03 - amor da (para) sua vida.

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na sua ausência sempre irá existir eu.


























2 anos depois.

OS OLHOS AFIADOS encaravam tudo com uma mágoa, um horror, mas ao mesmo tempo um alívio. Alívio em ver que as pessoas que tanto os fizeram sofrer agora sentiam o gosto amargo do luto e da tragédia. Mesmo assim, o horror conseguia ser maior, matar uma população inteira não traria os companheiros de volta e nem a si mesmos. Era como se dedicar de corpo e alma à algo que no final só os corromperia e traria ainda mais dor.

Contudo, Ellie não hesitou em disparar contra dois soldados que tentaram aproximar-se de Jean. O jovem a encarou, a gratidão estampada em seu rosto, ela apenas sorriu.

— Torrance! — Lobov gritou à sua frente. — Retorne com Jean para o dirigível, eu cuido da retarguarda.

— Contamos com você, líder de divisão Lobov. — gritou Jean de volta, agarrando o dmt nas barras do dirigível, Ellie deu uma última checada ao redor e fez o mesmo.

— Caramba! Tava quase indo atrás de vocês dois. — disse Connie com um tom de voz aliviado, oferecendo suas mãos para Ellie que as agarrou com força. Sasha sorriu animada e fez o mesmo com Jean.

Eleonor encostou-se na porta, a respiração descompassada e as mãos claramente trêmulas devido a adrenalina da missão. Ela suspirou passando as mãos por seu rosto, ao chegar em seu cabelos desfez seu coque e deixou os fios soltos, em uma tentativa de tentar aliviar a terrível dor de cabeça que sentia. Longos braços abraçavam seu corpo, beijando o topo de sua cabeça e logo a soltando, ela sorriu para a amiga sentindo o coração encher-se de amor.

A morena assustou-se ao ouvir uma multidão de soldados comemorarem a missão "bem-sucedida". Revirou os olhos com arrogância, e passou a observar o rosto culpado de Jean, que estava descansando na sua frente.

— Primeira batalha, não é? — disse ele suspirando fundo. — Me pergunto quantas ainda temos pela frente, e quantas pessoas ainda teremos que matar.

Ellie deu a ele um sorriso murcho, sem saber o que falar. Diferente de Connie que abraçou os três amigos em um abração de urso, dessa vez arrancando uma gargalhada genuína de Torrance.

Seus melhores amigos eram o amor de sua vida.

— Bom, pelo menos sobrevivemos a mais uma. — disse o careca, um sorrisinho em seus lábios parecendo profundamente aliviado. — Que todos os outros me perdoem, mas vocês são especiais pra mim.

Eleonor sorriu, dessa vez genuinamente. Sentindo o coração apertar de alívio, fechou os olhos, agradecendo por sua família estar bem.

— Isso dói, careca. — resmungou Jean. — Não abrace as pessoas enquanto estiver vestindo todo esse metal!

— Como é, cavalo?! — ele disse soltando os amigos e encarando Jean ofendido. — Sabe o que é idiota? Alguém que trata uma barba que mal começou a crescer igual um filho! Ou seja, você!

Ellie sentiu Sasha sorrir ao seu lado, colocou as mãos sob as dela e começou a brincar com o seu polegar, Braus olhou para ela com um sorrisão.

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