Capítulo 22 • Esqueça...

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Pov Lena Luthor

Procurei pela chave do apartamento na bolsa, até que finalmente a encontrei em um bolso pequeno na parede da bolsa. Peguei o pequeno objeto e coloquei-o na fechadura, abrindo a porta. Passei por ela e deixei que Kara entrasse antes de fecha-la.

Eu havia a levado em casa, junto com as amigas. A loira entrou para pegar um par de roupas para trocar o terninho que usava devido as formalidades de um julgamento.

- Pode trocar de roupa e se acomodar. Depois você me encontra no escritório. - disse caminhando para meu quarto.

Abri o guarda roupa e tirei dele uma regata branca e um short jeans mais claro para vestir. Logo depois, peguei o celular que estava na cama. Havia parado lá depois de cair do bolso da calça quando a retirei e joguei ali. Usei um aplicativo que havia instalado, e em alguns minutos pedi algo para comermos.

Me dirigi ao cômodo em que ficava meu escritório pessoal. Procurei nas estantes por um livro específico, o encontrando um pouco mais próximo a mesa, onde o apoei para ler. Algumas páginas depois, encontrei o que queria. Ouvi o barulho dos calçados da loira no açoalho de madeira ficando cada vez mais próximos, e segundos depois a vi entrar na sala.

Kara usava uma blusa vermelha de mangas longas, que não possuía tecido nas proximidades do ombro, uma calça jeans branca, um pouco rasgada nas coxas e joelhos. Havia prendido os cabelos em um coque meio desarrumado. Dessa forma, seu rosto ficava mais exposto e podia se ver com mais facilidade sua feição triste. Essa visão causava dois sentimentos distintos em mim.

- B-bom... - pigarreou - De acordo com esse livro do tribunal, devemos receber as gravações entre o período de hoje e amanhã a noite.

Ela se aproximou de mim lendo o que estava escrito.

- Bom. Com as gravações podemos provar que minha mãe não esteve no apartamento dele com facilidade. Isso é claro, terá uma pequena complicação se nosso assassino, mesmo apesar de inexperiente, tiver lembrado que existem câmeras em um apartamento de luxo e tiver usado algo para se esconder.

- No entanto, ficará provado que houveram provas plantadas contra sua mãe.

Kara ficou em silêncio, apenas observando o livro, enquanto seus dedos dedilhavam a mesa, mostrando de fato uma certa ansiedade.

- Essas gravações já deviam estar conosco! - reclamou.

- Paciência, Danvers. Isso é culpa do sistema e suas exigências, e não vai mudar.

- O sistema é uma droga!

- Devo concordar com você... - E fui interrompida antes de poder terminar minha fala.

- Minha mãe está presa, incriminada por outra pessoa. Uma inocente podendo carregar a pena de um crime pelo qual o assassino está solto!

A Loira deu um soco na mesa e se afastou começando a andar de um lado para o outro. Me aproximei calmamente e a agarrei pelos braços.

- Precisa se acalmar. - disse lentamente - Sua mãe não vai para a prisão.

Kara me olhava com os olhos serenos. Sua respiração se alterava mais a cada segundo, fazendo com que seus ombros se levantassem cada vez mais com uma única tentativa de respirar. Ela estava a ponto de explodir, mas provavelmente tentaria se segurar em minha presença, como segurou o máximo que pode no julgamento.

Minha humanidade é certamente maior e mais importante do que qualquer status que minha posição como advogada tenha me trazido. Então eu simplesmente abracei Kara o mais forte que pude. Depois de alguns segundos, ela entendeu o que quis demonstrar com minhas ações e se sentiu mais a vontade para chorar em meus braços.

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