𝙹𝚄𝙻𝙸𝙰
𝟶𝟸/𝟷𝟸/𝟸𝟶𝟸𝟸
𝙳𝙾𝙷𝙰/𝚀𝙰𝚃𝙰𝚁— FOI AQUI — aponto para a porta ainda manchada com o meu sangue. Há um buraco perfurando a madeira, o buraco da bala que atravessou minha barriga e ficou presa ali. Meu corpo desacelerou a bala, fazendo com que não atravessasse a madeira. — Que ele atirou pela primeira vez.
O quarto está cheio de gente. Policiais, peritas criminais. Eles observam a cena do crime com olhos grandes e curiosos, tiram fotos, sussurram entre eles, anotam na pranchetinha e vão conversando e coletando vestígios enquanto eu digo exatamente o que aconteceu.
— E o que levou o acusado a atirar? — pergunta a perita que está ouvindo a minha declaração sobre o caso enquanto os outros fazem o procedimento do corpo de delito. — Você pode me detalhar o que lembra da conversa?
— Bom... — limpo a garganta e ajeito a postura.
Estou em pé. Não devia, mas estou. Não achei certo explicar o que aconteceu sentada numa cadeira de rodas.
— Ele disse que não aceitaria ser trocado, que... — forço minha mente a pensar e a lembrar exatamente das palavras daquele desgraçado. — Disse que não aceitaria ser abandonado e que sentia falta da menininha submissa.
A perita franze o cenho, mas faz um gesto de cabeça para que eu continue.
— Antes de atirar, ele disse: "se eu não posso te ter, ninguém mais poderá". Aí ele berrou.
— Berrou?
— É — confirmo com a cabeça. — Como se não conseguisse atirar. Ele olhava pra arma e gritava. Mas só durou alguns segundos porque... ele conseguiu.
— Hum — a mulher olha para seu companheiro ao lado. Eles trocam olhares que eu não entendo porra nenhuma, mas logo ela volta atenção para mim. — Depois do tiro você caiu no chão, imagino.
— Sim — concordo e aponto para onde eu cai. Hoje está limpo, mas acredito que na noite do ocorrido havia muito sangue aqui nesse chão. — Eu cai de costas bem aqui e ele ficou por cima de mim. Chorando. Parecia arrependido. Não dava pra decifrar o que ele sentia.
— Mas ele parecia arrependido? — ela pergunta e eu ouço alguém bufar, olho para o lado só para ver um Richarlison de braços cruzados revirando os olhos para a reação da mulher.
Richarlison veio como meu acompanhante já que também é uma das testemunhas e eu não posso estar sozinha, não nesse estado onde ainda estou fraca e medicada. Não era nem para eu ter saído do hospital, só sai porque insisti muito. Queria dar a minha palavra pra polícia e me livrar de um fardo.
— Acho que sim — é o que consigo responder ao olhar para ela de novo.
— Por que ele parecia arrependido, Senhorita Bachi?
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MAGNATA ━ richarlison (EM PAUSA)
Fanfiction❝Eu vou largar minha casa e vou morar no Cabaré.❞ 𝐉𝐔𝐋𝐈𝐀 𝐁𝐀𝐂𝐇𝐈 é a filha do técnico Tite e está passando as férias acompanhando seu pai no Qatar onde acaba se enturmando com a grande família de jogadores da seleção brasileira, entre eles, o...