who is this?

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Josephine

Depois de Cristina me apresentar todo o campus, me informou sobre algumas regras do mesmo, aquela mesma baboseira de sempre. Agora já estávamos indo para a minha segunda aula já que perdi a primeira.

— Chegamos. — disse parando no meio do corredor, a encarei e ela apontou para a sala 138. — Aqui está o seu horário, como já havíamos conversado, o sábado e o domingo são dias livres. Você pode ficar no campus ou então ir para casa, a biblioteca fica aberta de segunda a sexta das 06:30AM ás 07:00Pm, sábado e domingo das 09:00Am ás 06:00Pm. — Assenti.

— Obrigada por me mostrar o campus, qualquer dúvida eu a procuro. — Sorri e a mesma retribuiu se virando para ir embora. Assim que virei para entrar na sala, acabei por esbarrar em alguém, vendo meus papéis indo para o chão. Encarei a pessoa e era um garoto com cabelos enrolados.

— Me desculpe! Eu te machuquei? — Perguntou preocupado. — Bufei negando e abaixando para pegar minhas coisas, ele também se abaixou e começou a me ajudar. — Você é nova aqui, né? Me chamo Dylan e você?

— Josephine. — disse acabando de juntar os papéis do chão e levantando logo em seguida.

— É um prazer conhecê-la Josephine. — estendeu sua mão para me cumprimentar e o encarei, rindo logo em seguida. — Do que está rindo?

— Nada não. — sorri e ele me encarou sorrindo. — Vamos entrar?

— Claro. — disse abrindo a porta para que eu passasse. Sorri em agradecimento e entrei. Vários olhinhos curiosos me seguiam até a mesa que Dylan me levou, ao lado da sua. — Qualquer dúvida é só me perguntar, eu literalmente estarei na sua frente.

— Obrigada Dylan. — sorri, ele parece ser legal. Meu sorriso se desfez assim que olhei para a entrada da sala. A turminha de idiotas está nessa sala também, ótimo. Revirei os olhos e continuei ouvindo algumas coisas que Dylan me falava sobre o professor.



No final da aula Dylan me esperou para que fôssemos para a próxima aula. Tínhamos praticamente 90% das aulas iguais, adorei saber disso, ele estava sendo legal demais. Recolhi meu material e caminhei até a porta, mas recebi uma trombada de alguém. Encarei e vi a vadia de mais cedo e o resto do grupinho de drogados. Caminhei até Dylan e ele me olhava com uma cara de interrogação.

— Pode segurar minhas coisas, por favor? — Pedi gentilmente. — Preciso resolver algo rapidinho.

— Não faça nada Josephine, eles são perigosos.

— São? eu sou mais. — Sorri friamente e caminhei lentamente até eles. O garoto com o cadeado me olhou sorrindo maliciosamente e cutucou o de olhos verdes. Quando parei na frente deles, todos já estão me olhando. — Posso falar com você? — Olhei para a vadia.

— Oh, desculpe. Não falo com vagabunda. — Alguns riram, menos o garoto de olhos verdes.

— Faz bem, não é bom falar sozinha. Você seria vagabunda e louca. — Sorri mas antes que pudesse continuar, fui interrompida por risadas de todos, até o garoto de olhos verdes segurava o riso. Cheguei bem perto de seu rosto e a olhei de cima a baixo. — Não se meta no meu caminho, você não me conhece. — Senti seu corpo estremecer mas a filha da puta é tão vagabunda que soltou uma risadinha.

— Você também não me conhece garota. — Sorri para a mesma.

— Você realmente acha que pode colocar medo em mim? — a encarei. — Na próxima vez que for tentar intimidar alguém, ao menos faça o favor de procurar saber quem é a pessoa. Aposto que se você procurar saber meu sobrenome, vai se arrepender até o seu último suspiro. — Dei as costas novamente, Dylan me olhava com os olhos arregalados e praticamente tive que sair puxando ele pelo corredor.


— Eu não acredito que você falou aquilo!! você louca garota, ela vai te bater. — Dylan disse ainda não acreditando. Sentei na cadeira ao lado da sua. — É sério Josephine! — Revirei os olhos rindo.

— Você realmente não viu meu sobrenome, não é? — ele negou. — Isso explica o porque foi tão legal comigo. — Virei minha ficha para ele e assim que leu "Langford" olhou boquiaberto para mim. — Eu não sou má, ok?! Apenas meu pai é. As pessoas nem tentam me conhecer, geralmente acham que se falarem comigo vão morrer ou algo do tipo. Meu pai deu ordens aqui na faculdade para ninguém falar meu sobrenome, parece que tem gente rival aqui. — Ele me olhava do mesmo jeito, bufei e peguei meu celular na bolsa.

— Ok, estou um pouco assustado mas você é uma garota legal Josephine, não vou me afastar de você por isso. — Era a primeira vez (tirando o Tomás) que eu sentia que alguém era verdadeiro comigo. Sorri e por instinto o abracei. Ele retribuiu.
A professora entrou na sala e voltamos a nossas vidas normais. Estava feliz de realmente ter um amigo verdadeiro, uns se aproximavam por interesse e outros não se aproximavam por medo.
Tive apenas um namorado, fiquei com ele durante 3 meses apenas. Ele jurava amor eterno e eu, totalmente idiota acreditei. No final, ele queria apenas que eu conseguisse drogas com o meu pai.







O restante das aulas passou rápido, liguei para Tomás que já estava me esperando do lado de fora do campus. Me despedi de Dylan e trocamos nossos números. Sai do campus e assim que avistei Tomás, acenei e sorri assim que ele retribuiu.

— Josephine Langford. — ouvi a voz atrás de mim. Me virei e vi o garoto de olhos verdes. Merda. — Onde está indo gracinha?

— Embora, se me permitir. — sorri.

— Queria te avisar para ter cuidado aqui dentro. — Seu rosto não tinha expressão, estava frio e logo saquei o que poderia ser.

— Ah, você deve ser o tal de Fiennes-Tiffin, adivinhei? — assentiu com o maxilar travado. — Bom, resolva direto com o meu pai o quer que seja. — me virei mas fui impedida por um puxão no meu braço.

— Não me desafie Langford. — Falou perto do meu rosto. O encarei e apenas por um segundo, senti medo de ser filha do meu pai.

— Largue a garota, agora. — Ouvi a voz de Tomás atrás de mim.

— Estou bem Tomás, estávamos apenas brincando. Não é? — o encarei e ele me puxou para um abraço.

— Claro babe, te vejo amanhã. — Falou e sussurrou no meu ouvido— conversamos amanhã. — Me soltou e virou indo embora.

— Está bem Jo? — assenti. — O que aconteceu?

— Foi apenas o primeiro amigo que conheci aqui, ele estava com uma garota e acabou me ignorando durante o intervalo. Aí fiquei brava e deixei ele falando sozinha, aí agora ele veio atrás de mim. — Tomás me olhou um pouco desconfiado.

— Hm, ok então. Vamos. — Pegou minha mochila e fomos para o carro.

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