#ESPECIAL 1: O PRIMEIRO AZU-NISSAN

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— Asahi-san, posso te fazer uma pergunta? — Hinata questionou baixinho

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— Asahi-san, posso te fazer uma pergunta? — Hinata questionou baixinho. Já era tarde e o campo de treinamento havia encerrado as atividades, mandando todos tomarem seus banhos e irem para os dormitórios de suas equipes. Asahi estava deitado em seu futon, com seu irmão mais novo apoiado em seu braço. Era um dos raros momentos em que [Nome] parecia menos ele mesmo e mais uma criança comum e tranquila. O mais velho olhou para Hinata, incentivando-o a prosseguir com sua pergunta. Alguns dos meninos já dormiam, mas outros, como o menino tangerina, ele, Kageyama, Daichi e Suga, ainda estavam acordados.

— Por que você e o [Nome]-kun não se parecem tanto? — Hinata parecia confuso. Desde que conheceu [Nome] algumas semanas atrás, aguardava o momento adequado para perguntar. A questão não era apenas a aparência, que inicialmente o intrigou, pois esperava que irmãos tivessem alguma semelhança. Natsu era praticamente sua versão feminina, então era natural que Hinata se questionasse. Além disso, seu senpai e o menino menor eram tão distintos que chegava a ser cômico. Enquanto [Nome] era uma criança esperta demais para sua idade, demonstrando uma maturidade precoce, Azumane, apesar de sua aparência, era como um ursinho assustado com tudo e todos. Eles eram muito diferentes.

Asahi acariciou as costas da criança adormecida ao seu lado, enquanto [Nome] se remexia em seu sono, murmurando algo sobre gatos, corujas e uma vara de feijão.

— Okaasan adotou [Nome] quando ele tinha um ano de idade — o craque respondeu, mantendo a voz baixa para não acordar o garoto em seu braço. — Ela o adotou depois que seus pais enfrentaram problemas com a imigração, pois ele não nasceu no Japão. Ele é do Brasil. A mãe de [Nome] era amiga da minha e pediu que ela cuidasse dele.

Então era isso. [Nome] era adotado. Não era exatamente um choque, mas ainda assim, era notável. Para um garotinho de quatro anos, seu domínio do japonês era impressionante, considerando que até mesmo kanji poderia ser complicado para uma criança nativa. Era até um pouco intimidador que um garoto como ele fosse tão perspicaz. Às vezes, [Nome] agia de forma tão madura que as pessoas se perguntavam se ele não seria um adulto disfarçado.

— Oh, sério? Mas ele sabe quem são seus pais biológicos? — Kageyama perguntou, desviando o olhar para o pequeno [Nome] e franzindo as sobrancelhas. Era triste pensar que uma criança da idade dele tivesse sido separada de seus pais biológicos tão cedo. Deve ter sido assustador para ele. Talvez isso explicasse seu amadurecimento precoce. Era difícil não se identificar um pouco com ele.

— Ele sabe, mas Okaasan prefere não tocar muito no assunto para não magoá-lo. Ela cuida dele há três anos, então ele é filho dela tanto quanto eu — Asahi murmurou, sorrindo ao ver [Nome] fazer beicinho em seu sono. Era curioso como ele não parecia o [Nome] que queria dominar o mundo quando dormia. Ele era apenas um bebê de quatro anos.

Asahi relutava em admitir, mas apesar de [Nome] parecer um garoto intimidador, principalmente quando conversava com o irmão mais velho sobre fragmentos de seu plano para o Novo Mundo ou a Dominação Mundial, ele nem sempre foi tão aberto a conversar com outras pessoas. No início, sua mãe pensou que ele fosse apenas tímido, mas Asahi sabia que havia mais. [Nome] se isolou propositalmente deles assim que se mudou para sua casa e não demonstrava gostar ou ter afeto pela pequena família Asahi — inicialmente composta apenas por Asahi e sua mãe — e era óbvio que ele se sentia desconfortável. Foi uma luta incansável para que ele ao menos falasse com eles, preferindo o silêncio seletivo quando se tratava de interagir com outras pessoas desde que chegou ao Japão. Ele estava com medo. Ele estava assustado. Ele tinha apenas um ano.

𝐎 𝐈𝐑𝐌Ã𝐎𝐙𝐈𝐍𝐇𝐎 𝐃𝐎 𝐂𝐑𝐀𝐐𝐔𝐄! | 𝑯𝑨𝑰𝑲𝒀𝑼𝑼!!Onde histórias criam vida. Descubra agora