26 - MÁSCARA VERDE

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Capítulo 27
P.O.V [S/N]


TRÊS SEMANAS DEPOIS...

Revirei os olhos ao ouvir a campainha tocar, e me levantei sem nenhuma vontade de ensaiar aquela dança pela vigésima vez. Abri a porta e encontrei Liam, que sorriu para mim, me fazendo devolver o sorriso da forma mais forçada que consegui.

— Boa tarde, S/n — Ele disse com seu sorriso carinhoso no rosto.

Nos primeiros dias, confesso que achei ele um fofo, super atencioso e carinhoso, mas agora já estou querendo me matar todas as vezes que a campainha toca e eu sei que é ele.

— Vem, vamos para o quintal — Digo, vendo ele assentir com a cabeça e me seguir.

— Dessa vez eu trouxe a caixinha de música, para você não precisar ir até seu quarto e se cansar — Ele disse, apontando para a caixa de música, logo a colocando no chão.

Iríamos dançar a bela e a fera.

Só estou fazendo essa porcaria por conta de meus pontos.

Assim que Liam soltou a música, eu disfarçadamente revirei os olhos. O moreno, que antes afastado, caminhou até mim com as mãos atrás do corpo, enquanto eu caminhava até ele com as duas mãos segurando o vento, fingindo ser um vestido rodado.

Paramos centímetros um do outro, e fizemos um rápido comprimento. Dobrei um pouco meus joelhos para ir em direção ao chão, e ele dobrou sua lombar em direção ao chão.

Respirei fundo e peguei em sua mão quando ele me ofereceu. O mesmo que fica parado no meio, e de frente para a piscina, enquanto eu dou duas voltas em torno dele.

Ao final da segunda volta, Liam segura minha cintura começando a nos guiar para uma valsa.

"Sentimento assim
Sempre uma surpresa
Quando ele bem, nada o detém
É ímã chama acesa"

Na tentativa de me girar no ar como deveria ser feito, Liam acaba me derrubando no chão.

Isso já estava começando a me preocupar. Já treinamos esse passo mais de dez vezes em um só dia e ele ainda não consegue me segurar.

— Desculpa, S/n. Mil perdões — Disse, segurando minha mão e me puxando do chão. Logo começou a dar beijos em minha mão. — Desculpa, querida...

Puxei minha mão antes que seus lábios babassem mais em minha pele.

— ...Talvez seja melhor a gente beber uma água — Digo, tentando sair de perto dele.

— Eu vou com você — Ele disse, sorrindo empolgado.

— NÃO — Praticamente gritei. — Quero dizer, é melhor eu ir só.

— ...Se prefere assim, por mim tudo bem — Disse, soltando um sorriso de ponta a ponta no final.

Sorri fraco e forçada, morrendo de medo dele.

Gente que sorri muito, me assusta.

Andei de costas sem a mínima coragem de me virar dele, até que seu rosto e corpo saíram do meu campo de visão.

Respirei aliviada, e virei meu corpo de frente, fazendo meu corpo bater em algo duro.

— Droga — Digo, passando a mão na minha cabeça.

Me virei e encontrei Vincent ali.

O mesmo estava com um moleton preto, uma calça conjunta, enquanto tinha na cabeça uma toca preta também. Por entre os dedos, estavam um cigarro que ele colocou na boca, puxando o ar, e logo soltou praticamente no meu rosto. Tossi, passando a mão no ar para afastar o cheiro ruim da maconha.

𝐈𝐍𝐒𝐓𝐀𝐕𝐄𝐋||  ⱽⁱⁿⁿⁱᵉ ᴴ.Onde histórias criam vida. Descubra agora