Matemática.

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Finney acordou assustado naquela manhã com um pequeno incômodo no nariz, em seus dedos o dolorido persistia em ficar, mas nem se importou com aquilo logo que acordou, já que seu peito subia e descia rapidamente, mais uma vez tendo uma de suas crises. ele desesperadamente buscava por ar e aquela sensação era terrível.

Tinha acabado de ter um pesadelo e estava tremendo, sua falta de ar rapidamente fazia seu corpo arder em busca de ar, pegou a sua bombinha em cima da escrivaninha, puxou o remédio que o spray liberava, ficando por alguns minutos só respirando aquilo. Quando finalmente conseguiu respirar o ar normalmente, olhou com raiva para a própria bombinha, colocou em seu lugar com ódio, pegando e jogando a almofada de sua cama com força na parede, com um grunhido de raiva, odiava quando tinha esses malditos pesadelos, ainda mais quando envolvia suas várias insegurança, sua aparência. Sua vida nunca mais foi normal depois daquele incidente, mesmo que nunca tivera uma infância considerada normal. Odiava ter esses pesadelos e isso era o motivo do seu sono ser uma merda. Eram cinco da manhã, nem ao menos o horário normal que acordava, então, se levantou da sua cama, tomando seus remédios da manhã, bocejou enquanto caminhava para fora do quarto à procura de seu pai que sempre estava acordado àquela hora da manhã. Quando entrou na sala, apenas viu uma bolinha enrolada em alguns cobertores no sofá, estranhou que a TV também estava ligada no canal de filmes de terror. Suspirou, logo pensando em Gwen que adorava aquele tipo de filme. Caminhou sorrateiramente para frente do sofá, vendo a menina dormir tranquilamente, o que lhe deixou preocupado foi o suor que saia da testa dela, ela estava com febre? Ele devagarinho colocou sua mão na testa da menina, se assustou pela quentura de sua pele.

sabia que ela tinha um sono pesado, então não seria difícil pegar ela no colo. E lá foi Finney tentar pegá-la no colo. Com muito cuidado, colocou seu braço em volta do pescoço da mesma, fazendo a mesma coisa com as pernas, a levantando e sentindo suas pernas doerem, nem se importou com isso, caminhando para o corredor dos quartos, ouviu a porta do escritório do seu pai abrir e nem teve tempo de se esconder.

- Finney?? - Ele correu até o garoto, pegando a menina rapidamente em seu colo. - Meu filho, você sabe que não pode tá pegando peso!

- Mas pai... a Gwen nem é tão pesada assim.

- Eu sei... mas pode ter o risco de você quebrar algum osso.

- Pai. Eu não vou deixar de fazer as coisas só porque eu tenho a merda dessa doença.

-... Só... por favor, Finney. Me obedeça. - Se arrependeu de rebater aquela discussão só com o olhar que ele direcionou para si. Seu pai, querendo ou não, era alguém preocupado e bem paranoico, tudo que envolvia seu filho segurar algo pesado era motivo de preocupação para ele. Finney nem pestanejou, ele só caminhou tranquilamente de volta ao seu quarto enquanto o mais velho levava a mais nova para o quarto. Quando entrou, socou várias vezes o ar, grunhido de raiva, Se jogou em cima da cama logo em seguida e colocou em qualquer série de sua lista para assistir. Ele sentia ódio por não poder ser alguém 'normal', Odiava ter que ser tratado daquela forma, como se fosse quebrar a qualquer momento, já tinha tido várias crises de raiva por conta daquela merda e sinceramente?? Finney detestava ser daquela forma, detestava ter que viver com pessoas que não entendiam de seus traumas, detestava ter que viver à meio de adolescentes insolentes que nunca se importavam com a pessoa do lado, ainda mais pessoas igual Finney, mal conseguia prestar atenção no desenho animado que passada, em sua mente só o que passava era o ódio que tinha por todos. Caiu no sono no momento que se distraiu, ele não teve nenhum sonho pesado, o que era bom.

Novamente ele acordou, mas no horário certo, foi a mesma coisa de sempre. Tomou seu café da manhã, conversou com o seu pai sobre a 'briga' que teve na escola. Tudo estava rotineiro como sempre e aquilo lhe irritava tanto, Finney não tinha nem palavras, era chato manter aquelas mesmas coisas sem que ele pudesse mudar, já que não saberia mudar tudo aquilo. Seu pai não disse absolutamente nada enquanto ia para a escola, estava um clima chato desde que ele se 'envolveu numa briga', digamos assim. Gwen havia acordado doente de um resfriado e o mais velho achou melhor ela ficar em casa, para ao menos a febre passar. O que era bom, Finn se preocupava mais com sua irmã do que qualquer coisa em sua vida, era assim desde que ele havia visto a outra nascer, não lembrava de muita coisa, só que era daquela forma desde que eles eram crianças. Logo, Terrence estacionou na frente do edifício para que pudesse deixar Finn em segurança na escola, o garoto quando viu que Griffin o esperava no banco de pedra, ele saiu rapidamente do carro, dando um pequeno tchauzinho para o seu pai, que retribuiu animadamente, quando saiu da janela do carro, ouviu seu pai.

Fight Or Flight | Rinney.Onde histórias criam vida. Descubra agora