Acenando positivamente com a cabeça frenéticamente.
As letras bagunçadas presas no fundo da garganta, incapaz de formar uma resposta.Ele se lembrava do seu nome.
- Eu gosto de palavras.
Desembaralhando as letras, tentando formar uma frase coerente para o responder.
Os olhos dele encarando o fundo dos seus pensamentos.- Seria ... uma honra imensa.
Um sorriso bobo se formando nos seus lábios.
Pensando em como ele realmente se lembrava do seu nome.- Não sabia que tinha tentado me procurar.
- Mais de uma vez, mas é dificil te encontrar; Cheguei a interromper a aula de algumas das suas professoras perguntando de você, mas elas me disseram que você é uma aluna que tem o costume de faltar com frequencia á todas as aulas.
- Ah bem eu-
- É engraçado, você nunca falta as minhas aulas.
Ele falou isso com a expressão menos engraçada que você já viu.
Parecia tentar decifrar o que você estava pensando.O arrependimento imediato de ter faltado á todas as aulas — com exceção a de Kishibe — por um mês te atingiu fortemente.
Se encolheu na cadeira timidamente, se sentindo pequenininha perto da figura alta e amedrontadora do seu professor de história.
A porta se abriu, revelando a figura de um velho baixinho, careca e bem humorado, trazendo consigo um pacote de não sei o que.
Hermes, o responsável pelo escritório.Ao ver os clientes sua felicidade se esvaziou imediatamente, ele era uma ótima pessoa, mas um péssimo funcionário.
Hermes olhou para os hóspedes com a carranca mais mal humorada que seu rosto poderia oferecer, fazendo com que Kishibe o olhasse mortalmente em resposta.A mulher e as outras quatro moças não pareceram notar, ou se notaram não se importaram o suficiente para demonstrarem mínimo interesse.
- Esperem um minuto, eu já atendo vocês.
A situação como um todo era mais do que constrangedora.
Você ainda tentava formar as palavras numa resposta plausível do motivo pelo qual faltava a todas as aulas, menos as dele.
Ele colocou o cigarro aceso entre os lábios novamente, inalando a nicotina presente nele e suspirando pesadamente.
Bonito.
Muito bonito.
Quase um pecado ambulante.- Eu só ... admiro seu trabalho.
Não era a melhor resposta, mas era a única que tinha.
Ele sorriu.
Não foi um sorriso discarado, foi um sorriso discreto.
O cigarro ainda nos lábios.- Eu sei.
Provavelmente o sorriso mais discreto que você já viu.
E o mais arrogante também.- Eu preciso da assinatura de vocês.
Falou tentando se desviar suavemente do assunto, sem transparecer o seu nervosismo.
Mesmo que a essa altura, a sua timidez já estivesse escancarada.Fuxicou em uma das gavetas da mesa, procurando por papéis.
Achou seu celular perdido no meio das tralhas, você tinha o costume de deixa-lo em qualquer lugar.
Pode olhar na tela de notificações 3 chamadas perdidas de " Mãe " e 1 de " Pai ".Fingiu não se importar muito, mas fez uma nota mental de retornar a chamada da mamãe.
Colocou seis papéis e seis canetas no balcão, indicando a eles o lugar correto de onde deveriam assinar, repectivamente.
A mulher foi a primeira a assinar, assinando apenas o próprio nome. " Quanxi ".
As quatro moças assinaram em seguida.
Kishibe assinou um algo parecido com um garrancho na folha em que você o ofereceu.Hermes os chamaram em poucos minutos, dando fim em um silencio rigorosamente constrangedor.
Mas Kishibe não foi.Quanxi e as quatro moças foram ver a documentação cautelosamente com o careca, e Kishibe ficou sozinho com você na recepção.
- Vamos ter que melhorar nossa comunicação, você não pode me representar no grêmio se não tiver contato comigo, [ Nome ].
- Eu entendo, o que você sugere, professor?
Ele a lançou um olhar satisfeito.
- Eu vou te passar o meu número pessoal para fins acadêmicos, quando voltarmos presencialmente eu vou precisar que você me notifique semanalmemte sobre possiveis mudanças do grêmio. Você acha que consegue fazer isso por mim?
- Sim, eu consigo.
Se ele te pedisse para estapear a cara do seu chefe você o atenderia imediatamente.
Até então você sequer tinha tido uma conversa com ele, e agora estavam trocando números de telefone.Borboletas dançando caóticamente no seu estomago.
Você estava sendo extremamente ingênua.
Era óbvio que não estavam trocando números de telefone para fins acadêmicos.
Aquela era apenas a maneira mais polida de pedir pelo seu número.O velhote claramente correspondia a seus interesses.
Perdendo as contas de quantas vezes deu aulas olhando para você.
Discretamente te encarando nos corredores e memorizando exatamente o que você pede na cantina; Um café extraforte e dois pães de queijo.Não é nada doentio ou coisa do tipo, é mais como uma paixão que tem uma chance minúscula de dar em alguma coisa.
Me lembra o caso de alguém.O fato é que Kishibe não experenciou muito o amor durante sua vida.
Não que ele esteja apaixonado, mas é uma sensação engraçada.
Um interesse anormal por uma aluna das aulas de história.
Aluna essa que faz questão de estar presente em todas as aulas.
Mais como uma forte atração por uma aluna que deve ser pelo menos 30 anos mais nova.
Quase um pecado ambulante.Você tirou seu telefone da gaveta, passando seu número de telefone pessoal para seu professor.
- Vou te mandar qualquer porra aqui só pra você salvar meu número.
Você ascentiu, com o sorriso mais largo e besta que seu rosto pode formar.
Se sentindo como uma adolescente prestes a ter o primeiro amor.Recebeu a notificação do aplicativo de mensagens.
Ele tinha te mandado um emoji de " 🍺 ".Você riu.
Ele realmente era um velho.
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DADDY ISSUES | KISHIBE !
RomanceDADDY ISSUES | 岸きし辺べ Onde a gentil e atenciosa [ Nome ] trabalha como recepcionista em um luxuoso hotel, e eventualmente tem de recepcionar seu professor da faculdade em que é apaixonada secretamente. O contraste entre a doçura de [Nome] e o amargor...