It will not be easy

2.5K 210 171
                                    


Hero


Não demorou muito para que eu chegasse em casa, Josephine passou todo o caminho segurando firme em minha cintura. Ela estava com medo, muito medo.

Assim que os seguranças viram minha moto, abriram o portão sem questionar. Estacionei perto da garagem e Josephine segurou em meu ombro para descer da moto. Desci também tirando seu capacete e colocando o mesmo na moto.

Os pensamentos de Josephine estavam distantes, podia ver em seu olhar. Segurei sua mão a puxando para dentro de casa, vi seus olhos arregalarem com o ato mas não disse nada.

Percebi alguns olhares para a Josephine e apenas bufei impaciente.

— O que estão esperando? Voltem ao trabalho! — Disse firme e eles apenas assentiram voltando para seus devidos postos.

Abri a porta de casa dando passagem para Josephine entrar, fechei a porta e apenas subi com ela para o quarto.

— Hero? Quem é essa... Josephine? — Meu pai me olhou confuso observando as condições de Josephine e eu apenas neguei com a cabeça.

— Agora não, pai. Vou apenas levá-la ao quarto para tomar um banho e já desço para conversarmos. — disse a puxando novamente sem esperar que ele respondesse.

Cheguei rapidamente ao meu quarto, abri a porta dando passagem para a Josephine, pude perceber que seus olhinhos curiosos encaravam toda a decoração do meu quarto.

— Ali é o banheiro, tem toalhas limpas no armário. — Apontei para a porta perto da janela. — Minhas roupas estão ali, pode pegar o que quiser. — Disse e ela assentiu indo até o banheiro e trancando a porta.

Suspirei e sai do quarto deixando a porta apenas encostada. Desci calmamente e indo até o escritório. Vi Patricia, nossa governanta arrumando algo na sala.

— Patricia, pode fazer dois lanches? — Ela sorriu e foi para a cozinha.

Voltei ao extenso corredor indo ao escritório. Entrei sem bater e já vi a expresso furiosa no rosto de meu pai.

— Que merda é essa Hero? Me explique agora o que está acontecendo! — Gritou nervoso batendo sua mão na mesa.

— O seu querido amigo simplesmente enlouqueceu e resolveu quase matar o melhor amigo dela. Ele a ameaçou pai. — disse entre dentes.

— Você não tem que se meter Hero. Você tem apenas que fazê-la se apaixonar por você. Esse foi o nosso combinado. — disse sem nenhuma emoção.

Eu ia responder quando alguém bateu na porta. Meu pai respondeu com um "entre" e vi Patricia com os olhos arregalados.

— Senhor, me desculpem interromper mas...

— Fale logo Patricia. — meu pai disse firme.

— Fui levar os lanches que me pediu para seu quarto Sr. Hero, quando cheguei lá a garota estava...

— Josephine? O que tem ela porra? — gritei. Mas não esperei sua resposta.

Em segundos eu já estava entrando em meu quarto e vi a porta do banheiro aberta. Assim que entrei no mesmo Josephine estava no chão, apenas de roupas íntimas e desacordada.

Desliguei a água que enchia a banheira e a peguei no colo rapidamente. Coloquei-a na cama e seu rosto estava mais braço que um folha de papel.

— Até que ela é gostosinha. — A voz de meu pai ecoou no quarto. Me virei para encarar seu rosto e o mesmo estava com um sorriso nojento. Puxei o lençol para cobrir seu corpo e suspirei me levantando.

Caminhei até meu pai e o segurei pelo pescoço, prensando seu corpo na parede.

— Me solte seu moleque! — gritou com todo o ar que o restava.

— Se você ousar pensar nela... — o encarei. — Eu acabo com você. — Soltei seu pescoço e o mesmo agora tossia tentando recuperar o fôlego.

— Não me diga que está apaixonado pela gostosinha Hero — Disse com deboche.

— Cale essa maldita boca. Você não cansa de falar merda o tempo todo? — Sem esperar por uma resposta, eu continuo. — Sai do meu quarto, imediatamente.

Voltei para a cama, me sentando do lado de Josephine. Escutei a risada de meu pai e ouvi a porta sendo fechada. Suspirei a encarando, quando vi que ela fez uma careta.

— Que merda... Hero? —

— Ei. Você desmaiou antes do banho. Você está bem? — disse tirando o cabelo de seu rosto.

— Acho que sim. Eu acabei não me alimentando direito hoje e passei muito nervoso... — alguém bateu na porta.

— Entre. — disse e a porta foi aberta revelando Patricia com uma bandeja. — Pode colocar aqui na cama. — Disse e ela o fez. Saindo logo em seguida.

— Eu vou tomar um banho, coma. — Disse e ela assentiu.

Fui em direção ao banheiro e deixei a porta encostada. Me despi rapidamente deixando a roupa do chão e entrei no chuveiro.

Eu precisa pensar em algo rápido, o pai de Josephine logo perceberá que ela não está na casa e virá atras dela. Merda. Acertei um soco na parede fazendo minha mão latejar, mas não importa.

Ouvi a porta sendo aberta mas não me mexi, não demorou muito para que duas pequenas mãos estivessem em meu abdômen.

Senti seus seios roçando em minhas costas e suas delicadas mãos acariciando meu abdômen.
Tirei suas mãos com calma e me virei ficando cara a cara com ela. Seu rosto tinha uma expressão indecifrável, então eu simplesmente beijei.

Sua boca deu permissão para a minha língua e o que era para ser apenas um beijo calmo, se tornou quente e desesperado. Suas mãos foram para minha nuca, me puxando mais contra ela.

Infelizmente, paramos pela falta de ar. Mas ficamos abraçados debaixo d'água, depositei um beijo em sua testa e voltamos para nosso banho.

Passei a esponja por todas as marcas de sangue que haviam no seu corpo e pude ver seus olhos marejados enquanto eu o fazia.

Após terminarmos, enrolei uma toalha em seu corpo e coloquei uma toalha em minha cintura, indo em direção ao closet. Me vesti rapidamente e sai do closet com uma cueca boxer e uma camiseta, deixei na cama enquanto me jogava na mesma.

Josephine rapidamente se vestiu e se deitou ao meu lado, olhando para o teto.

— Você está bem? — questionei e ela apenas ignorou.

— Posso dormir no seu peito? — Assenti e a puxei para o mesmo, a abraçando contra o meu corpo.

Passou apenas alguns minutos e ela já estava em um sono profundo, apeguei o abajur e tentei fazer o mesmo. Amanhã o dia será longo.

Dangerous Onde histórias criam vida. Descubra agora