VI.

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( 🧬 ) 𝑷𝑶𝑽: 𝑬𝒍𝒊𝒛𝒂𝒃𝒆𝒕𝒉 𝑾𝒆𝒃𝒃𝒆𝒓

Arthur precisou sair, fiquei conversando com Agatha. Thiago ficou ao meu lado com os braços totalmente cruzados e a cara fechada, passei a sorrir com a cara fechada dele.

Agatha era uma pessoa muito gente boa, leve e jovem, ela deve ter no máximo 21 anos.

Certa vez, Agatha arregaçou suas mangas de sua camisa dando para ver mais de suas tatuagens, e logo que viu meu olhar, esticou novamente a manga. Thiago transferiu o peso de posição dos pés, demonstrando para mim que viu também.

- Gostei das tatuagens Agatha, onde você fez? Elas tem significado? - Thiago apontou com a cabeça logo após Agatha cobrir sua tatuagem

- Ah, eu... - ela ficou meio deu jeito mas foi salva por uma voz que colocou uma mão em meu ombro e outra em Thiago

- Vejo que conheceu a Agatha - Arnaldo diz atrás de mim, engoli seco e passei a ficar nervosa - Liz? - Arnaldo disse ao me reconhecer. Respondi com um sorriso sem graça e seu rosto ficou confuso - Você estava...

- Você conhece a Agatha pai? - Thiago o cortou e apontou para Agatha que sorria com a presença de Arnaldo

- Conheço, eu tava pensando em apresentar ela pro Veríssimo, essa menina manda muito - Agatha mexe no cabelo nervosamente enquanto Arnaldo falava - Encontrei essa garota fazendo peripécias em um canto enquanto explorava por aí, ela me pediu para não contar para ninguém, mas ela é incrível

- Agatha - a chamei - Você faz rituais? - ela respondeu prontamente com um "sim" - O Veríssimo precisa saber dela - puxei meu caderninho e anotei nele

"Agatha Volkomenn: ocultista, rituais - Arnaldo Fritz"

- Aliás Arnaldo, precisava falar com você, podemos ir caminhando por ai? - Agatha disse passando entre mim e Thiago

- Claro Agatha - Arnaldo disse e apontou sua cabeça para a mesma passar - Liz, - ele me chamou - Posso falar com você depois? - não o respondi com palavras, apenas balançando a cabeça positivamente e ele e Agatha seguiram em frente

Eu e Thiago ficamos em um silêncio mortal, se encarando sem mexer sequer um musculo fácil.

Depois de dois minutos parados, Thiago se aproximou de mim, cada vez mais, mordi meu lábio inferior nervosa, com raiva. Thiago ficou centímetros de mim, senti sua mão se mexer lentamente em direção ao meu corpo com direção a minha mão. Achei que Thiago fosse fazer algo, queria recuar, mas meu corpo não deixava, ele não se mexia. Então Thiago, pegou o copo da minha mão e virou todo o resto que tinha, mais de metade do copo, e o deixou deixou uma mesa qualquer.

- Vamos nos separar - Thiago falou quando voltou ao meu olhar, fiquei confusa, ele estava falando do nosso antigo relacionamento ou sobre agora - Vou tentar falar com Fernando e Luciano. Se cuida Liz - e saiu.

Fiquei travada, sem saber de nada. Olhei em volta, o salão de festas chiques, tudo em algumas colorações beges e verde claro.

Perdida, segui andando. Dois garçons me ofereceram uísque, nas duas vezes, virei o copo na minha garganta, que desceu queimando. Por um momento, deixei meu ódio levar e esqueci que estava quase tirando Joui do peito, ou seja, não vou poder amamentado durante horas até o efeito do álcool parar. Respirei fundo e senti alguém se aproximar

- Liz? - Arthur chegou em mim - Você tá bem? - ele gritou para que eu pudesse o escutá-lo - Cade a Agatha?

- Saiu com o Arnaldo - gritei

- Ela é gay - Arthur berrou

- O Arnaldo Fritz, o velho - gritei chocada

- Ah é, esqueci que eles são amigos - Arthur gritou e tomou sua bebida, algo azul, como um corote - Vem, vou te apresentar para uma amiga - Ele diz puxando minha mão e andando

- Eu não sou gay - berrei dessa vez

- Ela namora, besta - Arthur nem me olhou, apenas continuou a me puxar

Nos aproximamos de uma mesa que só tinha uma garota morena cheia de sardas e um vestido marrom sozinha, sentada com uma mão apoiada no rosto observando um ponto físico

- Bea - Arthur gritou a chamando que olhou confusa - Bea, essa é Liz. Liz, essa é a Bea - Ela deu um sorriso para me cumprimentar - Cade o Dante?

Dante?

- Ele tá ocupado, não veio - ela disse com naturalidade e Arthur revirou os olhos e saiu

- Eu sou a Liz - disse esticando minha mão que a mesma apertou

- E eu sou Beatrice - ela sorriu

- Você tá sozinha Beatrice? - perguntei observando-a sozinha na mesa

- Não, aquele é o tonto do meu namorado. Ele é meio extrovertido - ela apontou para um homem com cabelos bagunçado e suados na altura do ombro, barba rala, alto e forte. Familiar. O homem estava abraçado com outros dois cantando e bebendo. Definitivamente familiar.

- Qual o nome dele Beatrice? - disse escondendo um sorriso

- Tristan. Tristan Monteiro - Beatrice disse com um sorriso bobo olhando o namorado. Exatamente quem eu pensei que era.

- Eu conheço ele - olhei para ela - Só não sei da onde - menti. Ela ergueu as sobrancelhas e deu um sorriso duvidoso

- Ele é um pouco muito sociável, você deve conhecer ele de qualquer lugar que você for

- Com licença a pergunta, quem é Dante? - perguntei certeira

- É meu irmão - disse ela me olhando

- Quantos anos ele tem?

- Ta interessada nele? - Beatrice se aproximou de mim

- Não! - disse meio rude, depois expliquei: - Não estou boa para relacionamentos agora

- Entendi

Passei a maior parte da festa conversando com Beatrice. Ela é uma menina fofa, delicada e gentil. Contou sua história com Tristan e como se conheceram. Disse que escreve poemas a maioria das vezes. Uma pessoa ótima para ser amigável. Tentei puxar alguma informações de Dante, mas não consegui quase nada, não citei em nenhum momento o paranormal, mesmo a mesma namorando Tristan, não seria eu que contaria isso para ela.

Tudo correu bem, até receber uma ligação.

Continua....

Antes de ser tarde        | Lizago Onde histórias criam vida. Descubra agora