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Pov malu Camargo

Depois de sair da loja de vestidos, matt me levou até o restaurante em que ele havia me pedido em casamento.
Achei estranho.
Há muito tempo não íamos lá e, apesar das boas memórias vividas naquele lugar, estar com ele agora, nesse exato momento, não era o que eu queria.
Já com os pedidos feitos, matt olhou pra mim e pegou em minhas mãos.

— Desculpe por ter agarrado seu braço mais cedo. Você me tirou do sério e eu acabei perdendo o controle.

— Ah, então a culpa é minha? Se eu não tivesse "tirado você do sério", — fiz aspas com os dedos. — você não teria agarrado em meu braço?

— Malu, eu não quero brigar. — ele disse em um tom calmo.

— Eu também não. Estou cansada disso. Cansada de ser a única que se importa com o nosso relacionamento.

— Eu pensei muito no que você me disse ontem e cheguei a conclusão de que estou errado. Não tenho parado em casa nos últimos meses e não tenho sido um bom noivo. Peço desculpas.

Ponderei sobre o que ele estava dizendo. Seu semblante era calmo. Ele parecia dizer a verdade. Ele parecia sincero.
Uma parte de mim dizia para não acreditar em suas palavras. A outra dizia o contrário.
Desviei o olhar de
Matt para focar no garçom, que retornava à nossa mesa pedindo licença para servir os pratos em nossa mesa juntamente de uma garrafa de champanhe que também havíamos pedido.

Agradecemos e o homem de cabelos grisalhos afastou-se de nós. Começamos a comer, em silêncio. Não demorou muito para matt puxar assunto.

— Daqui algumas semanas temos aquele almoço com a minha família no interior.
Merda.
Eu havia esquecido completamente disso.
A família Gibson tinha a tradição de preparar um banquete para comemorações especiais. Haviam feito isso em todas as Ações de Graça,
Natais e no casamento do meu cunhado, irmão de matt.

— É mesmo... — foram as únicas palavras que eu consegui pronunciar.

— Vão estar todos lá. Mamãe, papai, meus avós, meus tios... Chegou a hora de você conhecer a família inteira. — ele parecia animado.

— Mal posso esperar! — fingi animação.
E como se Deus ouvisse minhas preces, meu celular começou a tocar.
Era o número da loja de vestidos.

— Alô? — atendi a ligação. Matt me olhava atento.

— Senhorita Camargo? — a atendente perguntou

— Sou eu. Posso ajudar?

— Aqui é a Andy da soomin Wedding. Estou ligando para avisar que seu vestido acabou de voltar da costureira, ela fez todos os ajustes necessários e agora precisamos que a senhorita venha experimentar.

Tentei avisá-la hoje pela manhã, mas não consegui. Podemos agendar um horário?
Lembrei-me de dani e de seu pedido para avisá-la quando houvesse minha próxima prova. Sorri involuntariamente.

— Podemos sim. Há algum horário disponível para amanhã? — perguntei.

— Sim, a partir das 14h00.

— Perfeito. Então às 14h00 estarei aí.
— Mais uma coisa... — andy continuou.

— Suas madrinhas também podem vir? Os vestidos delas também ficaram prontos.
Com certeza. Estaremos aí.

— Muito obrigada, Senhorita Camargo Tenha uma boa tarde e até amanhã.

— Igualmente, Andy. Até!
Encerrei a chamada e voltei a comer.

— Quem era? —  mqtt perguntou.
— Era da loja do meu vestido. Preciso voltar lá para checar se os ajustes ficaram bons.

Bebi o restante do champanhe que ainda estava em minha taça e me levantei.

the Rain (danilufca Onde histórias criam vida. Descubra agora