|PAGODE|

715 70 58
                                    

ANA ESTACIONOU EM FRENTE a casa de Richarlison

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

ANA ESTACIONOU EM FRENTE a casa de Richarlison. A fila de carros luxuosos tomava grande extensão da rua no bairro e um som alto estralava de dentro da residência. Lizziane retocou os lábios ressaltados por um gloss transparente, ajeitando a franja comprida nas laterais do rosto. Seu cabelo ruivo estava preso com uma piranha grande, formando um penteado despojado, mas ainda assim lindo.

— Obrigada por vir comigo, xuxu. — Ana murmurou, desligando o carro e pegando a bolsa no banco de trás. Lizzy fechou o espelho redondinho em sua mão, sorrindo e acariciando o braço da amiga.

— Tudo bem. — ela diz, dando de ombros e saindo do veículo. — Nunca recusaria bebida de graça mesmo.

Ambas riram e Ana caminhou pelas pedras do gramado, ajeitando a saia preta e entrando assim que fica de frente para a porta. Logo que ela põe os pés dentro da casa, o som absurdamente alto estoura em seus ouvidos, fazendo com que uma careta domine sua expressão. Lizzy se assustou, agarrando o braço da amiga quando um jogador alto e loiro passou por elas, encarando-as de leve.

Tudo estava decorado em clima de vitória. Alguns balões azuis e brancos estavam espalhados por toda a casa, e fitilhas douradas separavam a sala da copa na cozinha.

Outro homem passou, encarando Lizziane de cima a baixo, sorrindo para a ruiva que beslicou o braço de Ana, fazendo-a soltar um gritinho.

— Meu deus, encontrei o Harém dos homens. — ela sussurrou, sorrindo para outros que passavam por ali.

Ana agarrou nos dedos da amiga e a guiou até a cozinha, se esbarrando em algumas pessoas.

— Bebida! — a ruiva gritou, pegando uma garrafa de vodca e a abraçando, beijando o vidro gelado. — Eu já te disse o quanto amo seu emprego, Ana?

A morena riu, rodando os olhos pelo cômodo, buscando ver um cabelo platinado e ombros largos no meio de todos aqueles homens perambulando pela casa. Ana caminhou até a porta que dava na área externa da casa, vendo a água da piscina soltar fumaça de vapor, e logo mais a frente o pequeno palco montado no espaço de lazer, com várias pessoas ao redor. No futebol de mesa, enxergou Emerson Royal e outros que ela não conhecia, brincando com uma bola. O som de uma música qualquer preenchia a casa enquanto o show ao vivo ainda não começava.

Falem o que quiserem, mas nunca digam que brasileiros não sabem dar uma boa festa, Ana pensou. Não demorou para sentir o calor da respiração de Lizzy atrás de si, olhando para o espaço iluminado a alguns metros, logo afundando as sandálias de dedo na grama recém aparada.

— Vamos, gata! — ela grita, com um copo vermelho na mão e a garrafa de vodca na outra. Ana riu, pegando o celular e encarando sua tela de bloqueio.

Sem mensagens por enquanto. Aonde ele estava?

— Me procurando, amor? — a voz grave e gostosa soprou em seu pescoço, o vento quente da respiração de Richarlison arrepiou até o fundo da alma de Ana, que sorriu largo, virando levemente o rosto, apenas para enxergar o homem parado atrás de si.

Disritimia - RICHARLISONOnde histórias criam vida. Descubra agora