Capítulo 7

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Pov Sirius

- Penny... Penny, por favor acorda.

Ela tinha pulso, a levei para cima e cuidei de seus ferimentos mais visíveis enquanto tentava acordá-la mas foi em vão ela dormiu quase a noite toda, passava das quatro quando ela gemeu e virou o rosto para o lado.

Eu estava suado, sujo de terra, exausto e com os braços doloridos, mas só me importava com ela.

Puxei a cadeira para perto da cama. O pânico no olhar dela quase me fez sumir.

- Calma, tá tudo bem... não vou te machucar.

- O que... o que você é?

- Em resumo, um bruxo.

- Isso não existe.

- Sei que me viu transitar da forma animal para a humana.

- Almofadinha...

- Sou eu.

- Porque me enganou?

- Porque assim como você, eu também estou fugindo.

- Eu não sou uma criminosa.

- Nem eu.

- Mas você o matou.

- Se eu não o machucasse, ele mataria você.

- Onde ele está?

- Na floresta... fundo no solo.

Ela olhou para as minhas mãos e unhas cheias de terra e seus olhos ficaram mais tranquilos.

- E o carro dele?

- No lago.

- Quero que vá embora.

- Não até você estar bem. Você me acolheu e cuidou da minha pata machucada... farei o mesmo com você.

- Não me sinto segura com você perto.

- Eu a salvei, sei que está com medo porque é algo desconhecido a você mas eu nunca lhe faria mal.

- Você se deitou comigo, me viu nua, ficou no quarto enquanto eu me tocava... meu deus eu fazia xixi com a porta aberta - ela corou e cobriu o rosto com as mãos.

- Não se preocupe, não há nada que eu pense de você que seja ruim. Perfeita - eu tirei suas mãos da frente e fitei seu rosto machucado - tão forte e tão frágil ao mesmo tempo.

Me inclinei, e beijei a pele arroxeada de sua bochecha.

- Eu devo estar horrível.

- Você fica linda, de qualquer maneira - meus lábios escorregaram para os dela, tocando-os com suavidade, tentando não causar dor apesar do corte no inferior, sua língua quente em contato com a minha me fez suspirar.

- Sirius - sua voz saiu como um gemido, eu não conseguia controlar, aprofundei um pouco mais o beijo e apoiei minha mão em seu joelho, deslizando a pela coxa de Penny até a virilha - espera.

- Desculpe. Eu vou fazer chá pra você.

Desci as escadas apenas para preparar seu chá e quando voltei ela não estava mais na cama e o som do chuveiro ligado me atraiu.

- Penny? - tentei abrir mas a porta estava trancada - você está bem?

- Só preciso de um minuto.

Encostei ao lado da porta e esperei por longos minutos, quando ela abriu a porta, já vestida, meu coração se acalmou.

- Eu só queria tomar um banho, tinha sangue na minha roupa e na minha pele.

- Tudo bem, mas fiquei preocupado. Está conseguindo andar?

Cão NegroOnde histórias criam vida. Descubra agora