Eu andava cada vez mais rápido, quase correndo, eu não sabia o que iria fazer quando achasse Kristy, mas eu precisava de informações, precisava saber por que ela mentiu, mas o que me levava a crer que Helena falou a verdade?
Andei até a minha ala, entrei no quarto, Gregory e Marco estavam cada qual em sua cama, deitados.
Puxei Gregory pela camisa azul que ele vestia e antes mesmo que eu pronunciace uma palavra ele disse:
- Ela foi falar com o pai dela.
Eu o soltei e virei de costas para ele, meus pensamentos rodavam, eu fiquei enjoada, estava inquieta, sentei em minha cama e esperei.
Alguns minutos depois Kristy entrou pela grade, fui em sua direção e ela com uma das mãos, com algum tipo de poder mental, ela me jogou contra a parede, parecia retirar todo o ar do local, eu não conseguia respirar, via fogo nos olhos dela.
- Eu amo você, infelizmente me apaixonei perdidamente pela garota que vai destruir tudo. - disse ela me encarando. - Droga Meggae, por que você é tão curiosa? - ela prendeu ainda mais minha garganta, impedindo que eu respirasse, comecei a ficar vermelha. - A sua sorte é que você não pode morrer garota. - ela soltou um pouco, dando uma espécie de pausa para que eu falasse.
- Porquê? - falei com dificuldade.
- Porque o que?
- Isso tudo.
- Você vai destruir todos nós Meggae.
- Eu vou matar você Kristy. - falei enquanto ela começava a me tomar o ar novamente.
Ela riu alto.
Olhei em volta e os garotos não estavam mais lá.
- Vou ter que apagar sua memória, vai ser complicado te conquistar de novo.
Ouvi um som alto, ensurdecedor, sentia meus olhos revirando e eu via uma escuridão sem fim, eu repetia para mim mesma:
"- Mantenha o controle. Mantenha o controle."
Eu apaguei.
Acordei em uma cama, suja, não sabia exatamente onde estava, minha cabeça doía, olhei para todos os lados e vi um rosto feminino.
- Quem é você? - falei assustada.
- Seu anjo da guarda. - disse sorrindo.
Ela era linda.
- Onde estou? - perguntei sem reconhecer o ambiente.
- Na sua nova casa, você morreu.
Arregalei meus olhos e ela falava aquilo na maior naturalidade possível. Me arrastei na cama, me encostando na parede.
- Qual seu nome?
- Helena. - ela sorriu novamente, um sorriso angelical.
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Durma anjo pecador.
HorrorQuando as portas do meu inferno se abrirem, tema , pois nem o pior dos demônios irá escapar da minha fúria.