CAPÍTULO 26

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MARAISA POV:

Eu não tive reação, só sabia olhar para aquela bela mulher a minha frente, vestia uma calça moletom e um croped de malhar, seu cabelo tinha um rabo de cavalo bagunçado e seu rosto impetrificado.

-Não vai me convidar nem pra entrar? -Ela disse bufando e eu abri a porta dando passagem.

-Desculpe,  entre. -Eu disse e ela passou por mim revoltada parando no meio da sala.

-É agora que cê vai me responder maraisa? Logo vc postando indiretinhas? Sério? Cê tem 33 anos e com a mentalidade de uma adolescente de dezesseis.

Ela falava sem parar e eu apenas observava sua boca, seus traços, sua barriga devidamente chapada, o decote nos seios. Foco maraisa , foco.

-Maraisa eu tô falando com vc.

Sai de meu tranze e ela me olhava sério.

-Oque te faz pensar que era indiretinhas pra vc Lila? -Eu a afrontei me aproximando e ela me olhou ainda com raiva.

-Ora? Não se faz maraisa. -Revirei meus olhos e passei as mãos pelo cabelo andando para a cozinha. -Volta aqui maraisa, vai fugir? Vc quer que o Brasil todo saiba sobre nós? -Ela falava irritada vindo atrás de mim e eu acabei virando de uma vez e me deparei com ela bem próxima.

-Porque? Cê tem vergonha de mim? Tem vergonha do  nosso... sei lá oque foi aquilo. -Eu disse e ela ficou com ainda mais raiva.

-Sério? Vc me chamou de irresponsável em indiretas, vai se rebaixar ao nível de...

-DE OQUE MARÍLIA? -gritei e me aproximei ficando cara a cara -DE PUTA? -eu sorri. - só não se esqueça que essa puta aqui já te fudeu muito nessa vida e em nenhum momento te vi reclamando.

Ficamos nos encarando e seus olhos me penetrava, eu podia ser mais baixa do que ela mais eu não deixaria ela me intimidar , na cama vc ganha lila, mais na minha casa quem manda sou eu.

-Sua... -Ela disse procurando as palavras e eu sorri.

-Vai em frente, me chame do que quiser. -Continuei a encarando e ela se virou de costas.

-Vc disse que eu procurei um tapa buraco Carla maraisa? É isso que vc acha? -Ela disse voltando a se virar.

-E não foi? -Arquiei uma sobrancelha. - me responde, se isso não é verdade então porque se incomodou tanto em vim na minha casa gritar comigo? -Eu Cruzei meus braços e ela fechou os olhos na mesma intensidade que fechava seus punhos.

-Não fale sobre oque vc não sabe maraisa. -Ela disse.

Dei um sorriso sem humor e me virei pegando uma jarra de água na geladeira.

-Podemos esquecer desse pequeno detalhe de nossas vidas e voltarmos a nos tratar como amigas? -Eu disse com o copo de água  na mão.

-Sim sim, amigas que se pegam. Tenha santa paciência maraisa.

-Errou feio, amigas que já se pegaram em um momento de loucura e estupidez.

Ela me fuzilava com seus olhos e eu bebia minha água.

-MARAISA CALA A PORRA DA BOCA. -dei um pulo no lugar e fechei os olhos -Vc não tem o direito de me jogar pra escanteio, vc não tem o direito de me descartar por suposições que vc faz.

Ela dizia segurando em meus braços e me encostando na bancada da pia e eu apenas a encarava ainda imprecionada em como ela estava fora de si. Nunca eu vi Marília desse jeito, nunca ela perderia a postura dela.

-Marília me solta.

-Não solto não, vc vai me ouvir. Vc pensa que eu sou lixo? -Ela dizia apertando meu braço e eu tremi.

POR TRÁS DO PALCOOnde histórias criam vida. Descubra agora