𝟐𝟐 | 𝐂𝐔𝐑𝐀𝐓𝐈𝐕𝐎

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ACORDO ASSUSTADA. Me sento na cama bruscamente e agarro os cabelos com força enquanto regulo minha respiração. Meu peito está apertado e meu coração tão acelerado que ele pode facilmente explodir dentro de mim.

Puxo o ar para dentro dos meus pulmões três vezes antes de finalmente abrir os olhos e perceber que tudo não passou de um terrível pesadelo.

Mas foi tão real.

O sentimento foi tão real que eu o sinto agora. O medo está assombrando minha alma e me deixando tão assustada que eu nem sei por quanto tempo eu fiquei naquela posição. Parada, as mãos na cabeça, os olhos arregalados, olhando fixamente para a parede na minha frente.

Calma. Calma. Foi só um maldito pesadelo.

Só um... pesadelo.

Porra.

Aquelas mãos.

Eu ainda as via em minha mente. Segurando o revólver que apontava para mim. Dedos trêmulos, mas monstruosos. Os olhos cheios de lágrimas. Sangue.

Eu ainda o via dizendo que me amava e mesmo assim me machucando. Eu o via tirar a minha vida.

Me coloco em pé sem ser capaz de permanecer naquele cama. Olho pra janela e percebo que já amanheceu. Não deve ser tão cedo. No máximo nove horas.

Preciso relaxar. Espairecer.

Por isso, com calma, caminho até o banheiro do meu quarto. Sim. Meu quarto. Estou na casa que meu pai alugou pra gente. Ele não achou que seria seguro permanecemos no hotel, então, cá estou eu. Assim que tive alta do hospital, ontem de noite pra ser exata, eles me trouxeram pra cá e eu fiquei de cama até então.

Chego no banheiro e me apoio no lavatório, tendo que parar para respirar. Porra, estou tão fraca que andar poucos metros me cansa ao ponto de tirar todo o meu fôlego.

Fico alguns segundos ali, apenas respirando até me ver mais calma para, enfim, me preparar para um banho.

Retiro minha camiseta com cuidado porque qualquer movimento já é suficiente para me causar dor.

A primeira coisa que vejo é a ferida que eu com delicadeza retiro o curativo de cima.

O buraco causado pelo tiro em minha barriga já fechou e está cicatrizado. Mas depois que tirei os pontos, a ferida inflamou e agora eu tenho que cuidar para não ficar pior.

Fico de costas e retiro o curativo de trás. Pelo menos essa ferida daqui está bem melhor e muito mais cicatrizado.

Mesmo assim, parece que tem uma agulha dentro de mim que a cada movimento do meu corpo perfura minha pele e faz meus olhos arderem pelas lágrimas de angústia.

MAGNATA ━ richarlison (EM PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora