𝐒𝐀𝐕𝐄 𝐘𝐎𝐔𝐑 𝐓𝐄𝐀𝐑𝐒
─ ʟᴇᴇ ᴍɪɴʜᴏ
Ela queria viver novamente, queria acender a chama de amor que havia em seu peito, mas temia que alguém jogasse um balde de água fria sobre tal chama. Havia se cansado de chorar por amores falhos.
Park Hyuna...
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Pov's Park Hyunah
Adentrando meu quarto com o garoto logo atrás de mim, suspirei pesado soltando as sacolas que carregava. Minho e eu ficamos em silêncio durante o caminho todo, o clima entre nós havia pesado gradativamente.
Ele ainda estava irritado, muito irritado.
Me joguei sobre o tapete preto próximo ao meu canto de leitura, e afundei o rosto na almofada sentindo meu corpo latejar de tanta tensão que se acumulou ao longo do dia. E que dia.
Não parei nem por um minuto. Meu corpo implorava por um descanso depois de uma viagem de mais de 15hrs, e uma arrumação intensiva em meu quarto. Dormir muito pouco, ou seja, não foi o suficiente para me sentir bem.
Minha cabeça estava à milhão. Não conseguia processar tanta informação de uma vez só, e isso causava muitas enxaquecas.
— É errado eu dizer que quero morrer? Estou tão cansada. — digo de forma abafada, com o rosto ainda afundado na almofada.
— Hyunah, eu-...
— Se for falar que eu deveria começar a tomar cuidado e não me aproximar daquele garoto, juro por tudo que é mais sagrado, Minho, eu te expulso de casa. — retruquei, o interrompendo.
— Certo. Não vou falar sobre isso. — disse, me fazendo sentí-lo se sentar ao meu lado. — Só estou com medo.
De repente seu tom de voz mudou. Ergui a cabeça o olhando confusa diante sua expressão facial indecifrável. Ele parecia estar em um mix de emoções, parecia perdido, preocupado, irritado... Era raro vê-lo desse jeito tão perturbado.
— Minho, por que 'tá assim? Ainda é por causa daquele garoto? — indaguei me sentando rapidamente. — Se for isso, eu fico longe dele.
— No Canadá você estava mais segura. Hyunah, as coisas em Seul mudaram, não são mais as mesmas que conhecia. — segurou meus ombros, os apertando. — Iria pedir para ficarmos um pouco longe, mas sei que não vai dar certo, então, só peço que tome cuidado com tudo.
— Está escondendo alguma coisa de mim, né? — o questionei apreensiva. — Você se envolveu em algo perigoso, Minho?
— Talvez sim, talvez não. Isso não importa! — exclamou me olhando com atenção. — Saiba apenas que esse clichê que acha que está vivendo pode desaparecer.
— "Clichê"? Como assim? — fiquei ainda mais confusa.
— Esse seu mundinho, essa sua visão de um mundo bom pode desaparecer uma hora ou outra. — ele respondeu, acariciando o topo de minha cabeça. — Ainda mais se for estudar na mesma escola que eu.
Não havia dito mais nada. Apenas me calei e tentei processar tudo que ele disse. Era confuso e preocupante, para Minho chegar ao ponto de me olhar dessa forma tão alarmante, significa que algo poderia sair de seu eixo.
