CAPÍTULO 20

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Klara e Rafa saíram do elevador aos risos, estavam conversando desde que saíram do salão de jogos. Os dois tinham ido por insistência de Rafa, Gabriela tinha ligado convidando Klara para ir e ela não queria, então Rafa a convenceu a ir e aproveitou para ir junto e poder provocá-la. No início Klara estava odiando, mas não tinha como ficar realmente com raiva do garoto, por mais que a provocasse ele realmente ajudou e o momento foi bem melhor com a companhia dele as fazendo rir. Se sentia um pouco culpada, pois tinha coisas sobre a missão que precisava analisar e reportar para Glória depois, mas a mulher tinha lhe dado uma folga e Klara prometeu para si mesma que faria assim que retornasse.

Os dois ainda estavam rindo quando chegaram no corredor, o sorriso da garota foi o primeiro a morrer assim que viu o corpo no chão, Klara empalideceu e Rafa, que a estava encarando, ficou confuso com a mudança repentina de expressão. Ao olhar para o mesmo lugar, ele entendeu e correu no mesmo segundo.  

— Meu Deus! — gritou assim que se abaixou ao lado da mulher. — É a- 

— Eu sei! — Klara falou por cima, antes que o garoto pudesse gritar o nome verdadeiro da mulher ali no corredor. Sua cabeça tinha desligado por um momento, mas o perigo a fez voltar à realidade.

Estava sentindo que estava vivenciando uma cena horrível outra vez.  Anita estava inconsciente, tinha sangue perto dela, não muito, mas o cheiro era forte . Também tinham pedaços de vidro por perto. A cabeça de Klara começou a trabalhar.

Não vimos ninguém saindo do elevador, como isso aconteceu? Tem vidro em todo canto, um machucado na cabeça… Não foi acidente, ela foi atacada. Não pode fazer tanto tempo que ela tá aqui alguém teria visto, puta que pariu, fudeu. É culpa minha, de novo.

— Klara me ajuda! — Rafa gritou atordoado, estava assustado, nunca tinha passado por uma situação como aquela, não sabia o que fazer e o silêncio da garota só o deixava mais nervoso.

Klara piscou passando os olhos de Anita para ele. 

— Calma! — Exclamou, chegando mais perto, o cheiro de sangue a atingiu com força e ela fez uma careta. Era boa em muitas coisas, mas dar assistência a pessoas machucadas não era uma delas, esse tipo de situação não a permitia pensar direito. — Ela tá acordada? 

— Parece que ela tá acordada?! — Rafa gritou exasperado. 

— Eu sei lá! — gritou de volta. — Anita! — chamou em um tom mais baixo, uma tentativa de fazer a loira acordar.

Rafa também a chamou algumas vezes, mas não obtiveram resposta. 

— Você acha que ela tá…? — Rafael engoliu em seco.

Klara sentiu todo o sangue deixar seu rosto.

Não. Merda, de novo não.

Ela levou os dedos até o pescoço da loira para checar o ponto de pulso, estava tremendo, sentiu seus nervos gelarem quando passaram-se alguns segundos e não sentiu nada, mas respirou aliviada quando sentiu a pulsação logo depois, quando estava quase perdendo as esperanças. Estava fraca, mas estava lá.

— Ela tá viva, mas o pulso tá muito fraco. — informou. 

— A gente precisa tirar ela daqui, levar pra um hospital, ela precisa- 

— Eu sei. — Klara o cortou, Rafa estava disparando as palavras tão rápido que a estava deixando confusa. — A gente não pode mover ela daqui, não sabemos o que aconteceu. Vai chamar a Verônica. — voltou a raciocinar.

Rafa assentiu e correu na mesma hora para o quarto. Klara pegou o celular e discou um número, enquanto tocava voltou a chamar Anita tocando levemente em seu ombro.

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