Quatro

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Era uma madrugada fria e nublada. Kyojuro acorda primeiro, e, por alguns instantes fica observando a beleza do ômega que estava dormindo abraçado ao bebê com todo cuidado como se fosse a jóia mais preciosa do mundo para Tanjiro. O alfa não pôde deixar de sorrir quando o ômega fez um biquinho fofo e passou o nariz pelo pescoçinho do filhote.

O alfa fez menção de sair, mas sentiu as pernas lisas de Tanjiro se entrelaçar com as suas. Com cuidado as retirou de cima de si, não negaria que se dependesse dele ficaria ali a manhã inteira, mas precisava caçar algo para o ômega comer, queria mostrar o melhor de si para Tanjiro, e o que melhor que isso do que um cortejo? Decidiu que começaria o cortejo da forma mais tradicional possível. Como todos os cortejos, levaria sua caça até o ômega e de sua pele faria algo para que ele usasse. Quando Rengoku saiu da tenda viu que ainda estava escuro.

“ótimo, vai dar tempo de chegar com algo antes dele levantar”

Com isso, Kyojuro voltou a tenda, pegou sua espada, vestiu uma manta e saiu para mais dentro da floresta procurando algo que pudesse caçar que desse uma pele bonita e não fosse difícil de matar pois queria chegar antes do ômega acordar.

De longe viu um tigre branco deitado sobre um tronco de árvore caído, sentia pena de ter que matar um bicho tão raro e bonito, mas faria tudo pelo ômega. Tanjiro teria o casado de pele de tigre branco mais lindo de todos os tempos, nada do animal seria desperdiçado.

Kyojuro puxou a espada da bainha, fazendo barulho, o que chamou a atenção do animal que imediatamente se levantou e ficou agitado.

“me perdoe por isso bichano”

Rengoku correu e quando o animal percebeu que seria atacado, pulou pra cima do alfa que apenas deslizou por baixo do tigre enfincando sua espada na barriga quente do mesmo e fazendo com que suas entranhas caíssem sobre si. Kyojuro caiu pra um lado e o bicho caiu amolecido pro outro, de costas pra Kyojuro.

O alfa se levantou e foi verificar o corpo agora sem vida do tigre, a pelagem animal estava vermelha de sangue, tinha que tirar e limpar antes que manchasse.

Esfolou o bicho com sua espada, limpou e arrancou o resto das entranhas que ainda estavam dentro, depois que colocou o corpo nos seus ombros e se equilibrou com o peso extra foi andando até acampamento, o sol já começava a nascer e alguns de seus soldados já haviam acordado e lhe paravam vez ou outra para dar-lhe bom dia ou para perguntar sobre o bicho nos seus ombros e o que tinha acontecido ontem a respeito do ômega. Kyojuro apenas respondia calmamente a todos com educação e lhes dizia que talvez eles tivessem uma rainha, o que os empolgava muito.

Pediu para que seus soldados cortassem e cozinhassem a carne do tigre enquanto ele iria se banhar para tirar o sangue da pele.

Entrou no quarto sem fazer barulho e pegou uma peça de roupa, se encantou quando viu a forma como Tanjiro estava dormindo com o filhote em cima dos seus peitos.

Balançou a cabeça e saiu. Foi se banhar e viu que os alfas davam tudo de si pra deixar a pele do tigre o mais impecável possível, sorriu orgulhoso.

Depois de limpo, voltou para a sua tenda, não antes de avisar para que seus soldados começassem a desmonta das outras barracas para que partissem logo e deixar somente a fogueira que cozinhava a carne do tigre acessa, todos concordaram e alguns foram preparar os cavalos e carroças para a partida e outros foram desmontar as barracas.

Não importa quantas vezes o alfa visse a cena do ômega dormindo, se encantaria em todas, achava extremamente fofo a forma que Tanjiro nunca, sequer uma vez desencostava do filhote, estava sempre ou segurando sua mãozinha, ou o aninhando em seu peito. Isso, na visão do alfa era extremamente gracioso, além do ômega ser lindo, ainda era uma ótima mãe.

O Rei gentil (RenTan Mpreg, Uzuzen Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora