Capítulo 1| O Terraço

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Caminho de um lado para o outro no meu novo apartamento, tentando procurar nas caixas de mudança onde estavam as taças de vinho

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Caminho de um lado para o outro no meu novo apartamento, tentando procurar nas caixas de mudança onde estavam as taças de vinho. Suspiro, frustrada, e por fim desisto de procurar no meio de tanta bagunça. Vou até a geladeira onde pego uma garrafa de cerveja e a abro contente em sentir o líquido gelado descer pela minha garganta.

- Que sede. -  Falo comigo mesma, bebendo mais um longo gole.

Envolvo meus cabelos em um coque frouxo e analiso tudo a minha volta. Passei o dia tirando meus pertences de dentro das caixas, comecei organizando as coisas no meu quarto e, ainda assim, tem muitas caixas espalhadas pra todo lado. Passar uma sexta-feira cuidando de mudança não era bem o que eu tinha em mente.

Acabei de me formar na faculdade. Esse apartamento foi presente do meu pai, passamos semanas procurando até encontrar um que fosse perfeito. Meu pai sempre exagerou nos presentes, admito, porém dessa vez, eu nem fiquei insistindo que fosse algo mais simples. O apartamento é incrível, enorme, e é uma cobertura em um dos prédios mais altos de Nova York. Lembro como fiquei feliz em descobrir que meu apartamento tem um terraço também, arborizado e com uma Jacuzzi.

Peguei meu celular enquanto me encaminhava para o terraço e vi que minha amiga havia mandando mais de 10 mensagens desesperadas.

"Bella, cadê você?? Estamos indo para o bar Olive, se arruma logo!!"

"Responde vadiaa..."

As outras mensagens nem li, pois Camilla era aquele tipo de amiga que não economizava nos xingamentos quando não se dava atenção devida a ela. Estou muito cansada para sair, e já são quase meia noite, tenho muito o que fazer.

Suspiro, ansiosa, pois na segunda-feira já começo no meu novo emprego. Acabei de me formar em Arquitetura, e sim, aos meus 24 anos já consegui um emprego em um dos melhores escritórios de Construção da cidade. Devo essa conquista ao meu pai, como sempre, privilégios de ser filha de um General da Aeronáutica. Meu irmão e eu sempre fomos muito protegidos e mimados pelo nosso pai, talvez ele tentou suprir a falta de nossa mãe todos esses anos...ela morreu quando eu tinha 2 anos, me sinto mal por não conseguir me lembrar dela. Meu irmão Tyler, já tinha 15 anos quando ela morreu, mas quando pergunto sobre ela, ele sempre dá de ombros ou muda de assunto. Tudo o que tenho é uma foto dela. Era uma mulher linda, olhos verdes e expressivos, como os meus, lábios carnudos, cabelos grandes e castanhos.

De nada me adiantava ficar triste com essas lembranças, suspiro ao chegar no terraço e sentir a brisa suave da noite. Coloco os fones de ouvido e escolho uma playlist aleatória. Me sento numa cadeira próxima ao parapeito e observo a outra torre de apartamentos, muito próxima da minha. Dou mais um gole na cerveja, quase engasgo, quando vejo a cena bem nos meus olhos. Não ascendi nenhuma luz do terraço, estava um pouco escuro, talvez seja esse o motivo dos outros moradores não terem me visto imediatamente.

- Mas que merda é essa? – sussurro de boca aberta.

No terraço da outra torre vejo uma mulher loura, alta e de corpo esguio, completamente nua... Arregalo os olhos meio constrangida, mas como sou curiosa demais e me xingo por isso, não deixo de olhar. Ela estava em pé e olhando para baixo, eu acompanho seu olhar e me deparo com um homem sentado numa espreguiçadeira... AH NÃO, parece que ele também está nu, puta que pariu!!

Estreito os olhos, é um homem grande, forte e com certeza treina em academia, os músculos rígidos em seu abdômen e braços me contam isso. Seu rosto de maxilar quadrado e traços suaves é muito atraente, a barba em seu rosto o deixava ainda mais charmoso...tudo bem, esse homem é muito gato. Percebo que ele está com um sorriso meio de canto, cheio de malícia. Sinto meu rosto esquentar só de olhar para ele, logo começa aquele calorzinho entre as minhas pernas...Desço mais o olhar e, PUTA QUE PARIU DE NOVO!!

Perplexa, vejo que ele está segurando seu pau com uma das mãos e massageando com movimentos de cima para baixo. Engulo em seco, que pau enorme e grosso!! Cruzo as pernas de repente, ao sentir que eu comecei a ficar molhada, droga!! Fiquei assustada de ver o tamanho e ao mesmo tempo curiosa de saber como é ser penetrada por um pau enorme assim...

