Era ele? O último comprador das suas fotos, a pessoa que o observa, que o liga tarde da noite, que sabe seu endereço, sabe seu número. Mas, como? Não poderia o acusar disso, o professor Lee não parecia ser alguém que entrava em tais sites, ou ia atrás de alguém. Não parecia ser o stalker sujo que sua mente cogitou em ser.
- Obrigado. - Quis perguntar como ele sabia seu endereço, mas ele poderia ser informado, na ficha dos alunos, muitas informações confidenciais. Ele poderia ter descoberto assim. - Volte em segurança. - Se despediu e saiu do carro. Praticamente correu, apesar da chuva estar fraca, não estava fugindo de ser molhado, estava fugindo de Minho.
O carro ficou parado até que entrasse dentro do condomínio e partiu. Jisung entrou alarmado dentro de casa. Quase que sem ar. Tomou um demorado banho, pensando que poderia estar sim, enganado, poderia não ser ele. Mas, e se fosse? O quê faria quanto a isso?
Vestiu uma roupa confortável, verificou todos as janelas e portas, se deitou e tentou dormir. Conseguiria, se não fosse pelas batidas incessantes na porta.
Tomou um susto, visto que já estava quase dormindo totalmente. Se levantou com medo, assustado. As mãos já suavam, secou na blusa que vestia, caminhou em passos lentos e sem barulho, até a porta da frente. Uma das mãos segurava seu celular, para chamar a polícia, caso fosse o cara que lhe observa.
- Jisung, sou eu, Lee Minho. - A voz saiu doce e Jisung se acalmou um pouco, mesmo que ainda estivesse com medo e por assim dizer, curioso.
- Oh, sim. - Alcançou as chaves e abriu a porta. Afinal de conta, ainda era seu professor, apesar da desconfiança, poderia ser apenas uma coincidência, queria que fosse, e passou a acreditar como se fosse verdade, mesmo que sua voz mais interna, o alertasse que não era.
- Desculpe te importunar. - O guarda-chuva estava encharcado e os sapatos molhados. - Acabei caindo dentro de um buraco na pista e o carro ficou, o reboque só vem pela manhã, sua casa era a mais próxima, então... - Parecia envergonhado.
- Ah sim, por favor, entre. - Abriu passagem e o professor entrou, estava meio acanhado.
- Eu realmente não queria te incomodar. - Tirou os sapatos na porta, como de costume.
- Não está incomodando. - Sorriu e caminhou até a cozinha. - Vou pegar água, se sente. - Apontou para o sofá e Minho sentou, enquanto analisava o apartamento, era simples, não tinha muitos móveis.
- Obrigado. - Pegou a água e bebeu.
- Você poderia dormir aqui. - Disse, indo até seu quarto, voltando com algumas cobertas. - Sei que não é muito, mas...
- É o suficiente, você não sabe o quanto. - Jisung não entendeu a ultima palavra, mas apenas sorriu. Minho desceu o olhar para suas pernas descobertas, usava um short curto e uma blusa lisa. Han deu dois passos para trás ao perceber. Não era burro.
- Então, estou naquele quarto, se precisar. - Disse, Minho concordou e deu boa noite. Jisung se certificou de trancar a porta do seu quarto e só abrir se for de extrema urgência.
Conseguiu dormir, mas quando o relógio bateu as quatro da manhã, deu uma enorme vontade de ir no banheiro. E não ficava no seu quarto. Pensou em segurar por pelo menos até de manhã, mas quando deu quatro e quinze não conseguia mais segurar.
Abriu a porta sem fazer barulho e logo procurou por Minho, que dormia calmo no sofá. Suspirou aliviado e caminhou até o banheiro. Quando saiu, olhou para o sofá, não o vendo mais lá. Parou os passos e sentiu o corpo paralisar, não entendia o por que de tanto medo. O quê era esse sentimento? Era seu cérebro o alertando que o indivíduo que o deixou entrar na sua casa, representa um perigo?
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Paparazzi •Minsung
FanfictionDe começo, Han Jisung pensou que era apenas um trote, onde seu número foi alcançado aleatoriamente, mas quando o desconhecido apresentou a palavra "observando", tudo começou a mudar.