar em um galpão e pouca gente conhece lá.

— E quem garante que você não vai me matar? — Disse e ele soltou uma risada.

— Não tenho motivo, por enquanto. — Deu de ombros. — Vá dispensar ele, vou pegar minha moto. — E saiu antes de me dar tempo de responder. Bufei e fui de encontro a Tom.

— Oi Jo, vamos? — Mordi meu lábio.

— Eu não vou, na verdade... A professora passou um trabalho para entregar na próxima semana e preciso fazê-lo. — Fui interrompida pela moto de Hero.

— Vamos? — Disse me entregando o capacete.

— Você não vai sair com ele Josephine, você viu o que seu pai falou. — Segurou em meu braço.

— Solta ela. Agora. — Hero disse entre dentes. E Tomás me soltou.

— Você sabe do que seu pai é capaz Jo, sabe o que ele vai fazer quando descobrir.

— Eu vou dar um jeito nisso, mas agora preciso ir. Qualquer coisa eu te ligo, ok? — Dei um sorriso confortante, e peguei o capacete. Me apoiei em Hero e subi em sua moto, vendo Tom ficar para trás passando as mãos em seu cabelo.

Chegamos rapidamente a um galpão escondido, Hero parou a moto para que eu descesse e a estacionou atrás de algumas árvores. Fez um sinal com a cabeça para que eu o seguisse e assim o fiz.
O galpão era enorme, havia uma sala de tiros e alguns aparelhos de boxe e alguns aparelhos de academia.

— Trouxe uma roupa para você, tem um banheiro ali se quiser se trocar, ou pode se trocar aqui mesmo. — Sorriu maliciosamente.

— Obrigada. — Disse irônica, peguei a roupa de sua mão e fui ao banheiro. Me troquei rapidamente e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo alto. Olhei no espelho e eu estava um tanto engraçada. A roupa era uma camiseta preta e um tipo de legging, a blusa aparentemente era dele, pois tinha seu cheiro e ficava quase um vestido. — Tudo bem Josephine, vai dar tudo certo.

Sai do banheiro e ele estava arrumando algumas coisas na sala de tiro. Fui até a mesma e ele sorriu assim que me viu, me olhando de cima a baixo.

— Estou pronta. — Disse sentindo meu fôlego ir diminuindo assim que seu corpo começou a andar até o meu. Ele colocou um fone em meus ouvidos para abafar o som e me entregou uma arma dourada. Me posicionou na frente de alguns bonecos, segurando minha mão com a arma.

Sua respiração batia em meu pescoço e estava ficando impossível me concentrar. Após muitos tiros errados, soltei um suspiro. Ele me virou para ele, nossos corpos estavam bastante próximos.

— Eu nunca vou conseguir, que merda. — Bufei, colocando a arma na mesa. Ele levantou meu queixo, acariciando o mesmo.

— Você consegue gracinha, só precisa de um prêmio de motivação. — Disse risonho.

— Ah é? e qual seria.. — fui interrompida por seus lábios, nos meus. Minhas mãos foram para sua nuca e suas mãos foram para minha cintura, dando o impulso necessário para que eu sentasse na mesa. Minhas pernas rodearam sua cintura e suas mãos me apertavam ainda mais contra seu corpo. Paramos o beijo com um selinho, encostando nossas testas.

Se você acertar no coração, seu prêmio vai ser melhor que isso. — Disse sussurrando contra minha boca. Sorri ainda sem fôlego.

— Isso sim é uma boa motivação. — Sorri divertida e desci da mesa, pegando a arma novamente.

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