Umedeço os lábios hipnotizada pela cena que se desenrola na minha frente: A mulher caminha lentamente até ele, vejo seus olhos se estreitarem quando ela senta em seu pau...ele joga a cabeça para trás, como se aquele movimento tivesse tirado todas as suas forças. Ela começa a subir e descer, ele segura a bunda dela com as duas mãos num aperto forte. Não consigo parar de olhar, endireito minha posição, ficando mais ereta na cadeira e com a garrafa de cerveja próxima da boca, ardendo de desejo... me repreendo por isso, mas a essa altura o álcool em meu sangue já fez efeito, fiquei mais ousada.

De repente ele levanta com ela em seu colo, e anda até uma mesa próxima ao parapeito. A coloca em cima com delicadeza, de modo que ele fica bem de frente para mim. Arfo quando percebo que ele me descobriu ali, está olhando diretamente para mim, para e se curva para colocar um dos seios da loura na boca... enrubesço, em pânico, mas fico paralisada com o seu olhar e o que está fazendo.

Ele arqueia as sobrancelhas e me lança um sorriso safado. Então olha para a mulher e começa a penetrá-la com estocadas lentas e fortes... segura suas pernas bem abertas e me olha novamente. Sinto minha calcinha muito molhada, acabo virando toda a garrafa de cerveja na boca de uma só vez, sem conseguir tirar os olhos daquele homem extremamente gostoso!!

Os músculos em seus braços se contraem toda vez que ele apoia as duas mãos na mesa para enfiar o pau naquela mulher. Por um momento fiquei imaginando que ela pudesse estar muito dolorida nessa posição, toda aberta assim e ele metendo seu pau enorme com muita força, mas parte de mim desejou estar no lugar dela, saber como é ser fodida assim...Ele fixou o olhar em mim, com os lábios semi abertos, tirei os fones de ouvido e pude ouvir a mulher gemendo alto, suor escorrendo por seu rosto e peito. Sem os fones, pude perceber o quanto estávamos próximos, dava para ouvir tudo, inclusive quando ele disse um pouco alto, suspeitei que era para que eu ouvisse:

- Agora vou te comer por trás, abra bem as pernas para mim!! – rosnou, sua voz grave saiu um pouco rouca, ficando mais sexy.

Ele fechou suas pernas e a virou de forma brusca e começou a penetrá-la com força, ouvi os gemidos dela de dor e tesão ao mesmo tempo. Abri as pernas involuntariamente, estava de vestido, vi os olhos dele arderem quando olhou diretamente para o espaço entre as minhas pernas. Mordi o lábio, o desejo já tomando conta de mim. Ele continuou enfiando seu pau nela, sem tirar os olhos dos meus.

Meu celular vibrou escandalosamente em minhas mãos, acabo levando um susto. Sou trazida de volta a realidade, e fico com muita vergonha de ter ficado vendo aquilo...ou pior, aquele homem me viu espiar eles transando, deve estar pensando que sou uma pervertida. O celular vibra novamente, atendo rapidamente.

- Oi p-pai. -  falo baixinho, me levantando de repente, tropeço no pé da cadeira e quase caio no chão.

Imediatamente, com o rosto em chamas de vergonha, saio correndo do terraço, sem nem olhar para trás. Mas sinto que o homem ainda está com os olhos fixos em mim. Chego na cozinha e me apoio na bancada com meu pai falando sem parar do outro lado da linha, perguntando se está tudo bem, porque do nada fiquei muda e porque eu atendi a ligação falando tão baixo. Enquanto pensava nas respostas, não conseguia tirar aquelas cenas da minha cabeça.

- Pai, está tudo bem. Só estava um pouco distraída arrumando toda a bagunça da minha mudança – minto e fico ainda mais vermelha.

- Certo. Só liguei para saber se estava tudo bem, você sumiu o dia todo. Seu irmão e Camilla me ligaram preocupados. -  Diz risonho.

- Eles são exagerados, queriam que eu fosse para um Bar, mas estou indisposta. – Agora digo a verdade.

Conversamos mais um pouco sobre os detalhes do meu trabalho e nos despedimos. Corro para o banheiro e ligo o chuveiro, como uma tentativa de "lavar a minha vergonha". Porém, o que eu vi não para de sair da minha mente, aquele calor começa a ascender dentro de mim, me toco bem lá embaixo, imaginando aquele homem, sua boca, suas mãos, seu corpo todo no meu. Faz um bom tempo que não faço sexo, talvez seja por isso que estou tão à flor da pele assim. Paro e deixo a água do chuveiro correr em meu corpo, enquanto me perco em lembranças que um dia foram capazes de me machucar, endureço meu coração novamente e repito "não posso mais me entregar assim".

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