GATOS, CORUJAS E A CADEIA ALIMENTAR DO PEQUENO ASAHI

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Hoje, [Nome] descobriu algo muito interessante, o que certamente lhe renderia pontos como um bom estrategista

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Hoje, [Nome] descobriu algo muito interessante, o que certamente lhe renderia pontos como um bom estrategista. Embora dominar animais não estivesse em sua lista de tarefas do dia, ele sorriu para si mesmo com o pensamento. O que ele acabou de descobrir é que gatos e corujas não são tão intimidadores quanto sua professora da pré-escola havia explicado durante uma aula de biologia básica.

Aparentemente, mesmo ocupando o topo da cadeia alimentar na vida selvagem e sendo considerados predadores astutos e inteligentes, [Nome] parece ter descoberto suas maiores fraquezas.

E por fraquezas, [Nome] se refere a crianças adoráveis, ou, como ele achou mais apropriado para a ocasião, a si mesmo.

Tudo começou naquela manhã. Depois de ignorar os apelos daqueles jogadores brutos para "ensinar-lhes seus caminhos" ou seja lá o que isso signifique, [Nome] continuou anotando as informações que considerava necessárias e suficientemente interessantes, ou o que precisava mudar em sua abordagem. Foi quando, de repente, a sombra de alguém se projetou sobre ele, bloqueando sua luz e perturbando sua concentração. Dizer que isso o irritou seria um eufemismo, mas, pensando em como seria ruim arruinar sua imagem de bom menino diante desses desconhecidos, ele se contentou em apenas olhar para cima para ver quem estava interrompendo seu momento.

Olhando para cima, ele estreitou os olhos e fez um leve bico. À sua frente, um garoto alto com cabelo desgrenhado estava olhando para ele, sorrindo de canto como o gato Cheshire do País das Maravilhas, com olhos estreitos e brincalhões como os de um felino.

Galo... gato... uma combinação interessante de animais.

— Ei, garoto. Qual é o seu nome? — perguntou o garoto moreno.

Analisando o garoto-galo-gato, [Nome] suspirou levemente, decidindo responder educadamente ao estranho. Ele se levantou, guardando seus desenhos inocentes na mochila para evitar complicações futuras, e pegou em seus braços seu boneco Huggy Wuggy, estendendo sua mão menor em saudação. Era hora de agir.

— Olá, meu nome é [Nome], Asahi [Nome], mas pode me chamar pelo meu primeiro nome. E você, qual é o seu nome, garoto-galo-gato?

Kuroo riu do apelido infantil dado pelo menino, agachando-se para ficar à sua altura. Curiosamente, [Nome] parecia uma mistura estranha dele e de Kenma quando eram mais jovens, e a nostalgia o fez sorrir para o menino, apertando sua mão também.

— Haha, sou Kuroo. Kuroo Tetsurou, capitão do time de vôlei Nekoma, mas pode me chamar de Kuroo-ni! — disse o moreno. — Então, aquele Asahi Azumane é seu irmão mais velho?

Fácil demais.

— Claro, Kuroo-ni! — [Nome] soltou sua mão, irradiando felicidade genuína por alguns segundos ao mencionar seu irmão. — Sim, Azu-nissan é meu irmão. Ele é incrível, não é? Um verdadeiro craque!

Embora não conhecesse completamente o outro Asahi, Kuroo concordou com a cabeça, sorrindo para [Nome], que sabia que Kuroo-ni já havia sido conquistado pela conversa assim que mencionou gatos, um de seus animais favoritos. Eles passaram vários minutos conversando sobre isso, atraindo olhares das poucas equipes presentes e chamando especialmente a atenção de um certo garoto coruja.

— Ei, ei, ei, cara! Quem é esse com você?! — gritou um garoto de cabelos espetados em preto e branco, com um garoto de aparência serena logo atrás dele. [Nome] supôs que o garoto de cabelos espetados era como um Hinata, só que na versão 2.0.

— Ei, cara. Este é o [Nome]. Ele é o irmãozinho do craque de Karasuno. — respondeu Kuroo. — [Nome], este é o capitão da equipe Fukurodani. Seu nome é Bokuto Koutarou. E aquele atrás dele é Akashi Keiji.

Encarando a coruja humana à sua frente, [Nome] decidiu fazer um teste. Ele olhou fixamente para o garoto à sua frente antes de fazer o que achava mais correto ao encontrar uma coruja.

— Hoo-hoo.

Ele... piou.

