Se fosse lhe perguntado para que colocasse em palavras o pânico, quando percebeu que o carro estava na frente de sua casa, não saberia o que dizer. Foi de um tamanho inimaginável. Lee Minho, pareceu ter feito no automático, como se já tivesse vindo aqui outras vezes, como se o caminho fosse usual, costumeiro, e o trajeto simples, sem complicações. Como se já conhecesse o caminho.
- Está bem? - Han sorriu, por mais que seu olhar denunciasse que estava em perigo e precisava pular desse carro. Acenou positivamente.
- Obrigado, professor Lee. - Abriu a porta do carro e saiu rapidamente, deixando a chuva o molhar no pequeno trajeto até dentro do condomínio. Olhou para trás e observou o carro sumir, talvez já tivesse ido embora, conseguiu aliviar os passos, pegou as escadas até o seu andar e procurou no bolso das calças e da mochila sua chave. Não a achando em canto nenhum. Pensou melhor e pensou que poderia ter deixado cair quando saiu do carro de Lee, ou tivesse dentro do carro dele, o que seria de longe a pior das opções.
- Han. - Se assustou, seu corpo vibrou e começou a tremer, virou o corpo lentamente e observou Minho vir em sua direção. Estava tranquilo, com uma feição despreocupada e um sorriso de canto, como se já tivesse descoberto que Han sabia sua verdadeira face. - Suas chaves. - A balançou no ar.
- A-ah sim... - Minho as entregueu e pareceu o observar, analisando suas feições, para que tivesse certeza que havia percebido. Percebido quem é o verdadeiro stalker. - Obrigado.
- Não há de quê. - Sorriu, e Han se perguntou por que ele ainda não tinha ido embora. - Não vai entrar?
- Sim. - Colocou as chaves na fechadura e por um momento, rezou para que não abrisse, magicamente não funcionasse mais, mas a porta estava aberta.
- Não vai me convidar para entrar? - Pronto, ambos sabiam. Han o olhou.
- Já está tarde... - Colocou o corpo para dentro e tentou fechar a porta rapidamente, se não fosse pela mão forte de Minho o impedindo de trancar a porta, começou a jogar seu corpo, para colocar mais força e conseguir trancar, e quando estava quase conseguindo.
- Han, você não quer que suas fotos sejam vazadas, quer? - Han parou com os movimentos. O coração palpitou tão forte em seu peito, que achou que poderia desmaiar. Piscou várias vezes.
- Que fotos? - Sabia, claro que sabia que fotos eram, fotos que poderiam expor sua vida íntima e misturar com a profissional e social, de modo que ocasionaria uma consequência sem volta, sem pretensões de ser vitimizado, seria o culpado da história, o vilão que ganha dinheiro expondo a si mesmo em um site. Sujo e vergonhoso. Han Jisung sentiu a pressão cair, e por um momento, quis matar Minho.
Nunca pensou em ferir ninguém na sua vida, mas antes, nunca fora ameaçado de tal maneira. Se Lee Minho morresse repentinamente, não teria se envolvido com esse professor, e nem com o jeito que ele iria o manipular.
Se Han jisung tivesse realmente o matado naquela noite, tudo teria sido resolvido, ele não viveria o terror de ter Minho na sua vida. Mas, não, ele não tem coragem para tal, mas o professor Lee tem, ah, ele é mais do quê um stalker sujo, ele gosta de corromper, e ele viu em Jisung alguém que faz totalmente seu tipo. Viu alguém inocente de corpo e alma. Apesar do jeito de ganhar dinheiro, e das roupas eróticas que usava, sabia que odiava aquilo, Han não gosta de se expor de tal maneira.
Mas Lee Minho ama isso. Ele ama aquelas roupas, as fotos, odeia a parte que Han compartilha com outras pessoas tão asquerosas quanto o próprio Lee, mas isso é algo que ele vai resolver em pouco tempo.
- As fotos que você usa naquele site, Hannie, você sabe qual.
Ponto de vista futuro de Han Jisung.
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Paparazzi •Minsung
FanficDe começo, Han Jisung pensou que era apenas um trote, onde seu número foi alcançado aleatoriamente, mas quando o desconhecido apresentou a palavra "observando", tudo começou a mudar.