Marinette Dupain-Cheng tinha o hábito que escrever cartas para os garotos que ela amava, mas obviamente não as enviava, era apenas o jeito que ela conseguia lidar com os sentimentos e superar as paixões. Querendo levar uma vida normal como estudante...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Hoje seria o meu primeiro dia de aula no segundo ano do ensino médio. Ou seja, seria um dia conturbado, já que eu odeio primeiros dias. Na verdade, é bem difícil alguém gostar deles.
- Eu fiz panquecas de chocolate, suas favoritas. Então coma tudo! – meu pai disse ao notar que eu ainda não tinha dado nenhuma garfada na panqueca.
- Vou comer, só estava distraída. – e não era mentira. Nunca deixaria de comer as panquecas que papai faz. Ou melhor, acho que nunca deixaria de comer qualquer coisa que papai faça.
- Sempre no mundo da lua! – foi a vez do meu irmão mais velho, Kim, se pronunciar.
Kim e eu temos apenas alguns meses de diferença, então estudamos juntos na mesma escola, que fica há menos de uma quadra da nossa casa – e mesmo assim eu consigo chegar atrasada. Nossos pais tem uma padaria e nós trabalhamos ali de vez em quando, os ajudando. Daí vem o meu gosto e a minha habilidade para fazer todos os tipos de doce.
- Você também precisa comer, Alya e Nino vão chegar há qualquer momento. – meu pai alertou e Kim deu de ombros.
Alya era a minha melhor amiga, nos conhecemos no primeiro dia de aula do primeiro ano do ensino médio – acho que uma das únicas coisas boas que um primeiro dia de aula me trouxe –, e Nino era o namorado dela.
Nino e eu costumávamos ser amigos na infância e não demorou muito para que eu começasse a gostar dele, daquele jeito. Porém a paixão passou e depois de um tempo, ele e Alya começaram a sair e no fim estavam namorando.
Estaria mentindo se dissesse que não senti nada quando eles começaram a namorar. Não que eu gostasse de Nino, mas aquele sentimento reprimido de anos atrás ainda estava ali. Mas eu nunca faria nada para atrapalhar o romance deles, Alya é uma das pessoas mais importantes pra mim. Fazer algo em relação aos meus sentimentos por Nino, estava completamente fora de questão.
Então eu escrevi uma carta para Nino, mas obviamente não enviei. É que eu costumava fazer isso quando gostava tanto de um garoto, que esse sentimento me sufocava. Depois de escrever, parecia que o peso saia do meu corpo e ficava dentro do envelope cor-de-rosa que eu usava para colocar a carta. A de Nino e dos outros quatro garotos de quem já gostei.
- Bom dia amiga, animada pro primeiro dia? – Alya adentrou o cômodo, toda empolgada, seguida por Nino.
- É, mais ou menos. – eles riram.
- Então se anime, pois eu estou sentindo que esse ano vai ser incrível!
- Eu espero.
***
- Ok, se eu convidasse a Bridgette pra sair, você acha que ela aceitaria? – Adrien surgiu do meu lado, enquanto eu terminava de pegar as coisas do meu armário.
Se a pergunta tivesse sido feita há um ano atrás, eu certamente morreria. Pois me apaixonei por Adrien Agreste no primeiro dia – mais uma coisa boa em um primeiro dia – de aula do primeiro ano do ensino médio – ou seja, sim, uma das minhas cartas era pra ele.