One

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Qual o problema? Bom, eu não entendo muito bem, mas sei que minha irmã e eu não podemos de jeito algum voltar para aquele lugar de luzes brancas, muitas portas, com o papai e pessoas de branco

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Qual o problema? Bom, eu não entendo muito bem, mas sei que minha irmã e eu não podemos de jeito algum voltar para aquele lugar de luzes brancas, muitas portas, com o papai e pessoas de branco.

Sentia aquela coisa marrom espetar de leve meus pés por um momento, logo depois parou e me acostumei com os espetos e a sola de meu pé ficar cada vez mais suja conforme andávamos.

Avistamos um tipo de lugar onde ao lado havia uma grande faixa acinzentada. De dentro do lugar um homem saiu pela porta e foi até uma lata de metal, onde depositou um tipo de sacola preta que parecia cheia. Logo após isso, o homem entrou novamente no lugar.

Quando ele se distanciou, nos aproximamos da porta e entramos, suponho que Eleven tenha sentido o mesmo cheiro... bom lá de dentro. Passamos pela porta e ouvi um barulho estranho, mas era bom de ouvir.

Tinham algumas latas e outros objetos enquanto íamos até uma outra porta. Quando paramos bem na frente da porta, vimos várias pessoas conversando. Seguimos até uma porta dupla, onde Eleven e eu abrimos cada uma com um lado.

Seguindo o cheiro, me deparei com um tipo de comida gordurosa em um tom amarelado e um pouco queimado nas pontas. Provei um pedaço daquilo e... uau, essa é a coisa mais... mais... que eu já comi. Inclinei a cabeça para Eleven e ela experimentou também. Olhando para mim com os olhos arregalados, como aprovação. Começamos a comer rapidamente.

B- Eí! – o homem que vi saindo para jogar o saco preto na lata grande de metal chamou nossa atenção. Peguei o pote com a comida amarela e corri atrás de Eleven – Vem cá! – passamos pela porta dupla e, quando íamos sair pela porta, o homem segurou cada um de nossos braços, me fazendo soltar o pote com a comida – venham aqui, meninos! Acham que podem roubar de mim, garotos? – ele nos observou. Parecia sério. Foi então que minha palpitação acelerou quando ele disse a palavra: "fugir" – como assim?

 Foi então que minha palpitação acelerou quando ele disse a palavra: "fugir" – como assim?

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O homem parecia bom. Nos deu duas camisetas, a de Eleven era amarela, a minha do mesmo tom, só que a de minha irmã tinha algum tipo de símbolos. Nos deu um tipo de comida e, acrescentando: esse pão com carne era, sem dúvida, a coisa mais... mais que eu já comi. Ele sentou em nossa frente e tinha uma feição estranha. Não me importei, estava concentrada devorando aquela comida.

B- Nossa. Seus pais não dão comida pra vocês, não? – não respondi e Eleven também não – foi por isso que fugiram, né? Eles... machucaram uma de vocês ou as duas? Foram pro hospital, se assustaram, saíram correndo e acabaram vindo pra cá? – hospital? Não conhecia essa palavra, por isso Eleven e eu levantamos a cabeça para olhá-lo por alguns segundos antes dele tirar nossas comidas de perto de nós – eu vou devolver, e aí podem comer o quanto quiserem. Podem tomar até sorvete, mas vão ter que responder algumas perguntas primeiro. Combinado? – Eleven e eu nos entreolhamos tentando entender o que era sorvete e o que ele queria – tá legal. Vamos começar pela parte fácil. É... – estendeu a mão – meu nome é Hammond. Benny Hammond. Apertem – segurou a mão de Eleven e já me posicionei e Eleven relutou — calma, tudo bem. Calma – segurou sua mão e a subiu e a abaixou repetidas vezes – é um prazer conhecer você, tá? Agora você – ele soltou sua mão e segurou a minha. Ele fez a mesma coisa, como vi que Eleven não sofreu, fiquei mais calma – é um prazer conhecer você também. E seus nomes são...? – não respondemos. Benny Hammond olhou meu 012 na mão e ficou confuso, então olhou no pulso de Eleven e viu seu 011. Tiramos a mão e as escondemos – Twelve e Eleven? Significa o quê? O que significa?

E- Não.

T- Não – dissemos quase ao mesmo tempo.

B- Ah, olha só, falam. Não? Não o quê? É... então vão ficar sem comida – começou a se levantar levamos nossas comidas.

E- Eleven/T- Twelve – ele parou.

B- É? E significa o quê?

Eleven apontou para ela e a imitei, fazendo o mesmo.

E- Eleven.

T- Twelve.

B- Tá certo – nos devolveu a comida – podem comer, mas com calma, hein?

O homem se distanciou e Eleven e eu estávamos terminado de comer a comida gordurosa e amarela quando o objetivo que mexia de um lado para o outro trazendo vento começou a me irritar pelo barulho. Cutuquei Eleven e apontei pro objeto que mexia de um lado pro outro. Apertamos as mãos por debaixo da mesa e paramos o objeto. Quando parado, voltamos a comer normalmente.

Quando o azul em cima de nós se escureceu até ficar preto, já tínhamos terminado de comer

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Quando o azul em cima de nós se escureceu até ficar preto, já tínhamos terminado de comer. Benny estava limpando algo com água que saia rapidamente de uma máquina. Ao invés de me perguntar o que era aquilo, minha irmã e eu nos deliciávamos com um tipo de gelo com gosto doce chamado: sorvete.

B- Adoraram esse sorvete, né? – meus lábios se voltaram pra cima em resposta – ficam lindas sorrindo – sorrindo? – sorrindo – ele abriu os lábios mostrando os dentes juntos. Então o imitamos. Ouvimos batidas na porta e fiquei em alerta enquanto Eleven olhava para Benny – tudo bem, fiquem sentadinhas, eu vou ver. Seja quem for, vou mandar embora rapidinho.

O vimos se distanciar e abrir a porta e uma mulher aparecer e os dois conversarem. Foi quando ela entrou e eles continuam conversando que ela disparou um negócio que fez Benny cair no chão.

Saímos correndo de cima do balcão e fomos até a porta de trás, onde entraram dois homens com o mesmo negócio mas mãos. Eleven segurou minha mão e os derrubamos no chão, foi então que corremos ainda de mãos dadas onde nossos 011 e 012 se encontravam.

 Eleven segurou minha mão e os derrubamos no chão, foi então que corremos ainda de mãos dadas onde nossos 011 e 012 se encontravam

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Uma coisa molhada começou a cair do preto em cima de nós e alguns sons estranhos vieram do mesmo lugar. A coisa engrossou e senti a camisa ficar grudada em meu corpo. Senti uma coisa gelada começar a se espalhar pelo meu corpo também. Estava tudo escuro, um breu, mal conseguia ver o que estava em minha frente.

Vimos luzes claras se aproximando e pessoas gritando. Eram três pessoas. Tentamos desviar deles, mas a luz forte foi ao nosso encontro, depois outra, e outra.

Stranger Things -- The 012Onde histórias criam vida. Descubra agora