Capítulo 3

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Cinco dias se passaram depois daquele dia onde recebi aquela proposta descabida. Eu não tirei da minha cabeça um só momento, mas por que era um misto de indignação e também curiosidade por que ele ofertei isso justamente a mim, estava começando a entrar em pânico com tantas dúvidas e misturada a minha situação financeira era ainda mais difícil. Estava organizando o apartamento enquanto Holly trabalhava em seu computador quando o meu telefone toca, era um número estranho e atendo rapidamente, pois poderia ser algum dos currículos que deixei por aí.

"Senhorita Sarah, aqui é Cristine vizinha da sua mãe, ela passou mal e pediu ajuda. Nós a levamos para o hospital, ela não esta bem!"

Eu fiquei parada sem reação nenhuma ao escutar aquelas palavras, meu mundo acabou de desabar por completo, minha mãe, não deus! Coloquei a mão no peito em choque. Um arrepio na espinha e o medo de perder a minha mãe foi eminente. Eu tinha prometido a ela que iria visita-la e desde então nunca consegui ir até la focada em conseguir o trabalho acabei deixando ela de lado e me senti tremendamente culpada, mesmo sempre conversando com ela por telefone eu poderia ter ido até la. Holly já estava com os olhos arregalados e me olhando atentamente.

— Como ela está agora? Para que hospital vocês a levaram? — Andei de um lado para o outro.

" Acredito que conseguiram estabilizá-la e ainda não chegou mais notícias. Estamos no centro médico de Harborview."

— Estarei aí o mas rápido possível! — desliguei apressada.

Peguei qualquer roupa jogando na mochila, minha cabeça estava uma confusão só e não parava de pedir aos céus que minha mãe estivesse bem. Pedi um pouco de dinheiro emprestado a Holly para ir ate Portland de imediato, pois minhas reservas se foram e eu precisava chegar lá o quanto antes. Ela como sempre prestativa não pensou duas vezes e me entregou o dinheiro, até mais do que eu precisava e eu jurei que iria recompensa-la por tudo que fazia por mim.

Duzentos e trinta e três quilômetros, mas longos da minha vida pela frente, eram praticamente quatro horas de viagem em um ônibus para Portland e cada minuto era torturante, sem notícias e o medo de que chegando lá recebesse a pior notícia da minha vida. Olhava a estrada além da janela do ônibus e as lágrimas rolavam entre orações silenciosas.

Quando cheguei a cidade pegando um táxi diretamente até o hospital onde Cristine indicou ter a levado e entrei de uma vez Não estava conseguindo raciocinar muito bem, tudo estava dando tão errado ultimamente e a última coisa que esperava acontecer era ver minha mãe em um hospital agora, era o que eu mais temia. Quando cheguei na sala de espera que me foi indicada por uma das recepcionistas, Cristine estava lá sentada com o pensamento distante e quando nota a minha presença fica de pé rapidamente e me abraça em forma de cumprimento.

— Minha mãe… quero vê-la?! O que houve? — falei agitada.

— Calma Sarah, conseguiram estabilizar ela. O médico vai lhe explicar melhor. — Ela acenou, um homem alto e loiro se aproximou.

— Olá sou Állan, em que posso ajudá-la?— Ele me olha.

— Eu sou Sarah Howard, filha de Ester Howard... Como minha mãe está? Eu quero vê-la.– Eu falava em tom de desespero.

— Senhorita a sua mãe foi estabilizada, está na unidade de terapia intensiva e passando por uma bateria de exames. Você deve aguardar um pouco para dar um diagnóstico coerente.– Ele afirma.

— Posso vê-la?– Supliquei.

— Olha… na UTI não é permitido, mas eu vou deixar vê-la e amanhã cedo você pode vir visita-la ok?– Ele foi prestativo.

Casada por acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora