É uma questão de sobrevivência

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- Pelo que eu pude observar existe algo que eu nem sei se pode ser explicado, mas que impedem de vocês se separarem.
- O que isso significa?
- Você passou por muita coisa e o veneno da Karen ainda está no seu corpo talvez por conta do câncer seu corpo tenha sido capaz de resistir ao veneno, mas é aí que entra o Heeseung. Ele te ajuda nisso. Quanto mais longe ele fica mais difícil será para você.
- Quanto tempo... Pelo que eu entendi se eu eliminar o veneno não precisamos ficar mais juntos?
- Isso. Agora com relação ao tempo eu não sei. Ainda é cedo para fechar uma data limite.
- E o câncer?
- O veneno deu uma neutralizada. Eu não sou um especialista, mas as chances do Jungwon aumentaram. Claro se conseguir passar pelo tempo de recuperação corretamente.
- Isso é simples. Está vendo Jungwon talvez você consiga vencer o câncer. Jungwon??? Jungwon?? Tá me ouvindo?
Jake... O que há com ele?
- Talvez esteja em estado de choque... Ele perdeu a mãe descobriu quem realmente somos... Isso pode ter sido demais para ele.
- Mas ele estava bem a um minuto atrás.
- As vezes ele pode ter tido uma amnésia passageira devido ao trauma. Ele acabou se esquecendo de tudo por um tempo e pelo que parece ele lembrou agora.
- Jungwon? E se a gente apagar as memórias dele?
- Não se atreva. - diz Jay entrando no quarto.
- Jay esse não é o momento.
- Não vou deixar que manipule meu amigo.
- O que eu estou tentando fazer é ajudar ele seu idiota...
- Eu não quero.. - paramos de brigar e olhamos em direção ao Jungwon. - o tratamento.
- O que?!!
- Não quero conviver com uma pessoa que é obrigada a estar ao meu lado.
- Jungwon... Porque está fazendo isso?
- Eu já havia me conformado com a morte. Se você trazer alguma vontade de viver isso pode acabar comigo ao invés de me salvar.
- Você não está pensando claramente. Você passou por muita coisa nesses últimos dias precisa descansar. Vamos te dar um tempo para você pensar melhor e...
- Você não pode sair do quarto. Pelo que percebi essa é a maior distância que podem ficar sem o outro. - diz Jake.
- Percebe onde está se metendo? Eu já me despedi de todos agradeço por terem me salvado, mas eu não quero que fique ao meu lado.
- Vai mesmo fazer isso comigo?

De repente todos olham para mim.

- Não brinque comigo dessa forma. Você não tem esse direito.
- Você sabe que somos imortais quer mesmo que eu carregue esse peso pra sempre?
- Eu estou tentando te poupar de ficar ao lado de alguém como eu. Como isso pode ser algo ruim.
- Se ficar longe de mim você morre.
- Eu iria morrer de todo jeito.
- Se eu te obedecer agora e sair por aquela porta mesmo que indiretamente e obviamente contra minha vontade eu estaria matando você. Quer mesmo que eu conviva com isso?
- Eu... Não vejo por essa forma... Se você ficar ao meu lado...
- Se eu ficar ao seu lado eu vou estar te salvando. Pare de ser egoísta e - droga estou perdendo a paciência. Preciso me acalmar. - Eu não me importo. Farei o que for preciso para você se recuperar.
- Você é um cretino. Me forçando a viver só para... Droga!! - diz ele chorando. - Eu te odeio.
- Ele está confuso, mas não vou deixar ele ceder tão fácil.
- Bom deixaremos vocês a sós.
- Antes de irem. Quero que vocês me prometam...
- O que...
- Não vão apagar minha memória. Tudo o que aconteceu eu... Quero me lembrar de tudo.
- Está bem. Prometemos não te fazer nada.
- Me da sua palavra?
- Sim.
- E isso basta? - diz Jay.
- Acredite eu dou mais valor nisso do que em qualquer outra coisa.
- Eu acredito em você.

Após entrarmos em acordo. Jungwon aceitou o tratamento, ou seja, minha companhia. Meu irmão me chama para conversar um pouco afastado do Jungwon para que ele não ouvisse nossa conversa apenas para deixar ele descansar.

- Precisamos arrumar um lugar para vocês ficarem. - diz meu irmão.
- Tem razão. A casa dele não é segura e bom... Aqui menos ainda.
- Podem ficar lá em casa.
- Sem chance.
- Isso é para não levantar suspeita seu embecil. Vão morar juntos sem ao menos estarem juntos.
- Mas estamos juntos.
- Eu quis dizer em uma espécie de casamento sem cerimônia.
- Se esse for o problema podemos resolver.
- Não seja ridículo. Jungwon nunca iria aceitar uma coisa dessas.
- Precisamos decidir logo.
- Eu não vou morar com você.
- Você ao menos sabe como cuidar de uma casa?
- Não seja otário eu estou vivo a séculos não há nada que eu não possa fazer.
- Pensando nos prós e nos contras o melhor é eles irem morar juntos em uma casa só para eles.
- O que?
- Isso aí irmão.
- Jungwon descobriria que você é um caçador e os rumores ficariam ainda piores. Caso surjam boatos tudo pode ser explicado com um namoro falso. O pessoal de hoje em dia acreditam em qualquer coisa.

