Algumas mentiras aqui e ali

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Na hora do intervalo, fui até o meu armário pegar os livros para a próxima aula, me esgueirando pelas paredes

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Na hora do intervalo, fui até o meu armário pegar os livros para a próxima aula, me esgueirando pelas paredes. Queria simplesmente passar despercebida – o que não era muito difícil, mas ao contrário das protagonistas de filmes adolescentes, eu achava isso muito bom.

Ok, até agora tudo sob controle.

Peguei os meus livros, fechei o armário e minha ideia era entrar logo na sala da próxima aula. No entanto, avistei Luka vindo na minha direção, ele conversava com os seus amigos e ainda não tinha me visto. Só que ele passaria por mim, então veria.

O desespero tomou conta de mim e eu entrei na primeira porta que vi. Graças a Deus era o banheiro. Mas o masculino.

Por que eu tenho que ser um desastre total?

Ouvi vozes se aproximando da porta e adentrei uma das cabines, totalmente em pânico. Subi em cima do vaso para não deixar minhas sapatilhas cor-de-rosa à mostra, rezando que ele não quebrasse com o meu peso.

- Cara, eu não acho que você tenha que chegar nela assim, sabe. – era Ivan. Um dos meus colegas.

- Eu sei, mas eu quero saber o porquê da carta. – arregalei os olhos e senti minhas bochechas esquentarem, era Luka. Alguém me tira daqui, pelo amor de Deus!

- Só vai com calma. Ninguém sabia dela e do Agreste. – ah, ótimo! Agora eles acham que eu tenho alguma coisa com o Adrien. Também, quem mandou beija-lo, no meio do corredor?

- É, verdade.

- Você não cogitou a hipótese da carta ser uma piada? Ou sei lá, uma brincadeira?

- Não. Essa é mesmo a letra da Marinette e ela não faria esse tipo de coisa. – sorri mesmo com vergonha. Ele conhecia a minha letra? – Até porque... – Luka parou de falar quando outra pessoa entrou no banheiro.

O cômodo ficou em silêncio e pude ouvir Ivan e Luka saindo – ao menos imaginava que eram os dois. Porém continuei ali dentro, já que ainda tinha alguém no banheiro.

Escutei um barulho e olhei para baixo. A pessoa deslizou um envelope cor-de-rosa para dentro da cabine que eu estava. Era a minha carta. Mas qual delas? Seria Luka que tinha me descoberto ali? Ai meu Deus, ai meu Deus, ai meu Deus!

- Já pode sair, joaninha. – um alívio enorme tomou conta de mim ao ouvir a voz de Nathaniel, me chamando pelo meu apelido de infância. Uma longa história que envolve tintas guache. Peguei o envelope e saí da cabine – Eu agradeço a carta, de verdade, foi muito linda. Mas você sabe que eu sou gay, né?

- Sim. – na verdade eu apenas desconfiava – E isso foi escrito há muito tempo. Quando eu não sabia. – o ruivo riu.

- Eu imaginei. Sabe, devolver o seu lápis de cor azul, é um bom motivo pra você ter se apaixonado, mas não me pareceu algo atual. – nós rimos e eu escondi meu rosto nas mãos.

To All The Boys I've Loved BeforeOnde histórias criam vida. Descubra agora