Capítulo 3• O encontro.

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Pov Kara Danvers

Eu estava tensa. Tentava conduzir o carro de maneira calma e consciente, mas não conseguia. Minha cabeça estava preocupada de mais com o que veria a seguir para me permitir ter foco no trânsito.

Estacionei o carro em frente ao hospital. Minha cabeça latejava. Eu pensava em desistir. Pensava em ligar o carro de movo e partir de volta para casa. Por um momento, levei as mãos à ignição de novo, mas não podia fazer isso. Eu já havia adiado de mais isso. Precisava vê-lo. Ele precisava de mim.

Abaixei as mãos calmamente para então pegar minha bolsa no banco e abrir a porta do carro saindo.

Eu andava calmamente. O quanto eu pudesse adiar esse encontro, eu adiaria. Mas a cada segundo que eu me aproximava da entrada e via que não tinha mais volta, mais tensa eu ficava.

A porta automática se abriu assim que me aproximei. Me encontrava em um grande espaço com várias salas, algumas cadeiras e um balcão central. Aproximei do balcão à passos curtos. A senhora atrás do balcão parou o que estava fazendo e me fitou, esperando que eu falasse, mas eu continuei calada por mais alguns segundos.

- Senhora? - A mulher chamava minha atenção.

Daqui não havia mais volta.

Balancei a cabeça tentando me afastar de tudo que estava em minha mente e seguir em frente.

- Tratamento de câncer por favor.

Câncer. A palavra saiu rasgando minha boca. Senti seu peso sobre mim.

- Veio começar o tratamento?

- Não, não. Vim visitar um paciente internado.

- Claro.

Ela digitou algumas coisas no computador e voltou a olhar para mim.

- Nome.

- Kara Danvers.

Depois de digitar mais algumas coisas, pegou um papel que saía da pequena impressora ao seu lado e o envolveu em um plástico resistente me entregando.

Sexto andar.

- Obrigada. - Agradeci pegando o crachá em sua mão e colocando em meu peito

Caminhei até o elevador que não demorou muito a chegar e entrei. Meus batimentos cardíacos estavam acelerados.

Quando a porta se abriu novamente a no sexto andar eu tinha a sensação de que dentro de alguns minutos, eu acabaria precisando de atendimento.

Apesar de meu coração apertar a cada segundo, caminhei até um outro balcão que havia no andar em busca da última informação que me levaria até ele.

-Pois não?

- Eu... Preciso visitar a área de Leucemia.

Mais uma vez, meu coração apertou. Era dificil aceitar tudo apesar de já saber do diagnóstico a algum tempo.

- Siga por aquele corredor até a sala 623. - A senhora me disse apontando a direção.

Balancei a cabeça e mostrei um sorriso involuntário em agradecimento. Me afastei do balcão em busca da sala que eu sinceramente não queria achar. Em meio ao corredor vazio, o som de meus saltos em contato com o chão ecoavam.

Alguns minutos depois, avistei a sala no fim do corredor. A porta, que se encontrava aberta, me permitia ver algumas crianças em camas. Balões coloridos estavam ao seu lado. Alguns idosos sorriam e brincavam com elas. Aparentemente uma cena feliz.

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