Capítulo 28• Quase na Cara da Justiça.

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Pov Kara Danvers

Eu andava de um lado para o outro dentro daquele escritório. A pasta com a autopsia se encontrava nos meus braços, enquanto eu lia e relia cada palavra atentamente. Lena assistia pausadamente e rebobinava a fita com o vídeo de segurança do prédio.

- Espera um pouco... - ela disse se aproximando da tela e encostando a ponta dos dedos sob nossa suspeita - Eu posso jurar que isso aqui é cabelo.

Me aproximei da tela.

- Certo... - disse caminhando até a mesa e me sentando - Com um equipamento um pouco melhor podemos facilmente usar isso a nosso favor. E não tem como o cabelo de minha mãe ter ficado longo tão rápido. A não ser que...

- Peruca! - dissemos juntas.

- Claro... "Uma assassina fria não cometeria um crime sem procurar esconder todos os seus rastros". - Abaixei a cabeça batendo-a na mesa.

- Kara, precisamos de mais.

Lena saiu do canto da sala, pegou seu terninho na cadeira e agarrou as chaves do carro, jogando-as em minha direção. Peguei o chaveiro no ar.

- Vista-se. Você dirige.

[...]

Saímos do carro e nos dirigimos a delegacia. Quando passamos pela porta, um dos policiais logo se aproximou. Dessa vez não insistiram chamar Oliver, sabiam que Lena pouco se importava com o que ele fosse dizer. Era como se a real dona daquilo tudo na verdade fosse ela.

- Srta. Luthor. - um homem uniformisado que nunca havíamos visto antes disse nos cumprimentando com um aceno da cabeça.

- Você.Tire Alura da cela. Leve-a até nós na primeira sala e não demorem.  Não estou com tempo hoje para nenhuma das gracinhas de seu chefe.

- Sim senhora.

Em alguns minutos estávamos na sala, e pude ver minha mãe mais uma vez abrindo aquela porta. Me perguntava se essa seria a última vez que veria isso.

- Filha!

- Mãe.. - disse me aproximando e dando um abraço nela.

Lena a cumprimentou com um simples aperto de mãos e se sentou naquela cadeira completamente desconfortável.

- Alura, eu serei direta com você hoje. Seu julgamento está marcado para amanhã. O que eu e sua filha podemos fazer por você, nós estamos fazendo. Não vou negar e dizer que o caso está ganho, por que não está. Existem alguns furos a serem preenchidos na história toda. E não temos o real assassino. Mas isso não é algo extremamente necessário. O que precisamos é que o júri e o juiz, mas principalmente o júri, acredite que você é inocente. Um assassino presente com certeza nos daria uma tranquilidade, mas não é muito um motivo ao que se preocupar. Tivemos acesso as câmeras de segurança do prédio, então o que sabemos sobre o assassino é que é uma mulher, de cabelos longos, possivelmente castanhos, mais ou menos da sua altura. - Ela ouviu tudo atentamente e apenas assentiu. - Um julgamento pode durar alguns dias até. E se precisarmos de outra sessão ela ocorrerá no dia seguinte. Preciso que mesmo aqui dentro, você tente descansar o máximo possível. Não falta muito para sair daqui. Agora... Creio que vocês duas precisam de um tempo sozinhas.

Lena me olhou. Deixou um sorriso de canto escapar de seu rosto, e se levantou, caminhando para a porta da sala, nos deixando sozinhas alí.

Peguei a cadeira em que estava sentada e a levei para mais perto de minha mãe.

- Mãe, eu...

- Não não! Não fale nada. - ela me interrompeu.

-Mas...

The Law -Supercorp Onde histórias criam vida. Descubra agora