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Melissa C. POV's

Bom, segundo dia na casa do papis, e simplesmente a hora não passava.

Deu oito da manhã e já tinha acordado, feito um monte de coisas no quarto. Então resolvi me levantar e ir tomar café.

Desci pra cozinha e vi Danielle fazendo omelete, minha barriga logo deu sinais.

- Humm. Esse cheiro! - me aproximo dela enquanto fecho os olhos sentindo o aroma.

- Você gosta? - ela pergunta.

- Se eu gosto? Eu adoro! - digo e abro um sorriso.

- Pois sente-se senhorita, já vou te servir!

- Eba! - falei animada e me sentei.

Até que ela é uma boa madrasta. Mas não vou ficar dando mole também não.

Danielle coloca a comida em um prato e eu me sirvo com as bebidas da mesa. E olha, vou confessar, que mesa linda!
Cheia de coisas até que eu nunca vi na vida de tão variado.

Comi um pouco e descansei, pois ainda caberia mais.

- Danielle, onde tá meu pai? - pergunto a ela que esta a minha frente.

- Ah ele gosta de acordar bem cedo aos domingos pra cortar a grama. - diz.

- Olha só, meu pai mudou mesmo! - tomo um gole do meu café.

- Sim. - sorri. - Melissa, você viu se o Vinicius já acordou?

Olhei pra ela e fiz negação com a cabeça.

Levantei depois de um último gole e olhei novamente pra Danielle.

Pensei alguns segundos se falava ou não que seu filho saiu ontem quase de madrugada, mas achei melhor não. Além de que eu cheguei aqui não faz nem vinte quatro horas e já vou fazer uma coisa dessas.

Melhor deixar quieto, não vou me meter.

Fui até o jardim da casa procurar meu pai, e lá estava ele, sentado olhando para o céu como se algo tivesse chamado sua atenção.

- Oi pai! - chego de surpresa assustando ele.

- Melissa, quase me mata! - ele solta uma risada. E quanto tempo não vejo ele sorrir desse jeito.

- Você tá feliz mesmo com Danielle não é? - pergunto me sentando ao lado dele.

- Feliz é pouco! Ela me faz tão bem... - olha pra mim percebendo que eu vía tudo que ele fala só pela expressão no seu rosto.

- Tô muito feliz por você pai. - abraço ele. - Seu Fábio ta outra pessoa, quem diria!

- Pra quem duvidou não é - se inclina me dando uma ombrada.

- Tá bom, admito, eu duvidei bastante, mas o que importa é que mesmo assim você não desistiu de procurar novamente o amor.

- Melissa minha filha, me emocionei tá. - limpa uma lágrima imaginária.

- Ah para pai!

- Sério, imagina eu ter uma filha filósofa! Seria um máximo. - ele diz.

- Sabe que minha onda é outra né. - digo e nós rimos.

- Sei, sei...

Ficamos em silêncio olhando diretamente pra uma árvore bem bonita por sinal, e logo me lembro.

- Pai!

- Sim.

- O que aconteceu com meu antigo quarto? - pergunto.

- Ele agora ta com algumas ferramentas, peças, escadas... Porque?

- Você transformou meu quarto em uma Oficina seu Fábio? - pergunto indignada.

- Claro que não filha, nem tem tanta coisas assim. E aliás, você nem vai domir mais lá. - diz se defendendo.

- Ta bom, dessa vez passa. Até que tô gostando do outro quarto também, é muito lindo.

- Que bom que esta gostando. - me abraça fraco. - Bom, agora eu preciso que você faça uma coisa pra mim.

- Claro, o que quiser!

- Tem um amigo meu chamado João, que ele mora no centro da cidade. Como eu e Danielle temos que arrumar algumas coisas no porão, eu quero que você vá até lá pegar umas caixas que ele pediu que eu pegasse lá.

- Mas pai, não é muito longe?

- Um pouco, mas ainda ta de dia, e é bom aproveitar, ele só ta em casa hoje, e preciso muito dessas caixas, é pouquinha coisa. - diz.

- Ta bom. Mas como eu chego lá se eu nem ao menos conheço esse João? - pergunto.

- Vinicius vai com você.

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Irmão Postiço - WIUOnde histórias criam vida. Descubra agora