Capítulo 6

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RYAN FLETCHER

Aquele casamento seria uma loucura completa, eu sei! Mas eu não tinha outro jeito depois que o meu pai colocou essa condição idiota para receber tudo que era por direito como filho mais velho. Se dependesse apenas de mim não iria fazer isso nem tão cedo, pois me casar não fazia parte dos planos naquele momento. Precisava de uma noiva e soubesse o seu real papéis naquele relacionamento por contrato, sem cobranças e apegos, pois isso tornaria as coisas ainda mais difíceis e conviver era algo muito complexo.

Jamais me casaria com Susan, pois ela era completamente pegajosa e seria um verdadeiro tormento diariamente juntos e não gostava nem de imaginar tal coisa, sexo era bom, sempre saíamos juntos, mas por mera diversão e muitas vezes quando estava completamente entediado ela sempre se mostrava disponível para mim.

— Não sei se é uma boa idéia Ryan.– Dominic repreendia.

— Boa ideia não é desde que meu pai colocou essa merda de exigência em sua herança.– Reviro os olhos.

— Pense bem , isso pode dar muito certo ou muito errado!– Dominic deu as costas.

Ele era o meu braço direito, conheci na faculdade quando ele cursava direito, eu administração e logo nos tornamos amigos e ele já trabalhava comigo a alguns anos, sempre seguia muito suas opiniões, mas aquela não fazia parte dos meus planos. O que não contava era que aquele maldito beijo fosse tão delicioso, tive uma ereção só de sentir a delicadeza dela e por um momento quis levar ela para minha cama e foder a noite inteira. Mas não poderia me deixar levar assim tão rápido, poderia aproveitar um pouco se assim ela desejasse, jamais misturar algum tipo de envolvimento nisso.

Meu querido pai estava com a intensão de que um casamento iria me fazer mudar para melhor como ele mesmo dizia. Não estava ruim para necessitar dessa tal mudança. Por um medo bobo de não saber lidar com a empresa e que uma família iria me fazer adquirir uma responsabilidade que ele pensava que não tenho. Gosto da liberdade, mas não sou nenhum idiota e sabia ter me preparado para aquela função mesmo que estivesse solteiro ou casado. Lembro-me como hoje de nossa última discussão que ele sempre fazia questão de dizer que aquela empresa ele dedicou toda a sua vida e não ia deixar afundar por nada.

Quando Sarah saiu do carro eu fiquei alguns minutos completamente confusos com o que aconteceu e não queria ficar com aquilo na cabeça de forma nenhuma, ligo para Susan imediatamente a convidando para o apartamento, queria tirar aqueles pensamentos idiotas da cabeça e sexo seria sem dúvidas uma ótima ideia. Chegando lá, não demorou muito para a mulher entrar e sempre muito entregue, vindo a mim, começando suas carícias transamos por um longo tempo. Não posso negar que em alguns momentos fechei os olhos e fantasiei Sarah ali deitada para mim, ao menos assim esqueceria essa bobagem em seguida, quando abria os olhos novamente prestes a ter um orgasmo olhava para a mulher que realmente estava e a vontade passava, que droga. Demorou, mas consegui concluir, ela tomou seu banho e se vestiu novamente

— Por que nunca posso dormir aqui com você querido? Já nos conhecemos a anos!– ela relembrou.

— Sabe que não gosto disso. Aliás, tenho uma coisa para lhe falar.– Era o melhor momento — Vou me casar em menos de um mês. —

Seu rosto ficou pálido, jurei que a mulher iria desmaiar ali. Reviro os olhos e vou em direção ao banheiro ignorando aquela reação de mulher apaixonada que me dava nos nervos. Desde o primeiro momento que nos relacionamos deixei bem claro que queria sexo casual, queria aproveitar sem nenhum compromisso. Eu não a forcei, muito menos prometi algo que eu sabia que nunca conseguiria cumprir. Chegamos a aproveitar de diversas outras formas como swing acrescentando mais uma garota em nossas orgias, sim, esse foi um dia legal. Em lugares públicos e algumas brincadeiras como ir sem calcinha a um restaurante. Lembro-me então mais uma vez de Sarah, no dia em que a conheci. Seus cabelos escuros e longos, olhos azuis e uma boca tão perfeita e desenhada, além de um corpo curvilíneo delicioso. Suzan estava sem sua calcinha naquele dia, tinha tirado-a no carro a fim de provocar. Só não imaginada que ela iria ficar tão furiosa, pois ao invés de prestar atenção em sua falta de roupa íntima eu prestava atenção naquela recepcionista que atendia a todos os clientes que chegavam com um sorriso perfeito nos lábios.

— Como... Ryan, assim… de repente? E eu? E nós?— Ela me seguiu incrédula.

— Vamos nos ver, porém não aqui! Agora quero ficar sozinho.— Já no banheiro vou para embaixo do chuveiro

Ela sempre submissa e nunca descordava de mim, sua expressão tristonha, deixou o lugar e eu fiquei aliviado com o silêncio e não sabia se ela iria tentar prejudicar os meus planos. Gostava de ser sozinho daquela privacidade e calmaria da minha casa onde passava boa parte do tempo. Casar afetaria muito nisso, não queria trazer nenhuma mulher, pois temos muitos empregados e qualquer notícia vazada iria afetar todos os meus planos e isso foi devidamente conversado. Aquele casamento seria como um projeto que precisava ser realizado da forma correta para ter êxito no final.

No dia seguinte seria a cirurgia da mãe de Sarah e deixei Dominic responsável por tudo que fosse necessário, absolutamente tudo que ela necessitar é para cumprir. Eu estava com muitas pendências na empresa e acabei me ocupando impossibilitando de ir junto, sei que minha presença não iria significar nada para ela já que não tínhamos nenhum vínculo afetivo, mas seria bom estar perto para verem o quanto somos um casal que apoia e está um ao lado do outro nos momentos mais difíceis. Pensar assim chegava a ser irônico.

— São horas de estrada até Portland então providencie um helicóptero para que Sarah não tenha que fazer esse deslocamento cansativo. — Falei para Dominic antes de entrar na sala de reuniões.

— Você está se saindo um ótimo noivo cara!— Ele zombou.

Se ela aceitou o contrato no mínimo o que eu deveria fazer era ser prestativo, pois aquilo era uma troca e a parte dela seria feita também, olhei para Dominic com semblante de poucos amigos com a sua piada nada engraçada.

— Se falar isso de novo lhe dou o soco!— Voltei a caminhar e ele gargalhava.

Casada por acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora