CAPÍTULO 18

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Oi amores, demorei porque tô tentando fazer os capítulos mais longos pra fic não ficar tão grande.

Aproveitem a leitura.

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Verônica despertou aos poucos sentindo aquele perfume familiar. Anita ainda dormia tranquilamente agarrada a ela, a cabeça próxima ao queixo de Verônica e o braço ao redor de sua cintura, aquilo arrancou um sorriso da escrivã logo pela manhã, fazia tempo que isso não acontecia. 

Mas infelizmente isso não durou muito. Enquanto estava ali, a observando, um pensamento surgiu na mente de Verônica: como vai ser quando Anita acordar?

Ela vai ficar estranha outra vez? Vai se afastar? Não vai querer falar comigo? Como eu vou agir? Vamos tentar ser normais? A quem eu quero enganar… Não tem como as coisas voltarem ao normal. 

Isso continuou rondando sua mente, a insegurança crescia a cada segundo. Anita nunca havia sido uma pessoa fácil de ler, previsível não era uma palavra que poderia ser utilizada para descrevê-la. Tudo que Verônica podia fazer era esperar e torcer pelo melhor. 

Não estava acostumada com isso, havia passado anos de sua vida em um relacionamento estável, antes disso seus namoros nunca tinham sido sérios e nenhum deles, definitivamente, foi com alguém como Anita. Logo, Verônica se viu completamente perdida, não tinha nem mesmo uma base para comparar para ajudá-la a entender como deveria agir. 

Ela tocou Anita e a porta de um mundo novo se abriu, um mundo desconhecido do qual Verônica ainda tinha que explorar para compreender suas características e particularidades, um mundo onde ela estava experimentando tudo pela primeira vez. 

A bolha de seus pensamentos foi quebrada quando ela sentiu a loira despertar, Anita se mexeu sutilmente chamando a atenção de Verônica, ainda não queria abrir os olhos, principalmente quando Verônica levou a mão ao seu cabelo fazendo um leve carinho.

— Bom dia, dorminhoca. — Verônica foi a primeira a falar.

Anita levantou o rosto encontrando a outra sorrindo para ela.

— Bom dia. — A sua voz rouca era como o melhor som do mundo para Verônica.

— Dormiu bem? — Anita assentiu. — Eu devo ser a cura da insônia mesmo.

— Idiota. — Anita sorriu tentando se levantar.

Ela soltou um bocejo sentando na cama e Verônica acompanhou o movimento fazendo o mesmo.

A morena estava apreensiva.

Eu devia falar alguma coisa? Ela quer que eu fale alguma coisa? Por que ela saiu de perto de mim tão rápido? 

— Você tá bem? — engoliu em seco, prestando atenção a cada movimento da loira.

— Eu tô. — Anita sorriu para ela e dessa vez Verônica acreditou.

Ela realmente achava que a loira estava melhor, mas ainda havia algo.

— Então… — Verônica engatinhou na cama para se aproximar dela. — Sobre ontem à noite… — parou em frente da mulher. Anita desviou o olhar rapidamente, não esperava ter que falar sobre aquilo tão cedo. — Você tá bem com tudo isso? Com o que você sente? E com o que… — fez pausa. — eu sinto? 

A loira assentiu. 

Verônica continuou a encará-la, tentando entender porquê ela parecia tão distante. 

— Como a gente fica agora? A gente finge que tá tudo normal ou algo vai mudar? — Aquele olhar assustado estava lá de novo, só então Verônica entendeu que Anita estava tão perdida quanto ela em relação ao que estava acontecendo.

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