Capítulo 6

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Pov Penny

A tensão me abateu já no primeiro degrau da escada, desci encostada na parede, cruzando os passos na casa escura, cada vez mais perto da porta.

Outras três batidas.

O pêlo macio de Almofadinhas roçou na minha perna me fazendo arrepiar até a nuca. Ele parou de frente para porta com um rosnado profundo e baixo.

Mais três batidas, fortes e ameaçadoras.

Coloquei a mão na maçaneta e a outra na chave.

- Penny?

Não era Sírius... era Hunter.

Almofadinhas latiu alto, um filete de baba espessa caiu no chão, os dentes a mostra enquanto rosnava, mas eu não estava com medo... não do cão.

- Penny... Abra. Sei que está aí... se não abrir, vai ser pior.

Era verdade, era sempre pior quando eu não o obedecia. Girei a chave lentamente e Almofadinhas latiu.

- Calma, amigo... vai ficar tudo bem - isso era mais pra mim que pra ele.

Girei a maçaneta e abri a porta devagar. Liam estava parado, bem no limite entre a porta e o lado de dentro, sua tez franzida, como sempre.

- Hunter?

- Não vai me chamar para entrar? - ele abriu caminho passando por mim e em volta, inspecionando a sala - bela casa.

- Não vai me chamar para entrar? - ele abriu caminho passando por mim e em volta, inspecionando a sala - bela casa

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- Obrigada.

- E o cachorro?

- Almofadinhas - eu dei alguns passos em direção ao cão que parou na minha frente - é uma boa companhia.

- Vai ter que deixá-lo, sabe que odeio cachorros.

- Deixá-lo?

- Você tem idéia do que passei te procurando? A polícia chegou a cogitar a hipótese de você ter ido embora com outro.

- Sinto muito, Hunter.

- Eu que sinto, querida - ele se aproximou e eu senti meu coração acelerar, minhas mãos tremiam e suavam, ele passou pelo cão como se ele nem estivesse ali - eu ainda te provoco, não é.

Hunter deu um sorriso galante.

"Medo... isso é medo, idiota"

Sua mão deslizou pelo meu cabelo e seu rosto assumiu uma expressão de raiva.

- Sabia que eu preferia comprido... e loiro - seus lábios tremeram em fúria - vagabunda.

O primeiro tapa veio sem aviso, forte. Partiu meu lábio que começou a sangrar e pulsar. Eu caí batendo a lateral do quadril no assoalho.

- Hunter... não.

Almofadinhas correu até mim e começou a latir ameaçador, alto demais... fazendo minha cabeça rodar. Hunter não se acovardou.

Ele pisou com a sola de sua bota tratorada no dorso do animal, o fazendo cair e se contorcer.

- Quando você vai aprender, Penny? - suas mãos direita agora estava fechada e acertava golpes na minha cabeça e costas enquanto a outra agarrava meu cabelo no topo.

Almofadinhas se levantou e pulou, com dificuldade, no ombro dele, enfincando os dentes no músculo, Hunter me soltou e balançou o corpo até o cão soltar, rasgando a pele, ele acertou alguns socos no animal que não era páreo para um homem daquele tamanho.

Hunter agarrou o cachorro pelo couro do dorso e o levantou do chão só para jogá-lo com força na mesa de centro da sala, quebrando o vidro do topo.

- Não machuca ele, por favor.

Ele se virou, as mãos ainda fechadas enquanto caminhava em minha direção.

- Levanta, vamos pra casa.

- Não, Hunter... por favor. A gente conversa de manhã. Com calma.

- Você é minha esposa.

- Faz quase um ano, não somos mais casados.

- Você quer me transformar em um assassino, Penny?! Por que eu estou a um passo disso.

Ele voltou a agarrar meu cabelo e me arrastou pela sala até perto da porta, eu me debati acertando socos no braço dele que me segurava. Hunter bateu minha cabeça no chão com força e se ajoelhou em cima de mim enquanto segurava meu pescoço, apertando cada vez mais.

Minha visão ficou turva, mas sei bem o que eu vi.

Almofadinhas se levantou devagar, mas não parou ao ficar em pé. Ele continuou crescendo e mudando de forma, ganhando ombros largos e olhos negros e profundos.

- Sirius.

Black se aproximou rápido, uma ponta longa de vidro na mão. Hunter nem teve tempo de ver o que lhe atingiu, suas mãos afrouxaram e um filete de sangue escorreu de sua boca.

Ele colocou a mão nas costas, segurou a ponta de vidro e tentou tirá-la mas acabou caindo ao meu lado, eu vi a vida deixando seu corpo, seus olhos se tornaram vazios a medida que a expressão de terror congelava.

Eu queria ficar acordada, queria levantar e correr, fugir dele, fugir da criatura que se abaixava ao meu lado chamando meu nome mas meu corpo doía e minha voz parecia não existir.

E tudo ficou escuro.

EU AMEI essa cena, desculpe se fez alguém se sentir desconfortável... e temos que admitir que Luke Evans é um grande gostoso.

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