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     ᴇᴜ ᴘʀᴇꜰɪʀᴏ ᴏꜱ ᴅɪᴀꜱ ᴄʜᴜᴠᴏꜱᴏꜱ, ᴀꜱ ɴᴏɪᴛᴇꜱ ᴇꜱᴄᴜʀᴀꜱ, ᴏꜱ ᴄᴏʀᴠᴏꜱ ᴇ ᴏꜱ ʟᴏʙᴏꜱ ɴᴇɢʀᴏꜱ.ᴀᴄʜᴏ Qᴜᴇ ʜᴀ ᴀʟɢᴏ ᴏʙꜱᴄᴜʀᴏ ᴅᴇɴᴛʀᴏ ᴅᴇ ᴍɪᴍ.

Guinna Mayhew

   A guerra parecia não ter fim.

   O sangue escorria junto de toda lama no chão. Murmúrios de dor, pedidos de misericórdia, gritos de desespero... Era um caos que se alimentava cada vez mais em que a espada prateada era arrancada de um corpo e o sangue jorrava.

   Mesmo que estivesse chovendo, ainda sim as cinzas do fogo de um dragão insistiam em voar por ali. O sangue misturado com cinzas não parava. A misericórdia não existia ali.

   Rogavam por um deus que serviram há anos, pediam em desespero para que as vidas fossem poupadas, para que mais nenhum sangue fosse derramado e a dor acabasse, mas o deus não respondia. Aquele deus para quem as almas gritavam em desespero, não apareceu, ele não havia sido misericordioso o bastante, permitindo que dor e sangue fossem a única coisa que aquele povo tivesse.

   Apenas dor. Nada além da dor.

   Por fim, quando os sussurros foram diminuindo e as almas foram deixando os corpos massacrados, não havia mais nada ali, nada mais que um desejo de vingança e rancor. E o rancor quando alimentado, apodrece a alma e mata qualquer sentimento que possa insistir em existir.

   Só restará uma promessa que pairava no ar e entrava pela mata.

 O sangue derramado do meu povo, será derramado em dobro.

   Não existia deus, não existia fé, não existia amor. O tempo havia começado.

 Sangue seria derramado. Não por um, mas por todos. 

Deus NegroOnde histórias criam vida. Descubra agora