Jay continuou discordando da ideia.

- Eu não confio em você.
- Eu nunca machucaria o Jungwon.
- Você não precisa. Ele já se machucou o suficiente sem você mover uma pedra para isso.
- Eu estando ao lado dele posso protegê-lo.
- Eu não confio em vampiros.
- Não é atoa que você é um caçador.

Após conversarmos volto para o lado de Jungwon que estava dormindo então para não acorda-lo me deito no sofá ao lado da cama e adormeço por ali mesmo.

De madrugada acordo com os gritos de Jungwon.

- Jungwon é só um pesadelo.
- Não!!!! Me larga!!! Você é um monstro!!!

Saio de perto dele no mesmo instante. Não sabia se ele estava acordado ou ainda dormia. Acendo a luz para que ele me visse.

- Jungwon sou eu.
- Heeseung? É você mesmo?
- Sou eu.
- Onde a gente está?
- Estamos no meu quarto. Ficaremos aqui enquanto meu irmão arruma uma casa para gente.
- Uma casa?
- Bom... Não podemos voltar para sua casa e nem ficar aqui.
- Por conta dos seus irmãos?
- Exato.
- E para onde a gente vai?
- Para um lugar tranquilo... Não se preocupe. Meu irmão está cuidado disso para mim.
- Porque não veio dormir aqui?
- Eu não queria te acordar. Você estava dormindo tão bem.
- Eu prefiro dormir abraçado com você.
- Então vem cá.

Ele se aproxima e me abraça.

- Está mais calmo?
- Estou sim.
- Tente voltar a dormir.
- Você vai continuar ao meu lado não vai?
- Vou.

No dia seguinte Jake me acorda pedindo espaço para poder trocar os curativos.

- Me desculpa, mas se eu demorar com isso pode acabar infeccionado.
- Tudo bem.

Quando me solto Jungwon acorda e logo já entende a situação. Assim que ele tira sua camisa me vem um sentimento que eu jamais pensei em sentir. Culpa. Ver seu corpo marcado foi demais para mim. As palavras daquele idiota vieram com toda força " você não precisa fazer nada para machuca-lo" tudo isso é prova disso.

- Eu preciso de um pouco de ar. Eu já volto.
- Não vá muito longe.
- Eu sei. Vou ficar do lado de fora esperando você terminar.

Saio o mais rápido que dá eu realmente precisava me livrar desse sentimento que estava me sufocando.

- Que bom que já acordaram eu... Heeseung você está bem?
- Eu vou ficar. Não se preocupe. O que houve?
- Sunno veio falar comigo.
- Com você? Então é algo grave.
- Os Belmont estão na nossa cola. Eles já sabem da situação e provavelmente irão pedir que a gente apresente uma justificativa.
- Droga.
- Para minimizar isso eu preciso que convença o Jungwon a formar um casal com você. Vocês precisam criar uma intimidade ao ponto de não levantarem suspeitas. Na pior das hipoteses Jungwon terá que se apresentar aos Belmont em sua sede.
- Não... Ele não podem... Eles são... Assustadores.
- É por isso que precisam convencer a todos. A casa está pronta. Vocês mudam hoje no final da tarde.
- Entendido.

Já a noite depois de tudo pronto para dormir.
- Não acha que está muito calor para você ficar de casaco?
- Eu estou bem.
- Tá bom. Toma.
- O que é isso.
- É uma anel que contem verbena. Com isso nenhum vampiro pode te hipnotizar. Nem o mais fortes deles. Me prometa que nunca vai tirar isso aqui.
- Tudo bem.

Após isso ele se deita na cama e o sigo logo depois.

- Boa noite.

No dia seguinte ele estava se trocando quando ele rapidamente tampa seu corpo.
- Eu não sabia que era tão tímido.
- Eu não sou.
- Você as esconde por minha causa não é?
- Eu vi como você reagiu. Não quero ver aquela feição de novo no seu rosto é como se você tivesse nojo de mim.
- Eu não tenho nojo de você.
- Eu sei que tem você nem toca mais em mim.
- Eu só não queria te machucar.

De repente sua expressão muda de triste para surpreso. Ele iria falar algo, mas foi interrompido pela campainha.

- Oi Heeseung. Então esse é o humano que você está se divertindo?
- Constantino.
- Eu posso entrar?

Droga o que eu faço?!!!

O misterioso caso da família walkerOnde histórias criam vida. Descubra agora