𝟏𝟔 | 𝐒𝐄𝐌𝐏𝐑𝐄 𝐏𝐑𝐎𝐓𝐄𝐆𝐄𝐑

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𝙹𝚄𝙻𝙸𝙰𝟶𝟻/𝟷𝟸/𝟸𝟶𝟷𝟿𝚂𝙰̃𝙾 𝙿𝙰𝚄𝙻𝙾/𝙱𝚁𝙰𝚂𝙸𝙻no passado

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𝙹𝚄𝙻𝙸𝙰
𝟶𝟻/𝟷𝟸/𝟸𝟶𝟷𝟿
𝚂𝙰̃𝙾 𝙿𝙰𝚄𝙻𝙾/𝙱𝚁𝙰𝚂𝙸𝙻
no passado

A NOITE ERA FRIA, PRINCIPALMENTE naquela avenida movimentada. Eu também não estava nada agasalhada, né? Decidi vir com um vestidinho tão curto que quase minhas pernas inteiras estão descobertas, o que faz com que aquele maldito vento gelado congele minha pele. Pelo menos meus braços estão quentes, isso porque Leonardo decidiu ser bondoso e me deu seu casaco, mesmo que tenha que passar frio por isso já que agora ele está só com sua camisa polo.

Gosto desses gestos de gentileza dele. Principalmente quando repara que há algo errado comigo. Eu nem preciso dizer para que ele perceba e imediatamente pense em alguma coisa para resolver o problema. Nesse caso, tirou a primeira peça de roupa de seu corpo só para me manter aquecida.

São esses gestos simples de cuidado que me fazem ficar ainda mais apaixonada. Ele se preocupa comigo e quer me proteger.

Estamos na fila do teatro. Vamos assistir O Auto da Barca do Inferno. Mas pelo visto, a cidade inteira decidiu vir assistir também porque a fila está quase virando o quarteirão.

Estou sozinha nesse momento, Leonardo decidiu comprar alguma coisa para a gente beber enquanto esperamos. E nesse momento, que estou imersa em meus pensamentos e tentando não pensar no frio que gela minhas pernas, uma pessoa brota ao meu lado. Mas não é Leonardo, como eu esperava, é outro homem.

— Oi, Ju — ele abre um sorrisão para mim. — Que surpresa ver você por aqui.

— Ah, oi! — olho para aquele homem forte e bem vestido. O cabelo cacheado um pouco maior e mesmo na escuridão da noite consigo ver que ele andou se bronzeando. — Jean, caramba! Como você mudou.

Jean foi meu colega no colégio durante o Ensino Médio inteiro. Na verdade, ele foi um grande amigo. Me ajudava não só com as atividades como também com questões pessoais. Infelizmente depois que nos formamos, acabamos nos distanciando. Principalmente pelo fato de eu ter tido um pequeno relacionamento com ele. Leonardo é ciumento e pra não ter problemas, eu prefiro me afastar.

— É, comecei a malhar. Quanto tempo que a gente não se vê? — ele pergunta, forçando a mente a lembrar. — Desde a formatura?

— Mais de um ano, provavelmente.

— Muita coisa — ele assente. — Mas me fala como anda as coisas?

— Ah... — penso por um segundo bem longo enquanto levo uma mão a nuca. — O mais normal possível, posso dizer assim.

— E a família, 'tá tudo bem com eles? Seu pai 'tá bem depois da derrota do ano passado? — nem me lembre dessa Copa do Mundo. Ainda é uma ferida aberta.

— Ele está determinado a trazer o hexa em 2022 — digo com sinceridade.

— Coloca esses jogadores pra treinar muito, tem três anos pra isso.

MAGNATA ━ richarlison (EM PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora