O Rei gentil (RenTan Mpreg, Uzuzen Mpreg)

Seis

O reencontro dos ômegas foi caloroso, ambos choravam e se abraçavam enquanto Rengoku assistia a cena com o filhote nos braços e sorrindo bobo. Aqueles dois pareciam duas crianças na visão do alfa.

-Zeni, sua faixa tá suja com sangue. A ferida ainda está muito recente, precisa cuidar melhor dela.

Tanjiro estava preocupado enquanto procurava por mais machucados ao redor do corpo de Zenitsu.

-Mas TanTan, dói quando eu mecho pra limpar.

Tanjiro apertou o biquinho manhoso que o ômega mais novo fazia e ralhou.

-Mesmo assim tem que limpar seu idiota! Se não limpar vai piorar e a dor vai aumentar, você não quer que doa mais né?

-Não...

-Então!... vem, vamos limpar e trocar isso.

Tanjiro já começava a guiar Zenitsu até o quarto deste, mas lembrou de Hiroshi. Olhou o alfa que agora já estava sentado com o bebê na poltrona que tinha ali. Rengoku olhava o filhote com tanto carinho que derreteu o coração de Tanjiro.

-Meu deus! Quem é ele Tanjiro?

-Só agora que você viu Zenitsu? Ele estava aqui comigo na hora que você entrou.

-Ah... eu estava tão feliz em ver você bem que nem prestei atenção em mais nada além de você e o beb- Ei! Por que ele tá segurando meu sobrinho e eu não?

Zenitsu ia pegar o filhote, mas Rengoku o olhou e rosnou.

-AAAAAIIII TANJIROOO – Zenitsu pulou no colo do outro ômega que quase caiu – ELE TÁ ROSNANDO PRA MIM TANJIRO, EU VOU MORREEEER.

-Zenitsu! Para! Ele não vai te machucar! Kyojuro!?

-Que!? Não vou deixá-lo pegar o Hiroshi!

Kyojuro abraçou o bebê e mostrou as presas pra Zenitsu que se tremeu todo.

Tanjiro suspirou cansado e estendeu os braços pra Kyojuro entregar o bebê.

Kyojuro não queria demonstrar a indignação de ter que entregar o filhote – afinal, ele era de Tanjiro – Mas sabia que com certeza estava fazendo bico, e se estivesse sozinho com o ômega ali, ele claramente faria a maior birra.

Entregou o bebê e cruzou os braços emburrado.

-Eu vou ir lá fora conversar um pouco com o Uzui, qualquer coisa me chame Tanjiro.

Kyojuro não entendia o porquê de ter rosnado de forma tão ameaçadora pra um ômega assim, mas se sentiu extremamente irritado quando o outro foi pra pegar o bebê, foi como se seu território estivesse sendo ameaçado.

Pensar nisso lhe deu calafrios.

Achou melhor deixar pra lá e foi procurar Uzui, que estava à alguns metros dali, olhando pra um lugar muito específico.

-Uzui? O que houve? Por que tá encarando as árvores?

Uzui ponderou e chacoalhou a cabeça, ainda sentindo as presas coçando e os olhos voltarem ao normal.

Kyojuro ficou estático quando percebeu a situação do amigo. Rapidamente se colocou em prontidão e olhou na direção onde Uzui olhava antes.

-O que é?

Perguntou Kyojuro, que agora já sabia da ameaça logo à frente.

Uzui respirou fundo.

-Sente esse cheiro?