Ah, o primeiro amor!
Ele é como uma inesquecível viagem de férias em pleno verão, porém as pessoas sempre esquecem que férias acabam e no fim, a vida real esmaga o conto de fadas como o verão que é esmagado pelo outono seguido de um pesado e rigor...
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- Vamos logo tampinha, ou nos atrasaremos! - Diz Roger de mãos dadas com sua namorada.
- Estou indo, estou indo. E não me chame de tampinha se não vou fazer jus ao meu tamanho e bater onde mais dói. - digo correndo atrás deles depois de terminar de despachar as malas.
- Tá bom irmãzinha - diz Roger se escondendo atrás de Isa. -Não te chamo mais assim, prezo pela saúde das minhas bolas. Suas ameaças nunca são só ameaça.
Dou língua para ele ao ver sua careta de dor só de lembrar da última que o ameacei e ele insistiu em repetir o xingamento. Odeio ser chamada de tampinha!
- Irmãzinha e aí já se decidiu se vai aceitar o plano louco de Isa?
Olho feio para Isa e sei que foi ela quem pediu para ele me perguntar.
- A Isa cismou mesmo com isso - falo.
- Por mais louco que pareça eu concordo com ela Rol, também acho que já tá na hora de você sair dessa concha que você mesma se fechou.
Olho derrotada para ele, pois se fosse coisa só da Isa eu poderia me safar, mas ele também quer isso.
- Vocês são terríveis, eu deveria cagar para a opinião de vocês dois, que resolveram se juntar contra mim, sério eu deveria ignorar completamente esse pedido louco, mas vocês sabem que não posso, não consigo, eu amo muito os dois, então vou pelo menos tentar. Ouviram, eu prometo que vou tentar!
Isa solta um gritinho e me abraço e Roger sorrir. E mesmo não gostando nada disso, me sinto feliz, pois eles estão felizes.
Me desvencilho do abraço de Isa e corro para o embarque.
- Vamos vocês dois, já está quase na hora de dizer adeus América e olá Londres.
Então embarcamos...
Depois da grande lista de recomendações da aeromoça, apertamos os cintos e o avião decola. Sem muito a fazer, me ponho a encarar os outros passageiros, já que meus amigos estão há sete acentos a frente de distância de mim.
O cara do meu lado tem uma cara de poucos amigos, e já está ajeitando o fone de ouvi, pelo jeito não terei nenhum conversa amistosa com um desconhecido. A única diversão será a pequena janela do avião, o livros do Harry Potter que está em minhas mãos e as conversa alheias que com certeza ficarei de butuca ligada para ouvir até o final. Odeio saber só a metade de uma fofoca, pois, depois acabo queimado todos os meus neurônios imaginando vários finais alternativos. Isso é frustrante.
- Rol, você esqueceu de pegar comigo os seus livros, 50 tons de cinza e A seleção - diz Isa se erguendo na cadeira e me buscando com o olhar.
Me faço de desentendida e me encolho um pouco para ela não me ver.
