|PRIMEIRO ESTÁGIO DO LUTO|

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Londres, Inglaterra -

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Londres, Inglaterra
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ANA JULIA encarou o espelho redondo pela última vez e colocou alguns fios rebeldes novamente em seus lugares. O plim do celular a obriga a olhar para a tela, desbloqueando o aparelho e clicando no ícone redondo de mensagens.


Lucia

Pronta para o primeiro dia?

Claro, estou indo para a casa dele
agora!

Ótimo! Beijos, querida.

Guardou o aparelho no bolso e foi para a sala. Heitor estava deitado no tapete, com os belos olhos verdes fixos em sua imagem. Ela não podia resistir a carinha de tristeza que ele esboçava, de orelhas baixas e olhos pidonchos.

— Mamãe não demora, amor — disse, beijando a ponta de seu focinho marrom, recebendo uma lambidinha em resposta. — Se comporte.

Olhou em volta apenas para se certificar de ter pego tudo. Trancou o apartamento e seguiu para fora do prédio.

***

Ela parou em frente a porta marrom da casa de Richarlison e revirou a bolsa em busca da cópia da chave que Lucia havia lhe dado ontem. Assim que a encontrou, destrancou a fechadura e entrou, carregando a maleta preta consigo. Estava tudo em silêncio.

Richarlison ainda deveria estar dormindo, pensou. Afinal de contas, tinha chegado vinte minutos mais cedo do que o esperado. Não que ela imagine que um jogador de futebol vá acordar nesse horário, mas, se ele a mandou chegar nessa hora, é bom que cumpra o mesmo.

A casa é enorme. A sala de estar é logo ao lado esquerdo, com uma escada a direita do comôdo que sobe para o segundo andar. Os quartos deveriam ser ali. Ela não se preocupa em conhecer o restante da casa, logo de cara.

Aonde houver uma mesa para trabalhar, é ali que irá ficar.

Vai para a sala de estar e se acomoda no sofá cinza, sendo engolida pela maciez. Tira o notbook da maleta e o põe sobre a mesa de vidro em sua frente. A altura do móvel não batia com a da mesinha, o que a obrigou a se sentar no chão para conseguir trabalhar. Sente o telefone vibrar no bolso da calça jeans e quando o pega vê o nome de Lucia estampado no ícone de chamada.

— Alô? — diz, colocando a pasta verde de documentos na mesa também.

Bom dia, querida! — a voz doce daquela mulher poderia inebriar qualquer um que a ouvisse em plena manhã. Sem querer, Ana acaba abrindo um sorriso, organizando a agenda verde-escuro sobre o colo. — Já chegou?

Disritimia - RICHARLISONOnde histórias criam vida. Descubra agora