O início

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— EDDIE! EDDIE!! — Gritava Dustin, desesperado correndo mesmo que com a perna machucada até seu amigo metaleiro que se encontrava no chão, quase todo ensanguentado e cheio de mordidas dos demobats. — Meu Deus ! Ai meu Deus, não!! — Ele pega seu amigo cacheado em seus braços — Não, não não não, Eddie, vai dar tudo certo! É só te levar pra um hospital!! — O adolescente dizia, em completo pânico por ter seu melhor amigo morrendo em seus braços.

— Ta bem.. — O metaleiro responde, com seus olhos fixos em um ponto por não ter forças nem para mexer sua cabeça.

— Vem, vem vem vem vem, Eddie, vamos! — Repetia Henderson, tentando ajudar Eddie a levantar.

— Eu.. eu acho que eu preciso de um segundinho.. Um segundinho, ta..? — Respondia o cacheado com a voz fraca, sentindo sua vida indo embora aos poucos.

— Tabom, tabom — O castanho diz, estranhando que seu amigo começou a sorrir mesmo sem forças nem para mexer sua cabeça.

— Eu não fugi dessa vez, né? — Munson pergunta sorrindo.

— Não, não não não, não fugiu.. — Dustin diz soluçando, as lágrimas caindo sem parar e as vezes até caindo sobre o metaleiro quase morto.

— Você vai ter que cuidar daquelas ovelhinhas pra mim, tá? — Eddie diz, criando forças para pegar na mão de Dustin.

— Não eddie! Você mesmo vai cuidar! — Esbraveja o Henderson, ainda tendo um rio de lágrimas escorrendo por seu rosto.

— Não, cara.. — Eddie balança a cabeça, os machucados doíam e sua garganta tinha um nó que apertava a cada momento que ele via Dustin chorar. — Fala que vai cuidar de tudo pra mim.. — Dustin soluça alto ao ouvir isso. — Fala..

— Eu.. eu vou cuidar deles.. — Dustin chora mais ainda tendo que dizer tais palavras, por que o Eddie?? Por que não ele?? Era o que passava na mente do Henderson e o atormentava.

— Que bom.. por-porque eu acho que vou conseguir me formar.. — Munson sente suas forças indo embora, assim como sua vida, aos pouco. — Eu.. eu acho que esse é o meu ano, Henderson.. Eu acho que fi-finalmente é o meu ano.. — Ele dá uma última risada, sentindo as dores passarem e sua visão escurecer aos poucos. — Eu te amo, cara.

— Eu-eu também te amo.. — Ele aperta forte a mão de Munson. — Eddie.. Eddie! eddie.. Para.. Eddie! EDDIE!! — Gritou com o ar restante em seu pulmão, sentindo a garganta arranhar, ele não sabia o motivo de estar quase se desidratando de tanto chorar, se era a morte de seu melhor amigo ou a dor da perna machucada que ele sentia latejar de dor. O garoto chorava como uma pequena criança assustada, e ele se sentia exausto, com dor tanto física quanto sentimental.

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