JosephinePerdi praticamente mais de um minuto olhando para a mensagem no meu celular. Disquei o número de Hero rapidamente, no segundo toque ele atendeu.
— Algum problema? — sua voz saiu fria.
— Eu não posso... — Ele me impediu de continuar.
— Não pode o que Josephine?
— Não posso sair Hero. — Suspirei e continuei. — Principalmente com você... — Falei baixinho.
— O que aconteceu? — Ele perguntou e assim que não obteve uma reposta, perguntou novamente. — O que aconteceu? Se você não falar eu vou entrar aí agora Josephine! — gritou.
— Não! — a cena veio novamente em minha mente e meus olhos se encheram de lágrimas. — Ele é um monstro. Eu estou suja, eu só quero ficar sozinha. — Disse fungando.
— Você está no seu quarto? — perguntou aparentemente mais calmo.
— O que você vai fazer? — perguntei.
— Sim ou não Josephine. Apenas responda a minha pergunta. — disse pausadamente.
— Sim — disse quase em um sussurro.
— Ok. — e desligou.
Liguei novamente e caia direto na caixa postal. Que merda!!! Atende Hero! Eu ligava pela quarta vez quando ouvi alguém tentando abrir a janela. Corri para o closet para me esconder e apenas encostei a porta.
— Ei baby, cadê você? — A voz rouca. Era ele. Escorreguei até o chão, me sentando no mesmo e ainda não acreditando que ele estava ali. — Josephine? Merda! Josephine, cadê você? — praticamente gritou.
— Estou aqui. — disse baixinho. Ouvi seus passos vindo em minha direção.
— Josephine? — disse me procurando e quando seus olhos se encontraram com o meu, foi tudo muito rápido. Eu já estava contra seu peito. — O que aconteceu Josephine? — perguntou pela milésima vez.
— Ele quase matou o Tomás. Ele mandou que eu ficasse longe de você, eu não obedeci e ele bateu em Tomás quase até a morte. — Engoli em seco lembrando da cena. — Quando cheguei em casa, tinha um rastro de sangue que vinha até meu quarto. — Apontei para o sangue no chão enquanto ele acariciava meu cabelo. — Ele estava todo ensanguentado na minha cama. Estava respirando bem fraco. — lágrimas já saiam sem permissão.
— Ele tocou em você? — perguntou e eu neguei. — Ele te machucou? Não minta Josephine. — neguei novamente.
— Não. Ele disse que faria pior da próxima vez que eu desobedecer uma ordem. Eu não posso ver ou falar com você Hero. — Ele apenas assentiu.
— Arrume suas coisas. — Disse.
— O que? — o encarei.
— Arrume suas coisas, você vai vir para a minha casa Josephine. — Disse se levantando.
— Eu não posso deixar Tomás aqui com ele, ele vai matá-lo!! — disse sentindo o pânico tomar conta de mim.
— Eu preciso te tirar daqui Josephine! — Hero disse me chacoalhando.
— Eu não posso perdê-lo... Eu não posso Hero. — As lágrimas já desciam descontroladamente.
— Eu vou tirá-lo daqui também, mas não agora. Agora o que eu mais preciso é que você arrume suas coisas, eu não vou conseguir cobertura por muito tempo. Vamos Josephine. — Pegou em minha mão me ajudando a levantar. — Por favor Josephine, apenas confie em mim. — Pediu e eu assenti.
Peguei minha mochila e coloquei apenas algumas roupas. Hero pegou outra bolsa para que eu colocasse alguns sapatos, maquiagens e alguns materiais. Terminei de arrumar tudo e olhei para minha cama toda cheia de sangue.
— Posso tomar um banho? — Perguntei o olhando. Ele negou.
— Temos que ir agora baby, você toma em casa, ok? — concordei.
Ele pegou uma das mochilas e colocou nas costas, assim como eu. Saiu me puxando pela mão até a janela por onde tinha entrado. Ele jogou as mochilas e pulou primeiro, pulei também e ele me segurou.
— Vamos! — Hero me puxou pela mão e fomos nos escorando pelas paredes para chegar até o muro. O portão estava encostado, o que me leva imaginar que Hero entrou por ele, mas teve a ajuda de alguém.
Nos ajeitamos em sua moto e ele rapidamente deu partida.
O que diabos eu tava fazendo?~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Oi amores, peço desculpas pela demora. Estou com alguns problemas pessoais e aquele típico "bloqueio de escrita".
Fav e comentem bastante.Beijinhos 💗
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Dangerous
FanfictionEla é uma garota simples, com sua vida nada agitada, uma típica garota comum. Todos pensam isso e essa é a intenção. Mas seu pai é um dos maiores traficantes de Seattle, dividindo o território apenas com os Fiennes-Tiffin. Ele é um cara quase comum...