1. início

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Às vezes a vida é engraçada, uma escolha errada que não faz parte do seu dia-a-dia pode te levar para um quarto branco de um psicopata.

Era o que Enid Sinclair pensava depois de se acalmar por hora de uma crise de pânico. Era apenas mais uma sexta-feira normal de visita na casa do pai,mas tudo virou um pesadelo. Um pesadelo que Enid tentava acordar a todo custo,mas o que trouxe Enid Sinclair até aquela situação?

Enid se dirigia ao lado da sua melhor amiga,Yoko Tanaka, para o lado de fora da faculdade de moda. Central Saint Martins era uma das melhores escolas do mundo e Enid se formaria nela,ganharia o mundo e daria muito orgulho para seu pai, Murray Sinclair. Sempre foi ela e ele,desde que sua mãe foi embora logo após do seu nascimento.

— É só uma festa, você pode ir ver seu pai amanhã — Yoko implorou agarrando as mãos da amiga na sua — por favor,Enid. Salve sua adolescência.

— Obrigada,mas eu e meu pai vamos assistir o final da liga de basquete. —  respondeu a mais baixa — que tal na próxima

— você sempre diz isso,Enid — retrucou Yoko — e eu quero te apresentar a Divina. Você precisa conhecer ela,ela é simplesmente incrível.

— Podemos marcar um dia no catavento. — argumentou se afastando da amiga.  Enid estava atrasada e se não saísse logo, acabaria sendo levada pela lábia da amiga.

Ela estava dividindo um apartamento com uma garota da sua idade,Isabel Myers,que também fazia faculdade. Isabel tinha se tornado parte da sua família assim como Yoko.

— Isabel? — chamou a garota,mas não teve resposta.

Enid pegou sua bolsa de viagem já pronta em cima do sofá e as chaves do carro que um dia foi só seu pai. O carro dado pelo seu pai assim que completou dezoito anos só era usado para visitar ele na hora cidade,a viagem não durava mais que duas horas, Enid sempre pegava um caminho alternativa diminuído a duração da viagem. Depois de sair da cidade grande e dirigir por mais alguns minutos,Enid pegou a estrada alternativa para Jericho.

— Alguém tá com pressa — comentou a garota para si mesmo quando foi ultrapassada por um BMW preta em alta velocidade. Logo mais na frente Enid parou o véu carro ao notar o mesmo carro parado,saindo do mesmo. — olá,tá tudo bem?

— Apenas um problema do motor — Para sua surpresa,não era um homem como pensou ao sair do carro,ao se aproximar da mesma. — não precisa se preocupar

— que nada — Ao lado da garota que era mais baixa,Enid pode notar a pele branca por baixo do conjunto de moletom preto,os olhos castanhos escuros e os cabelos pretos.

— você pode ficar aqui? Eu vou pegar a caixa de ferramenta no porta mala — pediu a mesma se afastado. Enid abaixou o corpo tentando achar o problema. Seu pai tinha ensinado o básico caso o carro quebrasse em momentos assim.

— Não acho que o problema é o motor — Exclamou Enid ao perceber que a garota estava voltando.  Ao notar a mesma atrás de si,a loira virou-se. — acho qu..

Antes que pudesse terminar a frase, Enid teve a boca e o nariz tapados por um pano com clorofórmio. Aos poucos seu corpo ficou mole,suas visão turva,sua mente parecia parar aos poucos.

mas antes de desmaiar por completo pode ouvir a voz da garota.

— é para seu bem,Enid.

Seu corpo entrou em alerta quando a porta do quarto branco foi aberta, ficando de pé em posição de ataque.

— olá, cara mia — a garota de antes entrou empurrando um carrinho semelhante ao de hotel e fechando a porta logo em seguida. —  teve uma boa noite de sono? Sinto-muito,eu botei muito clorofórmio no pano. Eu trouxe eu café

— quem é você? — perguntou a loira na defensiva — o que você quer de mim

— por que não toma o seu café primeiro e depois podemos conversar sobre a gente,mi amor.

— quem é você? — Enid repetiu a pergunta mais uma vez.

— meu sempre dizia que deveria sempre atender o pedido da nossa dama — A mesma comentou empurrado o carrinho para perto da cama, Enid foi para outro lado do quarto temendo qualquer jeito da outra — Não precisa ficar com medo de mim,Enid.

— como você sabe meu nome

— eu sei muitas coisa você — retrucou sentada na cama encostada na parede — criada pelo pai,sua mãe abandonou você,mas não se preocupa que eu cuidei disso.

— cuidou?

— eu matei ela,mi amor. — o grito da mesma foi abafado pelas suas mãos que tamparam sua boca por reflexo — não aja como se importasse com isso. Ela foi uma filha da puta por deixar você,mas.. — a outra se aproximou de Enid que se encolheu no canto da parede. Deslizando os dedos pelos fios loiros de Enid com cautela, a outra continuou — eu nunca vou deixar você.

— me deixa sair,por favor — Implorou em um sussuro de voz se encolhendo cada vez mais no canto da parede.

— mi amor, você só vai sair daqui quando se apaixonar por mim.

até que me ame Onde histórias criam vida. Descubra agora