PARTE CINCO - PONTO DE VISTA DO NARRADOR

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As cabeças dos dois rapazes estavam atordoadas. Dentro do carro, Taehyun dirigia enquanto Beomgyu torcia para chegar na cena do crime e não achar a mesma assinatura. "Dois assassinatos no intervalo de menos de 10 dias. Em um mês a população de Samcheok vai diminuir em 10%"

"Esse cálculo não fez sentido." Taehyun pontuou depois de um tempo em silêncio. Beomgyu apenas suspirou. Ao encontrar inúmeras viaturas e outra vez uma multidão de gente curiosa, Taehyun estacionou. Os rapazes não demoraram para saltar do carro e mostrarem seus distintivos para entrar na cena do crime.

Dessa vez era diferente, completamente diferente. Não era num espaço público, na verdade era numa casa normal. Beomgyu foi na frente e se espantou com a cena montada, era o corpo de um rapaz conhecido por ele, na hora se lembrou, Lee Minho.

Recordou-se, Lee Minho tinha sido acusado de assalto a mão armada, preso e solto depois que a família dele tinha pago a fiança. "Isso é claramente suicidio." Taehyun se aproximou de Beomgyu, que analisava a cena.

Realmente parecia, Minho estava sentado no sofá, com uma arma em mãos, parte da cabeça estourada pelo projétil, uma carta repousava em seu colo agora vermelho vinho por conta do sangue, impossível de ler. "Não."

"Não? Como assim não?"

"Kang, eu acho que o assassino conhece a gente." Ele falou, como num sussurro. Taehyun arregalou os grandes olhos. "Do que você tá falando, Beomgyu?"

Beomgyu apontou para a parte de cima da televisão, de forma pequena a sigla D, J, S estava escrita em vermelho. Taehyun presumira que era sangue. "Certo. Estamos lidando com um assassino persistente. Mas o que te faz pensar que ele conhece a gente?"

"Pode ser uma coincidência, Kang, mas ele também foi um caso meu e do Oficial Nishimura. Esse é Lee Minho, e o assassino sabe que eu conheço ele..." respirou fundo. Taehyun tinha os olhos grudados no rapaz, quando ele se virou para encarar o mais baixo de volta. "Ele sabe que eu sei a informação de que Minho é destro. Ele sabe que esse caso viria pra gente."

Taehyun olhou para o cadáver. A arma descansando sobre a mão esquerda. "Ninguém destro se suicidaria como um canhoto." Kang pontuou.

"Você acha que a gente está em perigo?" Beomgyu negou assim que escutou a pergunta. "Ele quer ser achado, está fazendo de propósito pra ter a nossa atenção. A mídia liberou que é a gente cuidando do caso?"

"Não, só revelaram que tinha um assassino à solta. Agora o batalhão está recebendo diversas ligações de trote dizendo ser o assassino." Taehyun falou, colocando a mão no bolso da calça. Kazuha se aproximou dos dois e entregou os equipamentos para Beomgyu, que agradeceu vendo a mulher se afastar e sumir na multidão. "Se não revelaram, então é alguém de dentro da delegacia."

Ele se afastou indo até a vítima para fotografar. "Não fala besteira, Choi. Como pode ser alguém de lá?"

"E você me dá alguma outra ideia?"

"Somos literalmente um dos únicos investigadores de Samcheok, Choi. Claro que todos sabem que esse caso viria pra gente." O rapaz com a câmera revirou os olhos, apontando a ferramenta para a parte de cima da tevê. "É um caso de assassinato, Kang. Eles chamariam alguém da capital."

Taehyun negou com a cabeça. "Você assiste filmes demais. Nenhum oficial de justiça é um pseudo do assassino em série. Eu nem confio em você e me jogaria no fogo para provar que você é inocente." Ele disse se afastando, Beomgyu abaixou a câmera enquanto seguia o mais novo com os olhos.

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