E Bokuto não hesitou em explodir de felicidade, pulando ao redor de [Nome] animadamente. Kuroo riu da ação escandalosa, enquanto Akashi, que [Nome] agora sabia que se chamava, tentava acalmar a coruja.

— Bokuto-san, por favor, acalme-se.

— AGHASSHI, você não ouviu? Ele pensou que eu fosse uma CORUJA! PODEMOS FICAR COM ELE, POR FAVOR?! NÓS PODEMOS ADOTÁ-LO!

— Bokuto-san, ele é apenas uma criança e provavelmente está brincando. Não podemos adotá-lo e, por favor, pare de gritar, você vai assustar o menino.

— Ei, Corujinha! — Bokuto virou-se para o menino menor, agachando-se à sua frente, ainda com um sorriso enorme nos lábios. — Você gosta de vôlei? Quer me ver fazer alguns lances legais?

Sinceramente, [Nome] não se importava muito com o esporte, mas o achava interessante de alguma forma. Na verdade, [Nome] estava mais interessado em seu futuro, mas talvez essa coruja estranha com quem ele de certa forma se conectou pudesse distraí-lo um pouco. Ele acenou com a cabeça, ignorando completamente o apelido bobo que Bokuto lhe deu. Bokuto o levantou em seus braços, assim como Tanaka e Nishinoya haviam feito mais cedo, recriando a cena do Rei Leão.

— Isso parece tão familiar. É como um déjà vu. — murmurou para si mesmo, baixinho.

— Ei, isso não é justo, [Nome] e eu estávamos conversando! — Kuroo gritou para seu amigo e rival, apontando para seu rosto. — Você não pode simplesmente sequestrá-lo assim, sua coruja velha! E quem disse que ele quer ser uma coruja?! [Nome] disse que prefere gatos!

— Ei, ei, ei! Eu não sou uma coruja velha! E duvido que você tenha coragem de repetir isso, seu gato vira-lata! — Bokuto retrucou, mostrando a língua para Kuroo, e enquanto era balançado de um lado para o outro, [Nome] apenas ficou com o rosto impassível, pensando no que poderia jantar mais tarde. Talvez ele pudesse pedir algo às gerentes e, pelo caminho, chatear Tanaka e Nishinoya, só por diversão.

— Com licença... — a voz baixa de um certo craque tímido interrompeu a disputa entre a coruja e o gato. Atrás dele, o capitão e o vice-capitão de Karasuno o acompanhavam. — Vocês poderiam, por favor, devolver meu irmão?

Ao avistar seu irmão, [Nome] estendeu os braços em direção a Azumane, provocando um sorriso gentil de Suga, que estava ao seu lado, e um aceno de Daichi. Fazia pouco tempo que Asahi havia acordado de seu desmaio, ou melhor, descanso, e mal compreendia o que estava acontecendo até ver [Nome] com os capitães das equipes rivais de Karasuno, o que o fez arregalar os olhos.

Sinceramente, tudo o que Azumane queria era ligar para sua mãe e pedir para ela buscar seu irmão, mas assim que o pequeno encrenqueiro o viu e sorriu com um sorriso doce — e não aquele que ele geralmente dava quando estava tramando alguma coisa — um sorriso que, aparentemente, só Azumane conseguia identificar — ele sentiu seu coração derreter. Droga, [Nome].

— Nissan, você acordou — chamou o pequeno Asahi, esticando as mãozinhas para o gigante gentil, que o pegou. [Nome] olhou para ele com um sorriso travesso. — Desculpe por aparecer de repente, eu só queria ver você, Azu-nissan.

Acenando para o menino, Azumane apenas suspirou.

— Está tudo bem, [Apelido]... apenas não me assuste assim novamente, está bem?

E, enquanto Kuroo e Bokuto ainda brigavam silenciosamente um com o outro, [Nome] riu, abraçando seu irmão pelos ombros. Mais tarde, ele adicionaria novas informações ao seu livro de registros.

Ao que tudo indica, na cadeia alimentar, os predadores são bichinhos facilmente domáveis diante de um ser superior capaz de manipulá-los com um simples estalar de dedos.

E o nome desse ser, senão outro, é Asahi [Nome].

𝐎 𝐈𝐑𝐌Ã𝐎𝐙𝐈𝐍𝐇𝐎 𝐃𝐎 𝐂𝐑𝐀𝐐𝐔𝐄! | 𝑯𝑨𝑰𝑲𝒀𝑼𝑼!!Onde histórias criam vida. Descubra agora