...⁠ᘛ Capítulo 53 ...⁠ᘛ

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... Capítulo 53:O véu..

Tom e Harry ficaram atrás de um feitiço de indiferença na sala onde ficava o arco mortuário

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Tom e Harry ficaram atrás de um feitiço de indiferença na sala onde ficava o arco mortuário. Eles estavam nos braços um do outro, o mais velho dando força ao mais novo, tranqüilizando-o sussurrando palavras simples de conforto em seu ouvido.

Ambos ouviram os murmúrios vindos das ruínas, era opressivo, quase assustador. As vozes dos mortos. Um arrepio percorreu a espinha do grifinório e o sonserino o abraçou com mais força. Também na sala estavam Draco, Bellatrix e Narcissa em um canto conversando baixinho, Lily e Severus movimentando-se em torno de um caldeirão. Só faltava Andrômeda e Tonks.

Harry viu Remus e Fenrir entrarem. O Maroto não teria perdido o retorno de seu velho amigo para o mundo, seja o homem vibrante ou seus restos mortais. Ele tinha que estar presente. Ele era o último e permaneceria leal a seus amigos, a seu bando. Até o fim.

Tom se afastou um pouco, mantendo a mão do marido na sua, e cancelou o feitiço de indiferença. Remus veio imediatamente para encontrá-los.

"Olá vocês dois," ele disse em sua voz profunda enquanto os lobos se acomodavam ao lado deles. "Como vai você, filhote?"

"Está tudo bem, Rem," Harry respondeu com um suspiro. "Eu... eu só estou... angustiado."

" Eu sinto isso." O Maroto irritou o Grifinório gentilmente. "Vai ficar tudo bem, Harry. Não importa o que aconteça, estaremos todos lá com você. Ainda que os resultados não sejam os que estamos esperando."

" Eu sei ... "

O olhar esmeralda se perdeu no arco cujo véu imaterial voava suavemente com o vento do além-túmulo. Ele se lembrava do homem que conhecera pela primeira vez como nada, um prisioneiro fugitivo cujo olhar assombrado por seus anos de prisão e seu desejo de vingança e ainda brilhando com aquela centelha de felicidade e travessura quando pousou nele.

Harry sabia que Sirius via muito de James Potter nele, ele se parecia tanto com seu pai, e que no calor do momento o homem apenas pensava que estava ao lado de seu velho amigo, mas o resto do tempo Sirius se comportou com Harry como se fosse seu pai e o aconselhasse como pudesse. E eram esses momentos, entre descontração, conselhos e risadas, que ele sentia falta. Ele esperava tanto que funcionasse...

Tonks e Andrômeda chegaram com Gellert, Amélia Bones e alguns curandeiros do Setor Mungos. Todos eles se amontoaram, todos os Blacks, esperando que Severus e Lily terminassem a poção. Draco trocou um olhar com Harry e lhe deu um sorriso encorajador, quase um sorriso.

Quando chegou a hora, todos subiram os degraus de pedra que levavam à arca e ao caldeirão fumegante diante deles. Cada um deles puxou uma adaga afiada e cortou as palmas das mãos. O grifinório reprimiu um silvo de dor quando o líquido carmesim, a essência da vida, pingou no chão. Ele suspendeu a mão ferida junto com as outras acima do caldeirão e as gotas caíram uma a uma, misturando-se com a poção verde escura.

Tom assistiu de longe o desenrolar do ritual com as outras testemunhas, ele ficou entre Lily e Gellert, os olhos fixos em seu marido. Ele sentiu sua angústia, sua apreensão, mas também sua imensa esperança. E por essa imensurável esperança, o septuagenário dirigiu uma prece silenciosa à Deusa para que ela viesse em seu auxílio e lhes concedesse o retorno de Sirius Black.

Ele observou os Blacks darem as mãos e olharem para o véu intangível. Uma canção se elevou suavemente no ar, as vozes dos feiticeiros, incluindo a de seu marido, em uma língua que ele conhecia muito bem. Em latim ...

Invocaram, imploraram aos juízes do limbo o retorno de seu ente querido, enviado por engano através do véu em uma luta que nunca deveria ter sido travada em tal lugar. A música foi ficando cada vez mais alta, cada vez mais fascinante, cada vez mais impregnada de magia...

Toda a sala estava saturada dela a ponto de o próprio Tom, acostumado à presença difusa da Deusa, ofegar. O véu começou a ficar cada vez mais agitado, como se fosse fustigado por uma violenta tempestade. A fumaça começou a subir dela, difusa como uma névoa, envolvendo os seis magos que continuaram a entoar incansavelmente as mesmas frases, as mesmas súplicas, as mesmas orações.

De repente, uma forma humana deu um passo à frente, saindo do véu, do limbo, e Sirius Black saiu, totalmente nu, na frente de todos. Depois de alguns passos, com os olhos esbugalhados olhando para o nada, o homem desabou no chão de pedra, inconsciente.

As névoas evaporaram e a magia diminuiu lentamente. O véu retomou seu movimento lento, levado por um vento que os vivos não podiam sentir. Assim que o ritual foi concluído, Harry tirou a capa para cobrir seu padrinho e lançou um feitiço de calor para protegê-lo do frio de pedra. Ele então deixou aos cuidados das medibruxas que estavam ocupadas com o Maroto. Ele ficou por perto olhando para ele, torcendo as mãos nos joelhos, mostrando paciência como nunca antes. Ele não percebeu que seu companheiro estava logo atrás dele.

O veredicto da medibruxa: Sirius Black estava bem. Apenas exausto.

Harry suspirou de alívio e lágrimas de felicidade escorriam por seu rosto. Tom os arrancou com os dedos e sussurrou em seu ouvido.

"Não é só em igrejas trouxas que há milagres..."

Harry sorriu e encostou-se ao marido com o coração feliz. Seu padrinho estava de volta...

 Seu padrinho estava de volta

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