Capítulo 7

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SARAH HOWARD 

Acordei cedo, era o dia da cirurgia da minha mãe e precisava estar em Portland o quanto antes, estava nervosa e não consegui dormir bem, olhei o relógio várias vezes durante a noite e não via a hora de estar lá perto dela. Eu jaa organizei tudo que iria levar no dia anterior e sai apressada de casa, Peter estava a frente me aguardando e dessa vez não iria de ônibus ao menos iria chegar em menos tempo e não seria tão cansativo quanto, lhe dei um bom dia e entrei no carro, eu já estava começando a me acostumar com a sua presença. Quando ele seguiu caminho percebi que não estava indo em direção a saída que dava em direção a Portland e sim para o prédio de Ryan. Será que assinando aquele contrato eu também estava perdendo meu direito de ir e vir? Que sem a minha própria vontade e necessidade não teria relevância nenhuma, simplesmente entrar no carro e ele tomar um percurso próprio por ordem de Ryan.

— Peter… eu preciso ir logo! O que ele quer dessa vez?— Comecei a ficar irritada.

— Não se preocupe senhorita!— Então logo chegou.

Ele desceu e abriu a porta para que eu o acompanhar. Estava irritada, ele sabia o quanto estar lá era importante para mim, mas ele parecia não tem sentimentos e fazer isso para me provocar, não fui antes, pois tinha que honrar meus compromissos como noiva naquele jantar, pois do contrário eu já estaria em Portland. Quando entrei no elevador Peter apertou um dos botões e eu notei ser ainda acima do último andar e fiquei intrigada.

— Não estou entendendo nada Peter.— Afirmo.

— O senhor está em reunião, mas quer que chegue logo e confortável para a cirurgia da sua mãe. — Ele falou com firmeza.

Quando a porta do elevador se abriu, estávamos no topo do prédio, um helicóptero e o piloto estavam ao meu aguardo. Levo a mão ao peito e fico aliviada, pois pensava que ele era um egoísta por me fazer atrasar e se tornou completamente o contrário. Fui guiada até ele e me ajudaram a ficar bem posicionada. Logo depois estávamos sobrevoando Seattle, rapidamente estaria em Portland e aquilo me deixava aliviada. Peter me acompanhava como de costume e eu olhava a paisagem ali abaixo, ficava deslumbrada, ao menos Ryan era cuidadoso, não sabia a sua real intensão daquilo se era por mera aparência ou por educação, pois se assim fosse era uma atitude louvável. .

Em pouco tempo cheguei a Portland e o helicóptero foi autorizado a pousar no local adequado ali no hospital. Sai apressada, indo em direção a entrada do mesmo. Quando passei, observei alguns homens me olhando de forma suspeita e depois apontar câmeras, me assustei e corri para dentro do hospital onde Peter e os funcionários do luga os impediam de entrar. Fui até a ala indicada e logo o médico loiro vinha em minha direção. Állan, me cumprimentou.

— Senhorita Howard, estamos preparando a sala de cirurgia. Em cerca de meia hora iremos começar o procedimento. — Ele explicou.

— Óh meu Deus!— Coloquei as mãos no rosto.

— Não se preocupe… tudo vai ficar bem. Temos grandes profissionais envolvidos. — Ele deu um sorriso que me acalmou.

Logo deu as costas e deveria ir se preparar. Sentei no banco ali perto e fazia orações baixinho para que tudo ocorresse bem. Cristine infelizmente viajou para fora da cidade, pois sua filha precisava da sua ajuda e mesmo assim ela ligava constantemente a fim de saber informações sobre minha mãe. Mas de uma hora tinha se passado, minha cabeça baixa e o pensamento distante. Sinto uma mão em meu ombro, me assusto olhando para cima rapidamente e Ryan estava la. Eu tenho certeza que minha respiração parou por um tempo considerável. Mas precisava de um apoio, estava tão sozinha ali. Levanto-me dando um abraço apertado nele, que retribui sem receio.

— Calma… vai ficar tudo bem. — Ele tocou minhas costas.

Afastei-me, me sentando novamente e ele ao meu lado.

— Obrigada por vir... Não esperava isso...— Dou um meio sorriso.

— Tinha fotógrafos na frente do hospital, depois de ontem… pesquisaram tudo sobre você. Se um noivo não acompanha a noiva em um momento como esse é dar motivos para fofocas!— Ele foi direto.

Por um momento eu acreditei que ele estava ali por livre e espontânea vontade, não para fazer uma jogada de marketing para o casamento. Relevei, eu sabia que aquilo e muitas coisas do tipo iam acontecer e era o que menos importava aquele momento. Holly ligou desejando o melhor, queria vir, mas estava trabalhando e eu sabia bem o que era perder um emprego para acabar causando isso a ela.

Horas se passaram e eu devo ter dormindo, pois, acordei com minha cabeça no ombro de Ryan, corei imediatamente quando despertei, como pude fazer isso?! Ele não se importou, apenas tinha numa mesa ali a frente da sala de espera, sucos, tortas e várias coisa para comer, um exagero, na verdade.

— Você não se alimentou desde que chegou! Então coma.— Foi uma ordem.

Estava com fome mas também muito ansiosa e preocupada que a comida parecia cair no estômago como se fosse uma pedra. Não demorou muito para me sentir satisfeita com tão pouco e o médico veio em minha direção depois de uma longa espera, fiquei de pé imediatamente junto de Ryan logo atrás de mim.

— Állan… por deus, como esta minha mãe?— O homem me olhou fixamente.

Senti a mão de Ryan em meu ombro dando um leve aperto e eu ignorei, atenta ao médico.

Állan, tirou a touca da cabeça mostrando seus cabelos loiros e soltou um suspiro rápido antes de dar as informações necessárias.

— Sua mãe esta ótima, a cirurgia foi um sucesso. Só devemos esperar ela acordar e saber se não terá nenhuma sequela, nós acreditamos que não, pois foi bem-sucedido. Vai depender dela. — Ele abriu um sorriso.

Levei minha mão ao peito e soltei o ar aliviada, num momento de extrema felicidade e gratidão me aproximo do médico e lhe dou um abraço como agradecimento, pois ele sempre foi muito prestativo.

— Obrigada Doutor.— Me afasto.

A mão de Ryan estava em meu ombro puxando para perto dele, ele estava sério e, mas dava leves apertos em meu ombro a fim de me acalmar, assim acredito.

— Quando vou poder vê-la? — Perguntei.

— Esta sendo preparada devidamente em um quarto reservado. Logo poderá vê-la. Ira acordar quando a anestesia passar e conseguirmos avaliar seu estado. — Ele explicou.

Eu parecia ter tirando uma tonelada das costas, um alívio tomou conta de todo meu ser naquele momento. Estava aliviada, feliz, ansiosa para ver minha mãe voltar a cuidar das suas lindas flores e me chamar para dar nomes a elas com ela tinha o hábito de fazer. Ele pediu para eu esperar um tempo e assim fiz, Ryan pediu licença e foi até a direção do hospital, pois queria se inteirar de alguns detalhes pós cirúrgicos e eu agradeço, pois minha cabeça não estava favorável para esses detalhes agora.

Após duas horas, inúmeras xícaras de café para afastar o cansaço. Uma enfermeira apareceu ali na sala e abriu um sorriso caloroso.

— Sarah, sua mãe acordou… me acompanha!?

Era tudo que eu precisava ouvir naquele momento.

Casada por acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora