O PEQUENO CORVO

2.3K 309 133
                                    

— O que

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— O que... o que você está fazendo aqui?!

Asahi Azumane saltou de seu lugar, com os olhos arregalados enquanto observava o menino menor à sua frente. Ele não podia acreditar no que via; tinha que ser um sonho. Sentado em um dos bancos do ginásio, estava a pessoa que mais o aterrorizava na Terra, relaxado e saboreando um suco de caixinha, balançando as perninhas em seu macacão azul.

— Eu vim te ver, Azu-nissan — disse a criança, sorrindo suavemente e inclinando a cabeça num gesto inocente. Em seus braços, segurava seu querido e feio boneco Huggy Wuggy, e nas costas, uma mochila de sapo. — Senti sua falta! — Eles haviam se visto na noite anterior.

Para quem não conhecia Asahi [Nome], ele parecia apenas um adorável garoto de quatro anos. Mas Azumane conhecia a verdade. Seu irmãozinho era mais temível que qualquer adversário de vôlei que já enfrentara, e seu sorriso escondia algo além da inocência infantil. O Asahi mais velho se sentia um covarde por temer [Nome] mais do que qualquer coisa na vida, mas quem poderia culpá-lo? Afinal, era ele quem convivia com o pequeno demônio.

Azumane estremeceu, ainda encarando seu irmão mais novo. — Como você chegou em Tóquio sozinho, [Apelido]?

O menino de quatro anos se aproximou, pedindo colo. Já havia terminado seu suco.

— Eu peguei um ônibus!

Azumane, carregando o menino, ficou boquiaberto. De Miyagi a Tóquio, a viagem durava cerca de duas horas e meia.

Ele e sua equipe estavam em um treinamento em Tóquio. Imagine seu choque quando seu irmão apareceu na academia após todos voltarem de uma corrida. Azumane tinha certeza de que [Nome] ainda lhe causaria um ataque cardíaco.

— Ah, é o [Nome]-kun! — exclamou Hinata Shoyo, a pequena tangerina, correndo até Azumane com a criança em seus braços. Outros entusiastas do vôlei se aproximaram, surpresos com a aparição súbita da criança. — Como você chegou aqui, [Apelido]-kun?

— Eu peguei um ônibus, Shoyo-ni!

[Nome] riu com o entusiasmo de Hinata, mantendo sua fachada de bom menino. Cumprimentou educadamente todos os jogadores, que ainda estavam atônitos com sua chegada.

Azumane, nervoso, encarou [Nome]. — A Okaasan sabe que você está aqui?

— Sim, ela sabe! A Okaasan disse que não teria problema, desde que eu fosse bonzinho com o Azu-nissan! — Claro que ela sabia. A mãe Asahi não resistiria aos encantos do filho mais novo e faria o que ele pedisse. O rapaz de cabelos castanhos balançou a cabeça, nada surpreso.

Sorrindo para seu irmão mais velho, [Nome] zombou internamente. Azu-nissan era uma das poucas pessoas boazinhas que ele tolerava, mas sabia que o mais velho era inocente demais para seu próprio bem. Como futuro imperador, ele faria seu nissan entender completamente. Eles conquistariam o mundo juntos.

Para [Nome], todos aqueles tolos com bolas de vôlei no lugar de cérebros eram apenas degraus para seu sucesso futuro como imperador do novo mundo. Ele e seu irmão mostrariam a todos o que um Asahi pode fazer, mesmo que o mais velho agisse como um covarde. Na mente do pequeno [Nome], eles não passavam de pokémons, e ele era o treinador. Capturaria todos e os treinaria, trancando-os em bolas para lutar uns contra os outros, por ele.

E, finalmente, usaria todos em seu plano de Dominação Mundial. Ser bonzinho era para perdedores. Pessoas boazinhas eram chatas, tudo preto no branco, sem graça. Mas, por enquanto, ele continuaria com sua atuação de Asahi [Nome] fofo e bobinho, por um bem maior. O garotinho só esperava que não durasse muito, para não se entediar.

— Olha, se não é o nosso CORVINHO! — Tanaka correu ao lado de Yuu, pegando [Nome] e o erguendo como na cena do rei leão. — Yo, [Apelido]-chan! Sentiu saudades do seu senpai incrível?

— Tanaka, coloque o [Nome] no chão! — Daichi gritou. — E pare de chamá-lo assim!

Suga tomou o menino em seus braços, cumprimentando-o com seu sorriso característico. — Olá, [Nome]-kun. Está com fome? Acho que temos lanches. Quer que eu peça para Kiyoko-san trazer para você?

— Sim, por favor! — [Nome] pediu, abraçando Suga. Todos se derreteram com a cena, exceto Tsukishima. E Asahi estava ocupado demais hiperventilando para notar seu irmão manipulando todos.

— Ei, mano, não morra em mim! — Nishinoya sacudiu Azumane. — Alguém traz água pra ele!

E o caos se instalou no ginásio da equipe Karasuno.

— Yo, yo, o que está acontecendo? — perguntou um garoto com sorriso de lado e cabeça de galo, ao lado de sua equipe de gatos. Assistiam ao apocalipse desencadeado pela chegada do pequeno garoto de cabelos [C/c]. — Esse acampamento vai ser divertido — Kuroo riu.

— Hinata Boke, saia de cima de mim!

— Bakeyama, não grite, vai assustar o [Apelido]-kun com esse rosto feio!

— Quem você está chamando de feio, seu boke?!

Enquanto todos corriam, Daichi e Nishinoya tentavam fazer Azumane respirar, Hinata e Kageyama brigavam e Suga protegia [Nome], o menino riu.

Afinal, todo Deus poderoso tem sua história de origem, e a de Asahi [Nome] começaria quando ele governasse o Novo Mundo.

Eles são muito idiotas.

𝐎 𝐈𝐑𝐌Ã𝐎𝐙𝐈𝐍𝐇𝐎 𝐃𝐎 𝐂𝐑𝐀𝐐𝐔𝐄! | 𝑯𝑨𝑰𝑲𝒀𝑼𝑼!!Onde histórias criam vida. Descubra agora